A ressaca literária é um mal que acomete toda a pessoa que gosta de ler. Não adianta fugir, em certo ponto, você vai ser atingido e não vai conseguir ler, por mais que tenha muita, muita vontade.
Seja depois de ler um livro muito bom, seja depois de ler um livro muito ruim, ou até naturalmente, sem motivo algum: A ressaca literária chega para todos. Eu escrevi bastante sobre isso no blog, em 2013.
E olha, tenho que dizer, é uma coisa horrível. Ler é minha atividade favorita e é péssimo quando eu não consigo me animar para pegar um livro na estante ou até me concentrar em alguma determinada leitura.
Se você também sofre desse mal, continue lendo o texto! Reuni algumas dicas práticas para aqueles que querem sair logo da ressaca literária. Vamos conferir?
Leia um livro de seu escritor favorito
Pode parecer contraditório, né? Quer dizer, se você não está conseguindo ler, por que minha primeira dica é ler?
Porque, às vezes, para conseguir sair de uma ressaca literária das bravas, é necessário se lembrar do porquê gostamos de ler. E não existe melhor forma de fazer isso do que lendo um livro de (ou até relendo) nossos escritores favoritos.
Fica mais fácil se envolver em uma história quando já conhecemos a “voz” desse escritor, assim, essa é uma boa forma de curar uma ressaca literária.
Se é uma releitura, pode ser ainda melhor. Já sabemos o que vai acontecer na narrativa e, ao relermos a história, somos recordados, de imediato, do porque gostamos de ler.
Leia um livro grande
Outra que pode ser contraditória. Mas por que, ó Amanda, você está me mandando ler um livro grande, sendo que não consigo ler nem um livro pequeno?
O segredo para ler um livro grande reside em estabelecer metas. Pegue o número total de páginas e o separe em quantidades que não pareçam tão assustadoras. 20 páginas por dia não são muita coisa, não é mesmo? Agora 740…
Determine a si mesmo que você lerá as 20 páginas por dia e, aos poucos, se permita ser envolvido na história (e cumpra essa promessa). Aposto que, quando você passar da metade do livro, já vai estar lendo bem mais do que 20 páginas por dia e sua ressaca literária está longe, bem longe de você.
Leia um livro pequeno
Sim, essa dica é a oposta da anterior. Se ler um livro grande não te curar da sua ressaca literária, ler um livro pequeno pode te ajudar a superar isso rapidamente.
Ao ler um livro que pode ser lido em um dia, você vai voltar a se sentir um leitor. Essa motivação extra pode te ajudar a trazer de volta a vontade, a motivação e o amor pela leitura.
Quer dicas de livros para ler em um único dia? Reuni 6 deles nesse post aqui! Escolha o que mais te agrada e se jogue!
Elabore competições
Esse daqui pode não funcionar para todo mundo, mas funciona que é uma beleza para mim!
Sou de Aries e sou muito competitiva por natureza. Por causa disso, uma das coisas que me força a ler – e, consequentemente, me tira das ressacas literárias – é competir.
Site como o Goodreads permitem que você determine uma meta de leitura anual e vão te avisando quando você está muito atrasado ou no ritmo certo de leitura. Gosto de observar sempre o número de livros que li nos anos anteriores (eu faço isso desde 2015, então são quase 2 anos que posso usar para comparar) e tentar bater esse número.
“Humpff! É claro que eu consigo ler mais do que a Bela!”
Outra coisa que é legal é combinar com seus amigos. Em 2015, eu apostei que leria mais do que uma amiga minha. Pois bem, perdi a aposta, mas foi definitivamente o ano em que mais li na vida, com 66 livros lidos.
Laissez-faire, laissez-passez
Nada disso colaborou para que você curasse sua ressaca literária? Ou, então, mesmo depois de ler as minhas dicas, você segue sem vontade de ler?
Deixa estar, deixa passar.
Hoje em dia existem tantas formas legais e diferentes de relaxar, que é pecado se ater somente a uma delas o tempo todo.
Vai ver um filme no Netflix, faz uma maratona daquele seriado que anda na boca de todo mundo, comece a ouvir podcasts, faça um cachecol de tricô ou pinte um livro de colorir.
