Autora: Lucinda Riley (mesma autora de ‘’A Casa das Orquídeas’’)
Editora: Novo Conceito
Páginas: 544
Preço: R$ 29,90
A Luz Através da Janela é contada com dois espaços cronológicos diferentes, com histórias que no fim revelam ligações entre si. O pretexto para essa organização da história é que “Conhecer o passado é a chave para libertar seu futuro”. Eu, pessoalmente, acho que isso só é válido em casos de carma e regressão, não de parentes mortos mal resolvidos.
O primeiro núcleo é o de Emilie, em 1998/1999, uma francesa de família rica e tradicional que vive indiferente ao peso do sobrenome até que sua mãe, ultimo membro de sua família, vem a falecer. Entre a responsabilidade de vender os imóveis, a decisão de manter o Chateau no campo e reforma-lo e as finanças, surge um inglês aparentemente simpático, Sebastian e demonstra interesse em Emilie e disposição em ajuda-la com a herança. Sem perceber como é estranho um cara aparecer do nada tão cheio de boa vontade e amor para dar bem quando ela recebe a herança, Emilie se envolve com Sebastian e se casa com ele.
Emilie vai morar na casa que Sebastian e seu irmão, Alex, herdaram de sua avó, Constance. Ah, e Emilie descobre, então, que Sebastian tem um irmão. Alex é paraplégico e, segundo a descrição de Sebastian, praticamente um psicopata viciado em qualquer tipo de substancia, lícita ou ilícita, o que, ao desenrolar da história, não se revela verídico. Aliás, Alex é muito amigável e interessante na verdade e você percebe que a autora descreve os personagens querendo te dar spoilers, porque de cara ela te faz não gostar de Sebastian (que se revelará um sacana) e adorar Alex. Só a Emilie que não pega os spoilers, coitada.
No núcleo vintage (-n), em 1943/1944Constance – sim, a avó de Sebastian e Alex – é uma agente da Inglaterra mandada para a França para ajudar a SOE contra os nazistas que invadiram a terra-da-Torre-Eiffel, mas na sua chegada, seus companheiros de SOE são capturados e ela tem que buscas abrigo na casa de Édouard, um aristocrata influente que é falsamente aliado aos nazistas com fim de ajudar a SOE e coincidentemente –ou não- viria a ser o pai de Emilie. Constance logo simpatiza com a irmã cega de Édouard, Sophia (e você finalmente entende porque tem poemas espalhados pelo livro e assinados por “Sophia”).
Aí começam os conflitos, entram nazistas gêmeos com personalidades opostas, um bom e um mau (o que significa que um deles não é nazista, porque né…), filhos bastardos, prisões, execuções, amores proibidos… E o elo vai se fechando e tornando as duas histórias uma só, porém com dois personagens principais, Emilie e Constance – que apesar de principais, não têm outra ligação a não ser o marido de uma ser o neto da outra. E o passado vira a chave pra libertar o futuro, só que não, porque a Emilie poderia muito bem ter vivido sem saber de Constance, mas acontece que a história fica mais interessante para os conflitos de outros personagens ao saber ambos os espaços de tempo.
Essa estrutura, com duas histórias na mesma narrativa, assim como os conflitos do livro, é bastante parecida com A Casa das Orquídeas – outro livro da autora Lucinda Riley. Acontece que mesmo a história sendo previsível para mim, ela é bem trabalhada nos conflitos menores, que a diferem do outro livro e isso a fez é gostosa de ler mesmo assim. E se você tiver preconceito com livros grandes, leve em consideração que uma história com dois núcleos, espaços, tempos diferentes e que se cruzam com certa complexidade, precisa dessas 539 páginas para ser bem contada.
Resenha por Yasmin Quasne
Agora vou ter que ler esse livro.
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Pois é! Hehehe Aproveita as férias! 🙂
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