A Livraria dos Finais Felizes – Katarina Bivald

a livraria dos finais felizes katarina bivald capa livro

Nome: A Livraria dos Finais Felizes

Autora: Katarina Bivald

Editora: Suma de Letras

Páginas: 334

Fui atraída por “A Livraria dos Finais Felizes” por dois motivos. Primeiro, as muitas resenhas elogiosas sobre ele que circulam pela internet. E segundo porque a autora dele, Katarina Bivald, é da Suécia e eu nunca, nunca havia lido um livro de um escritor desse país.

O livro conta a história de Sara, uma sueca de 28 anos que nunca saiu de seu próprio país. Por meio de correspondências, ela acaba fazendo amizade com Amy, uma senhora de idade que mora em Broken Wheel, Iowa. As duas trocam livros e histórias de vida e Amy convence Sara a atravessar o oceano e a visitá-la em sua pequena cidade.

Mas, como nada é fácil, ao chegar em Broken Wheel Sara descobre que Amy faleceu.

Convencida a ficar pelos moradores peculiares da cidade, Sara acaba morando na casa de sua amiga e começa a ver na vida real as muitas histórias que Amy a contou nas correspondências.

Vendo os problemas de uma cidade pequena e a forma como cada morador vive sua vida, Sara decide apresentá-los aos livros que tanto ajudaram ela e Amy durante suas vidas. É bonito ver como a autora descreve os leitores e como ela fala sobre essa relação tão peculiar que os amantes de livros têm com essas histórias.

“Já no ensino médio havia percebido que poucas pessoas prestavam atenção a quem estava escondido atrás de um livro. De vez em quando, tinha que olhar para desviar de uma régua ou de um livro que havia sido lançado na direção dela, mas isso não era frequente e Sara não costumava perder o ponto em que estava na leitura. Enquanto seus colegas provocavam e eram provocados, entalhavam símbolos sem sentido nas carteiras ou faziam marcas nos armários dos outros, ela vivenciava paixões incontroláveis, mortes, alegrias, terras estrangeiras e dias passados. Outros podiam acreditar que estavam presos em uma velha escola de ensino médio, mas ela havia sido uma gueixa no Japão, andado ao lado da última imperatriz chinesa pelos cômodos fechados e claustrofóbicos da Cidade Proibida, crescido com Anne e os outros habitantes de Green Gables, presenciado vários assassinatos, amado e perdido amores milhares de vezes. “

p. 21.

Tem tantos livros que me marcaram e me ensinaram tanta coisa e ver que existe um livro que reconhece essa ligação importante é bem interessante e gostoso de se ler. Eu acho que o livro agradou tanto por causa das cenas de Sara descrevendo como é cheirar um livro ou de como ela se envolve com uma história.  Há ainda muitas e muitas referências a outros livros, clássicos ou não, e a escritores de todas as épocas e gerações. Não tem como não se sentir representado, sabe?

Ao mesmo tempo em que aproveitei a leitura,  gostaria de ter curtido mais. Além da questão dos livros, eu não consegui me relacionar com os personagens, não senti aquela identificação, aquela sensação de “Ai meu Deus, preciso saber o que vai acontecer!”.

Na verdade, da metade em diante, eu estava completamente entediada durante a leitura. Passava as páginas por passar e o livro me pareceu um pouco petulante em certos momento (no sentido de “eu sou melhor do que você porque leio”, sabe? Isso não é muito legal…).

A premissa, tão interessante no começo, se perdeu um pouco do meio para o final do livro. Depois que terminei a leitura, eu fiquei imaginando desenvolvimentos diferentes para a ideia inicial da autora, talvez tentando tornar o livro mais atraente do que o que li.

Lembro de pensar “E se o fantasma da Amy aparecesse para Sara e só a deixasse em paz quando ela resolvesse algum problema da Amy do passado?” ou, então, “E se a Amy tivesse sido assassinada e a Sara tivesse que unir forças com os moradores da cidade para descobrir quem é o assassino?”. Talvez eu tenha viajado um pouco na maionese, mas, para mim essa leitura tinha tanto potencial desperdiçado, que eu fiquei um pouco decepcionada.