Tenha em mente que o que te faz um leitor não é a quantidade de livros que você lê ou a frequência com que você pratica esse hábito, mas sim, o quanto você gosta de ler.
Te garanto: uma hora você vai voltar a ler naturalmente.
Gostou das dicas? Compartilhe o post em suas redes sociais e ajude um amigo-leitor que pode estar passando pelo mesmo problema.
Muita gente acha que ser um bom leitor significa ler muitos, muitos, muitos livros. E só. Houve um tempo em que eu pensava assim e prezava mais pela quantidade do que por qualquer outra coisa.
Hoje penso de maneira diferente. A leitura é meu hobby e também a forma como eu aprendo mais sobre o mundo. Gosto de me desafiar e de disputar contra eu mesma em relação aos gêneros, estilos, autores, nível de dificuldade e, sim, até à quantidade de livros que leio de um ano para o outro.
Mas acho que o verdadeiro segredo para ser um bom leitor reside na diversidade de leitura.
Ler só livros de escritores homens ou só de autores de um determinado país pode ter seu mérito, mas não é exatamente diversidade, é?
Por mais que seja legal ter um autor favorito e ler todas as obras dele, acho interessante a ideia de sair da zona de conforto e de ler de tudo um pouco, mesmo.
Para te ajudar a diversificar seu “cardápio” de leituras, elaborei uma lista com meus livros favoritos de escritores latino-americanos! Nossos hermanos têm obras excelentes e, muitas vezes, a gente acaba focando em dois ou três escritores e esquece que existem muitos outros que também são maravilhosos!
Vamos aos títulos?
La Tregua e A Borra do Café, de Mario Benedetti
“La Tregua” foi o livro que fez eu quebrar meu jejum de não comprar livros, lá no começo do ano, quando fui para o Uruguai. Comecei a ler ele enquanto tomava sol na praia de Pocitos e acabei ficando mais morena nas costas do que na parte da frente do corpo. Não me arrependo nem um pouco.
O livro conta a história de Martín Santomé, um viúvo que está contando os dias até sua tão aguardada aposentadoria. Para marcar o feito, ele começa um diário onde relata alguns dos acontecimentos terrivelmente rotineiros de seu trabalho em um escritório, como contador. Os seus 3 filhos, já adultos, criados e maduros, também aparecem nos escritos.
Tudo vai bem rotineiro e calmo na vida de Martín. Até que uma funcionária nova, Laura Avellaneda, começa a trabalhar no escritório. Laura vira o mundo de Martín de ponta cabeça e a tão rotineira rotina dele vai para as cucuias. Os dois se apaixonam e engatam uma relação tão linda e preciosa, que você meio que se apaixona junto.
Eu li “La Tregua” em espanhol e por ter tantas gírias e expressões tipicamente uruguaias me lembrou TANTO do meu vô, que eu quase não aguentei de saudades.
“La Tregua” é um livro doce, mas tão, tão, tão triste que eu fico chateada só de lembrar. Eu chorei horrores. É claro que vou reler no futuro – e em português, de preferência.
A história se passa em Montevidéu e as descrições são super vívidas, especialmente as dos cafés. A história foi publicada em 1959 e a impressão que temos é de que pouca coisa mudou na cidade, desde então.
Alguns dos pontos turísticos mencionados na história aparecem no Guia Benedetti, publicado pela Fundação Mario Benedetti. Quando terminei o livro, eu já estava em casa, mas a vontade foi voltar para o Uruguai, fazer o percurso do guia e ver Montevidéu pelos olhos do Martin.
“A Borra do Café”, eu li em português mesmo e me diverti bastante lendo. É a história de Claudio, começando por sua infância até ficar mais velho e adulto.
A infância de Claudio é marcada pelo futebol, pelas mudanças da família, a morte da mãe e pelo assassinato de um morador de rua em seu bairro. Há uma grande leveza na forma como ele narra esses acontecimentos.
“A Borra do Café” é parcialmente baseado nas memórias de infância do próprio Benedetti e acho que isso, de certa forma, me ajudou a gostar ainda mais do livro!
Minha impressão é de que em “A Borra do Café”, a cidade de Montevidéu aparece mais do que em “La Tregua”. Agora que conheço o lugar, quero reler o livro para verificar isso.
Eu já resenhei “O Carteiro e o Poeta” aqui no blog e você pode ler a resenha para mais detalhes. Basicamente, o livro conta a história da inusitada amizade entre o poeta Pablo Neruda e seu carteiro.
Antonio Skarmeta é chileno e, recentemente, a Editora Record reeditou “O Carteiro e o Poeta”, que estava fora das prensas (o meu exemplar foi comprado em sebo, mas mesmo assim quero uma edição nova).
“Como Água para Chocolate” é um livro da escritora mexicana Laura Esquivel.
O livro conta a história de Tita, que nasceu em uma cozinha e cuja mãe não queria que se casasse. A tradição da família pregava que, por ser a filha mais nova, ela não poderia se casar e teria que ficar cuidando da mãe até ela morrer.
Quando cresceu, Tita se apaixonou perdidamente por Pedro, sem poder ficar com ele por conta da bendita tradição. Para resolver todos os problemas (só que não, né?) Pedro acaba se casando com a irmã mais velha de Tita, só para poder ficar perto de sua amada.
Sem poder conversar ou trocar olhares por conta de uma proibição da irmã, Pedro e Tita se comunicam por meio da culinária e das sensações que a comida de Tita induz em todos os membros da família. As descrições alimentares são riquíssimas e a dose de realismo fantástico típica dos escritores latino-americanos também temperam o livro.
Apesar de estar em inglês, “The Brief Wondrous Life of Oscar Wao, é um livro de um escritor latino-americano. Junot Diaz nasceu na República Dominicana e emigrou para os EUA aos 6 anos de idade.
O livro conta a história de vida de Oscar Wao, mas vai além disso ao mostrar todas as gerações de mulheres fortes anteriores (e uma contemporânea) a ele. O livro também se aprofunda e dá um grande panorama sobre como a ditadura de Trujillo afetou a vida de todos na República Dominicana.
É fascinante e, com certeza, uma das melhores leituras desse ano – até agora! Não é à toa que Junot ganhou um Pulitzer por esse livro, né?
Espero que minha lista te ajude a diversificar mais suas leituras! Sei que existem muitos outros escritores latino-americanos ótimos e alguns dos que li (Isabel Allende com “A Casa dos Espíritos” e Mario Vargas Llosa com “Travessuras de Menina Má”) não apareceram nessa lista.
Se gostarem do post, eu posso até fazer uma continuação!
Escrever um livro pode parecer uma tarefa fácil, mas não é. Entre pesquisa, elaboração de enredo, mais pesquisa, mais elaboração de enredo, escrita, escrita, escrita, escrita, revisão, revisão, revisão e revisão, existe muito mais trabalho do que pode parecer inicialmente.
Por vezes, esse é um ofício que não ganha reconhecimento pelo esforço que demanda. Até mesmo autores publicados têm dificuldade em viver só de escrever livros e, normalmente, possuem aquilo que os americanos chamam de “day job”, um trabalho fixo, que permita que eles paguem as contas e sigam escrevendo.
Dessa forma, não é estranho ouvir histórias de escritores best-seller, traduzidos em 40 países e com livros adaptados para o cinema, que trabalhavam como zeladores, supervisores de dormitórios e até cantores (James Joyce, por exemplo, era cantor e pianista e também trabalhou operando um projetor de cinema, antes da publicação de “Dublinenses”).
Por isso, deixe um pouco a caneta e o bloquinho de lado, leia essa lista e inspire-se nas diversas profissões que escritores famosos tinham, antes de se tornarem um sucesso!
Meg Cabot era supervisora de um dormitório de faculdade
Também conhecida como minha escritora favorita, Meg Cabot foi aconselhada pelos pais a ter uma profissão que desse dinheiro, antes de se jogar no mundo literário. Então, ela estudou Arte, na Indiana University. Coisa que, convenhamos, também não dava muita estabilidade.