A grande realidade é que a Sara não é um personagem muito interessante ou curioso. Além de seu interesse absurdo por livros, ela não tem quase nada de especial e isso é meio tedioso, ainda que a gente consiga se identificar com ela. Os outros personagens secundários, como George e Andy, tinham uma história de fundo mais interessante e, por vezes, eu quis mais acompanhar a história deles do que a de Sara.

O romance que temos no livro é bem insosso e forçado. Por mais que não seja aquela coisa de “insta-love”, ele não convence.

Eu gostei de “A Livraria dos Finais Felizes”, mas tenho a impressão de que é um livro um pouco esquecível.

A grande verdade é que eu criei uma grande expectativa em relação a essa leitura, depois de ler várias resenhas positivas, e acabei me decepcionando. Mais alguém já passou por isso? Com qual livro?

Beijoos, A Garota do Casaco Roxo

Série “O Clube dos Canalhas” – Parte 2

Como prometido, voltei para contar para vocês o que achei dos dois últimos livros da série “O Clube dos Canalhas”, da escritora Sarah Maclean, publicada no Brasil pela Editora Gutenberg.

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No texto da semana passada, eu falei um pouco sobre os livros “Entre o Amor e a Vingança” e “Entre a Culpa e o Desejo”, que são os dois primeiros da série. Se você está com preguiça de ler o post inteiro, te adianto duas coisas: 1 – O primeiro livro é muito morno e esquecível e 2 – No segundo livro, é a mocinha que salva o “herói” e essa mudança de perspectiva foi bem legal.

Vamos à resenha dos dois últimos livros da série?

Entre a Ruína e a Paixão – Sarah MacLean

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Nome: Entre a Ruína e a Paixão

Autora: Sarah Maclean

Editora: Gutenberg

Páginas: 295

Nos dois primeiros livros da série, nós seguimos as histórias de Bourne e Cross, respectivamente. Os dois são aristocratas que caíram em desgraça e que foram convidados pelo misterioso Chase para gerenciar e serem sócios de um cassino. O “Anjo Caído” é um antro de apostas e de perdições frequentado por toda nobreza da Inglaterra, mas o lugar não seria nada sem Temple, o terceiro sócio.

Temple é forte como um touro. Quando os aristocratas perdem suas fortunas nos jogos do cassino, a chance de “redenção” é lutar contra Temple. Se eles conseguirem derrotá-lo, as dívidas são perdoadas. Só que, é claro, isso nunca acontece e Temple sempre ganha.

Originalmente um duque, Temple perdeu tudo quando foi acusado de um crime. Na noite anterior do quarto casamento de seu pai, ele beijou sua futura madrasta. Na manhã seguinte, ele acordou nu e sem nenhuma memória, em uma cama completamente ensanguentada. O corpo da madrasta nunca foi encontrado e o crime fez Temple ser expulso de sua família.

Anos depois ele ainda está ostracizado por conta desse crime. Acolhido por Chase e pelo Anjo Caído, sua vida segue em frente… Até que ele é contatado pela mulher a qual foi acusado de ter assassinado.

Mara Lowe tem uma personalidade forte e tem a responsabilidade de cuidar de um orfanato. Com o local ameaçado pelas dívidas de jogo de seu irmão, ela não tem escolha se não se apresentar diretamente a Temple e dá-lo a redenção que ele sempre quis.

Parece que eu contei a história toda do livro, não é mesmo? Mas tanta coisa acontece que essa é só a premissa dele mesmo. Apesar de ser o menor livro da série, esse é o que tem mais ação e acontecimentos.

As descrições das cenas são super cinematográficas e, se no livro anterior a mocinha é quem salva o “herói”, nesse daqui, o casal passa uma ideia de igualdade que é bem interessante.

Mara e Temple têm uma química sensacional e eles brigam o tempo todo. Casais que se odeiam e depois se amam é minha trope favorita, e a dinâmica do relacionamento deles me lembrou muito a da Claire e do Beckett, do livro “A Infiltrada” – um dos meus favoritos ever.

A Mara tem uma porquinha de estimação, a Lavanda, e eu adoro quando animais de estimação aparecem em livros de romance histórico porque eles costumam garantir um grande alívio cômico, que não é tão comum em livros do gênero. Na verdade, “Entre a Ruína e a Paixão” tem várias cenas que vão fazer você rir alto.

No geral, esse foi o livro que eu mais gostei na série inteira. Ele é engraçado e fofo e, nossa, as cenas calientes dele são sensacionais.