Quando a faculdade terminou, ela se mudou para Nova Iorque, porque era “onde as oportunidades estavam” e passou a trabalhar em uma livraria, ainda sem escrever nada.
Foi nessa época que ela começou a ficar curiosa com os romances históricos. Meg via que eles vendiam muito e achou que conseguiria escrever um. Para se testar, acabou escrevendo 4 livros, sem ter coragem de mandar para nenhuma editora, com medo de ser rejeitada (quando ela finalmente publicou as obras, fez sob o pseudônimo de Patricia Cabot, porque não queria que a avó lesse as cenas de sexo!).
Depois disso, Meg conseguiu um emprego como gerente assistente de um dos dormitórios da New York University. Ela adorava porque “estava rodeada de jovens, e a maioria deles dormia até o meio-dia, todos os dias, então eu conseguia escrever durante as manhãs.” Com o emprego, ela podia frequentar algumas aulas da New York University e usou a oportunidade para estudar editoração e um pouco de escrita criativa.
Recentemente, a Meg compartilhou no Facebook uma foto de seu antigo cartão de visitas.
Foi assim que ela escreveu o livro pelo qual ficou conhecida, “O Diário da Princesa”, que foi rejeitado por várias editoras.
Quando ela finalmente conseguiu um agente literário para ajudá-la no processo de publicação, a Disney ficou sabendo da existência do livro e comprou os direitos, antes mesmo que ele fosse publicado.
Sem manter as esperanças altas, já que muitos livros têm seus direitos comprados para o cinema, sem se tornarem filmes em si, a Meg continuou trabalhando no dormitório da New York University.
Quando o filme realmente estava prestes a ser lançado e a Disney enviou um cheque enorme para a escritora, ela finalmente pediu demissão. Naquela época, ela já estava trabalhando nos livros da Mediadora e já tinha vários outros contratos de publicação (Meg chegou a escrever 12 livros em um ano, gente!), que davam estabilidade financeira a ela.
Toda essa história pode ser lida no texto da Cosmopolitan escrito pela própria Meg. Há outro artigo no blog dela, com dicas de escrita. A principal delas é, adivinhe só, ter um emprego para pagar as contas. Ela também dá a estatística assustadora de que apenas 2% dos escritores publicados ganham dinheiro suficiente para viver somente de escrita. Como o texto é de 2003, vamos torcer para esse número ter aumentado, nem que seja só um pouquinho.
Vladimir Nabokov era um entomologista
Quem diria que o escritor de “Lolita” trabalhava estudando insetos, hein? Um verdadeiro Gil Grissom.
Vladimir Nabokov não só era um entomologista, como era bem famoso e reconhecido no ofício. Ele trabalhou na Wellesley College e depois foi para Harvard, onde atuou como Curador da Coleção de Borboletas do Museu de Zoologia Comparada. Muito louco, não? Foi mais ou menos nessa época que a esposa de Nabokov o convenceu a publicar “Lolita”, em uma história parecida com a do Stephen King.
Nabokov também formulou uma Teoria da Evolução das Borboletas, que só foi comprovada em 2011, por meio de exames de DNA. Por essa eu não esperava!
Antes de se tornar um escritor, John Green estava estudando para ser pastor de uma igreja protestante. É sério.
Em 2000, por 5 meses, John Green foi o capelão de um hospital pediátrico, como parte do seu “Processo de Discernimento” – tipo de imersão espiritual que os que querem virar pastor devem fazer em hospitais, cemitérios e aeroportos. Ele fez esse processo pela University of Chicago Divinity School.
Algumas das personalidades dos personagens de “A Culpa é das Estrelas” foram, em parte, baseadas nessa imersão do Green. Se você tiver paciência de ver outra pessoa jogando videogame, o próprio autor fala sobre esse processo nesse vídeo aqui.
Margaret Atwoood era garçonete e caixa de uma cafeteria
A escritora de “O Conto da Aia” é bem conhecida em países de língua Inglesa e agora está ganhando ainda mais popularidade.
O que pouca gente sabe é que, antes de ser escritora, Margaret Atwood era garçonete e caixa de uma cafeteria. A experiência foi terrível porque ela detestava o trabalho e os clientes grosseiros, e ainda era assediada por um ex-namorado, que ia até o estabelecimento só para olhar para cara dela. Tipo aquela mulher do Amélie Poulain, sabe?
Margaret escreveu sobre essa experiência em um conto chamado “Ka-Ching!” e nesse texto no blog dela.
Arthur Conan Doyle era médico
Ora, ora, ora, parece que temos um Xeroque Holmes aqui!!!
Conan Doyle se formou em Medicina pela University of Edinburgh e trabalhou por um tempo na Marinha Britânica, como médico da tripulação de navios.
Depois, em 1882, ele se estabeleceu em Southsea, Hampshire, e montou um consultório médico. Para passar o tempo entre um paciente e outro, ele escrevia histórias.
O primeiro livro de sucesso dele, “Um Estudo em Vermelho”, foi publicado apenas em 1887 e ele ainda demorou um pouco para largar a carreira de médico e se dedicar a ser um escritor em integralmente.
Douglas Adams teve mais empregos do que você pode imaginar
De todos os escritores da lista, Douglas Adams, famoso pelo Guia do Mochileiro das Galáxias, é o que teve a carreira mais diversa e fascinante.
Ele trabalhou como porteiro de hospital, segurança de hotel e cuidador de galinhas, enquanto escrevia textos para programas de rádio e TV.
Mas, sem dúvidas, o trabalho mais exótico dele foi como guarda-costas de uma família multimilionária de magnatas do petróleo do Qatar.
Harper Lee trabalhava no guichê de uma companhia aérea
“O Sol é para Todos” é um dos meus livros clássicos favoritos e deu à Harper Lee o Prêmio Pulitzer de Ficção, em 1961.
O que ninguém sabe é que, talvez, ele nem teria sido escrito, se não fosse por um presente generoso.
Explico: Harper Lee trabalhava reservando e emitindo passagens aéreas para a Eastern Airlines e tinha o sonho de se tornar uma escritora profissional. Tão grande era esse projeto que ela chegou a viajar para o Kansas, na companhia de Truman Capote, para ajudá-lo nas pesquisas e entrevistas de seu famoso livro de não-ficção “A Sangue Frio”.
Lee seguiu trabalhando na companhia aérea até que, em um Natal, recebeu um bilhete de seus amigos que dizia “Você tem um ano de folga do seu trabalho, para escrever o que quiser. Feliz Natal”. Junto ao cartão, havia um cheque com os salários equivalentes a um ano de serviço.
Stephen King era zelador de uma escola de Ensino Médio
Antes de ser o escritor aclamado de mais de 60 livros, Stephen King se formou em Educação, na Universidade do Maine e teve diversos trabalhos. King trabalhou em uma lavanderia e em um posto de gasolina, mas seu ofício mais notório foi como zelador e faxineiro de uma escola de Ensino Médio.
A vista dos corredores e dos armários da instituição o inspirou a escrever a cena de abertura de “Carrie, a Estranha”, cujo rascunho ele jogou no lixo, depois de escrever 3 páginas. Por sorte, o texto foi descoberto por sua esposa, Tabitha, que convenceu ele a continuar escrevendo porque ela queria saber o que ia acontecer.
Suzanne Collins escrevia roteiros de TV de programas infantis
Antes de ser conhecida no mundo todo pelo livro “Jogos Vorazes”, Suzanne Collins tinha uma sólida carreira como roteirista de programas infantis. Ela fez parte de vários projetos do Nickelodeon, incluindo “Clarissa explica tudo”, que era estrelado pela Melissa Joan Hart, de “Sabrina, Aprendiz de Feiticeira”. Ela também escreveu episódios de “Os Arquivos de Shelby Woo” e acredita-se que essas experiências tenham ajudado a construir a personalidade de Katniss Everdeen.
George Orwell era policial
Andei lendo George Orwell, para a Revista Pólen, e ando um pouco fascinada com ele. Nascido Eric Arthur Blair, ele trabalhou como um policial da Polícia Imperial Indiana, em Burma. Ele protegia cerca de 200 mil pessoas e era reconhecido por seu “elevado senso de justiça”.