Se você só puder ler um único livro da série, leia este daqui!

Nunca Julgue uma Dama pela Aparência – Sarah Maclean

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Nome: Nunca Julgue uma Dama pela Aparência

Autora: Sarah Maclean

Editora: Gutenberg

Páginas: 313

Ok, se você é daqueles que não curte muito spoiler, pode parar de ler aqui. Todos os livros da série “Clube dos Canalhas” podem ser lidos como um stand-alone, sem precisar ler os anteriores.

Mas, em “Nunca Julgue uma Dama pela Aparência”, o grande segredo dos livros anteriores “afinal, quem é o Chase?” é solucionado. E, se você não quiser saber spoilers antes de ler o livro, o melhor é parar de ler por aqui.

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Olha, eu avisei. É melhor você parar de ler…

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Não vai parar mesmo? Então continue por sua própria conta e risco.

Ok, lá vai: Chase é, na verdade, Lady Georgiana Pearson. Sim, o Chase é uma mulher.

9anos atrás ela caiu em desgraça porque se apaixonou pela pessoa errada. Grávida e sem estar casada, Lady Georgiana foi deixada de lado por toda a sociedade e por seus pais. Com o apoio de seu irmão, ela criou sua filha e financiou o que viria a ser o maior cassino de toda a Inglaterra.

Em troca de uma associação, Chase só pedia uma coisa: segredos pessoais e cabeludos. E foi assim que Lady Georgiana Pearson passou a ter toda a sociedade na palma de sua mão – sem que eles soubessem, é claro.

Agora que sua filha Caroline já está grandinha, Lady Georgiana quer voltar à sociedade aos poucos, em busca de um marido com um título intocável. Ela quer que as pessoas esqueçam os erros do passado, para que sua filha possa ter uma vida mais normal. Será que ela vai conseguir?

Enquanto isso, Duncan West, jornalista e dono dos 3 maiores jornais do país, precisa descobrir quem é Chase. Tipo, desesperadamente. E o mais rápido que ele puder. É uma questão de sobrevivência para ele e para sua irmã mais nova, Cinthia. Será que ele vai conseguir?

Eu amei a premissa desse livro. Quando descobrimos que Chase é uma mulher, eu quase dei gritinhos. Do tipo em alto e bom som. Na vida real.

Mas, preciso ser sincera, ele não me agradou de todo.

Eu não gosto muito de histórias em que todo o enredo se baseia em segredos, e essa é uma delas. Quer dizer, eu sou de Áries, com ascendente e lua em gêmeos – só senta aí e conversa até resolver tudo, sabe? O livro é bom e legal, mas eu não amei o tanto quanto eu esperava amá-lo.

Em meio aos segredos e intrigas de Chase, Georgiana e Duncan, eu acho que a Sarah MacLean se perdeu um pouco e o livro acabou ficando um pouco monótono e cansativo.

Mesmo assim, a reversão dos papéis e a história de uma heroína com um passado que é qualquer coisa menos “imaculado” foram bem interessantes e divertidas de se ler.

Minha ordem de preferência acabou sendo “Entre a Ruína e a Paixão”, “Entre a Culpa e o Desejo”, “Nunca Julgue uma Dama pela Aparência” e “Entre o Amor e a Vingança”. Você já leu os livros da série? Qual a sua ordem de preferência?

Beeijos, A Garota do Casaco Roxo

Série “O Clube dos Canalhas” – Sarah MacLean – Parte 1

É chegada aquela época do ano em que tudo o que quero é um bom livro de romance histórico, para relaxar minha cabeça. Isso já aconteceu no ano passado, quando eu li toda a série “Os Hathaway”, da Lisa Kleypas, em uma semana.

A bola da vez é a série “O Clube dos Canalhas”, da escritora Sarah MacLean, publicada no Brasil pela Editora Gutenberg. A série tem 4 livros e todos envolvem um mesmo universo de personagens, como é comum em romances históricos.

Ice Cream Party

Eu dividi os posts sobre esses livros em dois. No texto de hoje, eu vou falar sobre os dois primeiros tomos – “Entre o Amor e a Vingança” e “Entre a Culpa e o Desejo”. Vamos descobrir o que é que eu achei sobre esses livros?