Depois disso, ele atuou como jornalista, em uma profissão um pouco mais próxima do trabalho de escritor.
Sophie Kinsella é o pseudônimo de Madeleine Wickham. Assim como sua personagem Becky Bloom, Madeleine é jornalista, especializada na cobertura do mercado financeiro.
Por achar o trabalho “sem inspiração e nada empolgante”, ela escrevia livros para passar o tempo, durante o horário de almoço e a noite.
Antes de publicar “Os Delírios de Consumo de Becky Bloom”, ela já tinha escrito – e publicado! – outros 4 livros.
Madeleine também trabalhou com o marido em recitais de música. Enquanto ele cantava, ela o acompanhava no piano. Legal, né?
Rainbow Rowell era colunista de jornal
Rainbow Rowell tinha uma profissão mais próxima do mundo da escrita, trabalhando como colunista do Omaha-World Herald por 10 anos. Na faculdade, ela se formou em três áreas: Jornalismo, Publicidade e Inglês.
Ela teve experiências nesses três campos, antes de se firmar como escritora.
Ela diz, “quando eu estava na faculdade, estudar Inglês sempre pareceu uma coisa extra, quase uma indulgência. Eu adorava a ideia de escrever ficção e até poesia, mas queria um trabalho que viesse com um seguro de saúde e um salário estável. Eu cresci em uma família pobre, então ser uma artista morte de fome tinha zero de apelo para mim.”
Antes de se tornar famoso por fazer todo mundo chorar com seus livros, Nicholas Sparks teve trabalhos diferentes. Ele, inclusive, tentou ir para a Faculdade de Direito, mas foi rejeitado. Ops.
Um dos trabalhos de Sparks foi vender produtos dentais por telefone. Diferente, né?
Agatha Christie era farmacêutica assistente
Agatha Christie era uma das assistentes de farmacêutico sendo examinadas pela Cruz Vermelha, em 1917. Aparentemente, Agatha tinha grandes conhecimentos sobre drogas e venenos e isso ajudou-a em sua carreira como escritora.
Durante a Primeira Guerra Mundial, em 1914, Agatha Christie era uma das voluntárias do exército e passou 4 anos no auxílio às tropas feridas em um Hospital Militar em Devon, na Inglaterra.
Outro que figura no hall dos meus escritores favoritos, Dan Brown e eu temos uma coisa em comum! Nós dois frequentamos a Phillips Exeter Academy, em Exeter, New Hampshire.
Dan Brown era filho de um dos professores da escola preparatória (que também foi onde Mark Zuckerberg estudou) e praticamente cresceu no campus.
Alguns anos depois de se formar na Amherst College, Brown voltou para Exeter como professor de Inglês. Tudo bem que isso foi antes de eu nascer, mas se ele tivesse esperado uns, sei lá, 18 anos, eu poderia ter tido aulas com ele. Doido, né?
Espero que essa lista sirva de inspiração para que você termine seus projetos e siga em frente com eles. Aquela frase que diz que o sucesso é 10% inspiração e 90% transpiração é pura verdade. Esses autores lutaram muito para chegar onde chegaram, só que a gente não viu nem metade desse esforço.
Gostou do post? Compartilhe ele nas redes sociais! Se fizer sucesso, quem sabe eu não faça um só com autores nacionais e suas profissões secretas? hehe
Essa semana a autora Drica Pinotti anunciou uma novidade para a Bienal do Livro, o ”App: De Menina a Mulher’’. Pela primeira vez, um livro infanto-juvenil de uma autora brasileira ganha um aplicativo na internet para o entretenimento de suas leitoras.
O aplicativo possui a sinopse do primeiro livro que compõe a serie, fotos e perfis dos personagens, dicas de beleza e de moda e uma lista de brinquedos criados pela Algazarra que foram baseados nos livros, além de links para as redes sociais da Drica Pinotti e uma lista dos próximos eventos que ela estará presente, de modo a aproximar a autora de seus leitores.