Entre o Amor e a Vingança – Sarah Maclean

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Nome: Entre o Amor e a Vingança

Autora: Sarah Maclean

Editora: Gutenberg

Páginas: 303

Eu ainda não terminei de ler o quarto livro da série, “Nunca Julgue uma Dama pela Aparência”, mas acho seguro dizer que “O Clube dos Canalhas” começa como uma série morna, bem normal, e depois vai melhorando até ficar excepcional.

Em “Entre o Amor e a Vingança” acompanhamos a história de Lady Penélope Marbury, uma solteirona. Anos atrás ela era noiva de um jovem cavalheiro e iria ter “o casamento do século”, segundo sua mãe.

Um escândalo acaba rompendo o noivado e Penélope é deixada de lado pelo mercado de noivas da aristocracia britânica. Isso até que ela é pedida em casamento por Thomas Alles, seu amigo de infância. Ele é legal e agradável, mas não era exatamente aquilo que Penélope gostaria de ter como um marido. Ela fica ainda mais desconfiada ao saber que Thomas quer casar com ela para “protegê-la dele”. Ele quem?

Ele é Michael, o Marquês de Bourne, outro amigo de infância de Penélope. Michael perdeu tudo o que tinha aos 18 anos, em um jogo de cartas. Em uma jogada ruim foram-se embora suas propriedades, suas terras e suas fortunas.

Como um “Anjo Caído”, ele foi para Londres e foi recrutado por Chase, um aristocrata, para ser um dos gerentes de um grande casino, voltado à nobreza da Inglaterra. Com o casino, Michael dobrou a riqueza que tinha antes de perder tudo aos 18 anos. Mas ainda faltava algo: Falconwell, a propriedade de sua família.

Desesperado para casar a filha logo, o pai de Penélope, o Marquês de Needham e Dolby, atrela ao dote da menina algo muito valioso: o chalé e as terras de Falconwell, que Michael tanto quer.

E é claro que, para conseguir as terras e a propriedade, Michael vai ter que se casar com Penélope, mesmo que ela não queira.

“Entre o Amor e a Vingança” é legal e doce, mas não me empolgou tanto quanto outros livros de romance histórico que já li. Comparado com as histórias que vêm em seguida a esta, o livro perde um pouco de seu brilho.

Diferente da maioria dos romances, esse não é o típico casal que se casa por amor. É bem legal ver como os dois foram construíndo uma relação e uma intimidade.

O que me incomodou um pouco foi o foco tremendo na questão da “vingança”. Michael quer destruir a todo custo o homem que o fez perder tudo em um jogo de cartas. A premissa é interessante, mas cansativa. Chega um hora que você quer chacoalhar ele e mandar um “supera isso, cara!!!”.

Fora isso “Entre o Amor e a Vingança” é um livro fofo e doce, que abre-alas para o segundo livro “Entre a Culpa e o Desejo”, estrelado pela irmã de Penélope, Pippa Marbury.

Entre a Culpa e o Desejo – Sarah Maclean

entre a culpa e o desejoNome: Entre a Culpa e o Desejo

Autora: Sarah Maclean

Editora: Gutenberg

Páginas: 302

Lady Phillipa Marbury é inteligente demais. Tipo, ela sabe de muitas coisas e gosta de estudar e de aprender cada vez mais sobre os segredos do mundo e do Universo. O que é excelente, não é mesmo?

Não na Inglaterra de antigamente. O fato de Phillipa ser diferente de todas as outras a torna estranha e totalmente indesejável para casamentos. Mas, hey, uma garota precisa de um marido, certo? (Nops.)

Por isso, quando o jovem Castleton a pede em casamento, ela aceita. Ele gosta de cachorros e é gentil, o que mais ela poderia querer? Mas a combinação é tão estranha e errada que nem mesmo os pais e as irmãs de Pippa a querem casada com esse homem.

Mesmo assim, ela vai seguir em frente com o casamento, que acontecerá em apenas 10 dias.

Pippa ouviu alguns comentários sobre o casino de seu cunhado, o Marquês de Bourne. Ela sabe que lá é um lugar onde tudo pode acontecer e também ouviu fofocas sobre os outros dois sócios de Michael, Cross e Chase, e de suas peripécias com as mulheres.

Extremamente lógica e decidida a aprender mais sobre a mecânica do relacionamento de marido e mulher, ela vai atrás de Cross, com o objetivo de receber “lições de amor” e de estar bem preparada para seu noivo. Afinal de contas, Cross é conhecido pelos quatro canto por ser um arruinador de casamentos e por levar as mulheres à loucura. Será que ele vai aceitar?

“Entre a Culpa e o Desejo” foi um livro com mais nuances que “Entre o Amor e a Vingança”. Ao invés de focar em um único tema, várias coisas acontecem.

Tem vezes em que um livro tem tantos acontecimentos, que eu nem sei por onde vou começar a sinopse dele, tem vezes que tem “enredo” de menos. Nesse caso, há um belo balanço e esse livro vai te entreter por horas e horas, sem enrolar demais no mesmo tema.

Outra coisa legal é que todos os personagens são bem construídos e possuem passados interessantes. No caso de Cross, assim como o Marquês de Bourne, ele cometeu erros e foi convidado por Chase a gerenciar o “Anjo Caído”, o casino. É bem curioso descobrir e aprender junto com Pippa qual era o passado dele.

O que eu mais gostei foi que no final há uma inversão de papéis, que acontece de uma forma muito interessante. É o tipo de romance para quem já está cansada daquelas histórias “padrãozinho”.

Semana que vem você acompanha no blog as resenhas de “Entre a Ruína e a Paixão” e “Nunca Julgue uma Dama Pela Aparência”. Não perca!

Beeijos, A Garota do Casaco Roxo

Livros lidos da minha meta de leitura

meta de leitura de 2017

Já faz um tempo que costumo escolher a quantidade de livros que quero ler em um ano. Eu também determino alguns (poucos) títulos aos quais quero dedicar minha atenção durante aquele período, além de tentar seguir o desafio de leitura do Popsugar (nem sempre consigo completar tudo, mas ele costuma me desafiar bastante a sair da minha zona de conforto).

No começo do ano, postei aqui no blog uma lista de livros que queria ler em 2017.

Apesar de ter sofrido da bendita ressaca literária e agora que já passamos da metade do ano, vamos ver quais livros eu já li?

Li, adorei e já resenhei para o blog. Até agora, segue como minha terceira melhor leitura do ano. Será que vai mudar?

  • O Aleph, de Jorge Luis Borges

Li, mas não resenhei para o blog. Consegui viajar nos contos de realismo fantástico do Borges e meu único arrependimento é ter lido “Cidades Invisíveis”, do Italo Calvino no mesmo ano. Por conta disso, as histórias meio que se entrelaçam na minha mente.

Também já li e resenhei para o blog. De tirar o fôlego, só não é o melhor livro de não-ficção que li no ano, porque temos dois pesos pesados que são o “Pepitas Brasileiras”, do Jean-Yves Loude e “O Instante Certo”, da Dorrit Harazim.

Esse eu li faz pouquíssimo tempo e também adorei! É fofo e doce e tudo o que eu precisava para relaxar e seguir minha vida.

Esse foi a maior decepção do ano, de longe. O livro da Jane Costello figura na minha lista de livros para ler desde 2013 e, quando finalmente consegui lê-lo, sobrou só tristeza. Recheado de preconceitos antiquados, piadas de gosto duvidoso e de uma mocinha que é bem zZzZzZ, “Damas de Honra” não foi uma leitura legal.

Ainda faltam 6 livros para ler dessa minha meta de leitura e apenas 16 livros, para que eu alcance meu número determinado no começo do ano – de 60 livros lidos. Você acha que eu consigo bater esse número?

Beeijos, A Garota do Casaco Roxo

5 dicas para quem quer sair da ressaca literária

A ressaca literária é um mal que acomete toda a pessoa que gosta de ler. Não adianta fugir, em certo ponto, você vai ser atingido e não vai conseguir ler, por mais que tenha muita, muita vontade.

Seja depois de ler um livro muito bom, seja depois de ler um livro muito ruim, ou até naturalmente, sem motivo algum: A ressaca literária chega para todos. Eu escrevi bastante sobre isso no blog, em 2013.

5 dicas para quem quer sair da ressaca literária

E olha, tenho que dizer, é uma coisa horrível. Ler é minha atividade favorita e é péssimo quando eu não consigo me animar para pegar um livro na estante ou até me concentrar em alguma determinada leitura.