A ideia principal, segundo o press release, é que o ‘’App De Menina a Mulher’’ seja uma ferramenta útil para conectar meninas pré-adolescentes ao mundo dos livros, despertando assim o interesse pela leitura.
O aplicativo é gratuito e o download pode ser feito tanto em Android quanto em iPhone. Para baixar é só colocar o link http://app.vc/de_menina_a_mulher na barra de navegação de seu celular ou tablet e o download se iniciara automaticamente. Eu já instalei o app e me diverti bastante com as dicas e curiosidades do livro, acho que a maioria das pré-adolescentes vai gostar bastante!
A série ‘’De Menina a Mulher’’ já vendeu mais de 230 mil exemplares e esse ano teve seu primeiro livro relançado pela Editora Verus do Grupo Editorial Record.
Você acaba de ler um livro que só pode ser definido com a palavra ‘’Épico’’. Então decide ir até a estante e procurar algum outro para ler, e quem disse que você consegue?
Você lê um livro PÉSSIMO, daqueles que deveriam ter vergonha de ser chamado de ‘’livro’’ e o que acontece depois? Você não consegue ler NADA porque ficou traumatizado pelo outro!
10, 20, 30 livros não lidos na sua estante e nenhum deles chama a sua atenção (nem mesmo os 2 ainda não lidos da sua autora favorita), você toca, cheira, olha a capa, lê a primeira página e acaba colocando o livro de volta na estante. Ops.
Quem nunca se sentiu assim que atire a primeira pedra! Os viciados em livro pelo menos alguma vez na vida passaram por uma ressaca literária. Aquela obrigação de ler, mas sem a vontade de ler. Aquele medo de ler e se decepcionar de novo. Aquele receio de ler e estragar a sensação boa que o último livro lido te deixou.
Iracema, um grande causador de Ressacas Literárias!
Desde o ano passado essa é minha situação. Os livros que você lê as resenhas aqui são lidos por pura obrigação. Não é que eu não tenha gostado deles – pelo contrário, eu gostei de todos – mas é que eles não foram lidos com o pensamento ‘’acho que vou ler’’, foram lidos com o pensamento ‘’eu deveria ler alguma coisa’’.
Não sei por que estou assim, sempre gostei de ler e antigamente, minha maior reclamação era ‘’ah, to morrendo de vontade de ler e não tem nenhum livro para ler!’’, mas agora não, é diferente!
Comecei a achar que era porque no final do ano passado engatei muitas leituras, uma atrás da outra. Decidi então, ficar um tempinho sem ler nada. Quase um mês sem colocar um dos lindos da minha estante na mão. O resultado: Continuo sem vontade de ler, só leio quando me obrigo e só continuo lendo quando a história começa a engrenar até a página 30!
Também achei que pudesse ser trauma de algum livro ruim que li. Decidi então ler livros que dificilmente me decepcionariam com uma trama fraca. Li ‘’@mor’’, ‘’Desculpa Se Te Chamo de Amor’’, ‘’’Procura-se Um Marido’’, ‘’A Culpa É Das Estrelas’’, ‘’Postais do Coração’’ e ‘’O Que Aconteceu Com o Adeus’’, mesmo assim, minha ressaca literária (acho que vou chamá-la de bloqueio mesmo, alguém aí já viu uma ressaca literária durar tanto tempo?) continuou.
Livros que te deixam com ressaca porque são muito s2
Sobre ter lido algum livro bom que deixou um gostinho tão bom que eu não quis mudar, o único que pode ter feito isso comigo é o ‘’Perdida’’, mas mesmo assim, depois que acabei a leitura esperei umas duas semanas antes de começar outro (isso em outubro do ano passado!). Depois li outro livro da Carina e livros tão bons quanto, realmente, não foi culpa dele. Tadinho!
Para ser sincera, escrevo para desabafar meu drama com vocês porque não sei mais o que fazer. Provavelmente, algum leitor já passou por isso (e, quem sabe, superou) e pode me dar esperanças!
A esta pobre garota do casaco roxo (que no momento que distancia de qualquer casaco) resta apenas encarar a estante e esperar que ela diga: ‘’OI, PODE ME LER, EU ACEITO VOCÊ DE VOLTA!”’