Se você também sofre desse mal, continue lendo o texto! Reuni algumas dicas práticas para aqueles que querem sair logo da ressaca literária. Vamos conferir?

  1. Leia um livro de seu escritor favorito

Pode parecer contraditório, né? Quer dizer, se você não está conseguindo ler, por que minha primeira dica é ler?

Porque, às vezes, para conseguir sair de uma ressaca literária das bravas, é necessário se lembrar do porquê gostamos de ler. E não existe melhor forma de fazer isso do que lendo um livro de (ou até relendo) nossos escritores favoritos.

these things are great! it's like a TV in your head!

Fica mais fácil se envolver em uma história quando já conhecemos a “voz” desse escritor, assim, essa é uma boa forma de curar uma ressaca literária.

Se é uma releitura, pode ser ainda melhor. Já sabemos o que vai acontecer na narrativa e, ao relermos a história, somos recordados, de imediato, do porque gostamos de ler.

  1. Leia um livro grande

Outra que pode ser contraditória. Mas por que, ó Amanda, você está me mandando ler um livro grande, sendo que não consigo ler nem um livro pequeno?

O segredo para ler um livro grande reside em estabelecer metas. Pegue o número total de páginas e o separe em quantidades que não pareçam tão assustadoras. 20 páginas por dia não são muita coisa, não é mesmo? Agora 740…

Matilda filme lendo e rindo

Determine a si mesmo que você lerá as 20 páginas por dia e, aos poucos, se permita ser envolvido na história (e cumpra essa promessa). Aposto que, quando você passar da metade do livro, já vai estar lendo bem mais do que 20 páginas por dia e sua ressaca literária está longe, bem longe de você.

  1. Leia um livro pequeno

Sheldon Cooper fingindo que está lendo um livro grande, mas tá lendo um quadrinho

Sim, essa dica é a oposta da anterior. Se ler um livro grande não te curar da sua ressaca literária, ler um livro pequeno pode te ajudar a superar isso rapidamente.

Ao ler um livro que pode ser lido em um dia, você vai voltar a se sentir um leitor. Essa motivação extra pode te ajudar a trazer de volta a vontade, a motivação e o amor pela leitura.

Quer dicas de livros para ler em um único dia? Reuni 6 deles nesse post aqui! Escolha o que mais te agrada e se jogue!

  1. Elabore competições

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Esse daqui pode não funcionar para todo mundo, mas funciona que é uma beleza para mim!

Sou de Aries e sou muito competitiva por natureza. Por causa disso, uma das coisas que me força a ler – e, consequentemente, me tira das ressacas literárias – é competir.

Site como o Goodreads permitem que você determine uma meta de leitura anual e vão te avisando quando você está muito atrasado ou no ritmo certo de leitura. Gosto de observar sempre o número de livros que li nos anos anteriores (eu faço isso desde 2015, então são quase 2 anos que posso usar para comparar) e tentar bater esse número.

A Bela e a Fera cena da biblioteca
“Humpff! É claro que eu consigo ler mais do que a Bela!”

Outra coisa que é legal é combinar com seus amigos. Em 2015, eu apostei que leria mais do que uma amiga minha. Pois bem, perdi a aposta, mas foi definitivamente o ano em que mais li na vida, com 66 livros lidos.

  1. Laissez-faire, laissez-passez

Nada disso colaborou para que você curasse sua ressaca literária? Ou, então, mesmo depois de ler as minhas dicas, você segue sem vontade de ler?

Deixa estar, deixa passar.

Hoje em dia existem tantas formas legais e diferentes de relaxar, que é pecado se ater somente a uma delas o tempo todo.

gif fofo lendo sentada na poltrona

Vai ver um filme no Netflix, faz uma maratona daquele seriado que anda na boca de todo mundo, comece a ouvir podcasts, faça um cachecol de tricô ou pinte um livro de colorir.

Tenha em mente que o que te faz um leitor não é a quantidade de livros que você lê ou a frequência com que você pratica esse hábito, mas sim, o quanto você gosta de ler.

Te garanto: uma hora você vai voltar a ler naturalmente.

Gostou das dicas? Compartilhe o post em suas redes sociais e ajude um amigo-leitor que pode estar passando pelo mesmo problema.

Beijoos, A Garota do Casaco Roxo