Os 5 melhores especiais de comédia para ver na Netflix

os 5 melhores especiais de comédia para ver na Netflix

Eu não era lá muito fã de comédia stand-up, mas acho que esse é um gosto adquirido, como comida japonesa e cigarros. Quando abri meu coração para esse tipo de comédia, comecei a entender melhor as piadas e a me divertir realmente.

É claro que sempre tem aquele especial em que a platéia está SE MATANDO de tanto rir e você não consegue nem fingir um sorrisinho, de tão sem graça. Mas também tem aqueles que de piada mediana em piada mediana, quando você percebe está sem ar de tanto rir.

De brasileiros, eu só vi o especial de comédia do Marco Luque, que eu não achei nada demais, para ser honesta. Uma coisa legal é que os shows do Richard Pryor (quem assistia “Todo Mundo Odeia o Chris” vai entender a referência) também estão disponíveis na Netflix e é legal comparar a comédia dos anos 80 com a atual.

Uma crítica para a Netflix, no geral, é que todos – TODOS – os especiais listados abaixo tinham algum erro grotesco de tradução e de legendagem. Sinceramente, é muito difícil traduzir piadas. Além disso, boa parte dessas histórias e anedotas estão inseridas em um contexto cultural que não é o nosso, então SHIT HAPPENS. Mas, mesmo assim, poderia ser melhor, não é? (disclaimer: eu acho que ainda guardo ressentimentos por não ter passado na prova de tradutores deles, mesmo fazendo 87% dela).

  • Patton Oswalt – Annihilation

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O legal da comédia stand-up é que boa parte das piadas são feitas baseando-se em temas da atualidade. A eleição de Donald Trump como presidente dos EUA fez com que TODOS os comediantes fizessem piadas sobre ele (acho que o único que não fez piadas com o Trump foi o Trevor Noah), e o Patton Oswalt não foi diferente.

Em “Annihilation” ele fala sobre Trump, mas depois ele evolui para temas muito pessoais, o que foi um toque muito legal e diferente. O que eu achei mais interessante foi que os temas abordados por ele – como morte e luto na família – não eram necessariamente engraçados, mas ele conseguiu superar isso e tornar as histórias em algo bittersweet, sensível e, claro, engraçado.

Eu, honestamente, fiquei com vontade de chorar em várias partes. É um especial que tira comédia da dor e que é bem realista e verdadeiro.

Eu não conhecia o Patton Oswalt, mas ele ganhou um Emmy no ano passado, por outro especial de comédia, o “Talking for clapping”, que também está disponível no Netflix e que eu devo ver em breve. De todos, esse foi o que eu mais gostei.

  • Trevor Noah: Afraid of the Dark

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Trevor Noah é um comediante sul-africano e boa parte das piadas dele giram em torno de sua realidade como um imigrante negro nos EUA. A defesa dele sobre porquê o James Bond não pode ser interpretado por Idris Elba me faz rir até agora.

Os comentários sobre como os britânicos detestam imigrantes – e o porquê deles estarem errados, além da explicação sobre como (e com quem) Obama aprendeu seu swag são absolutamente HILÁRIOS.

Além de “Afraid of the Dark”, Trevor Noah também estrela o documentário “You laugh but it’s true”, que está disponível na Netflix e conta um pouco mais sobre as origens do comediante. É legal ver “Afraid of the dark” e depois partir para o documentário autobiográfico, para entender melhor a evolução dele.

  • Christina P.: Mother Inferior

Christina P Mother Inferior

A Christina P teve um bebê recentemente e as piadas dela giram em torno da maternidade e das mudanças que acontecem em seu corpo. É muito, muito engraçado e divertido para passar o tempo. Não é um especial que vai ficar comigo para sempre, como do Patton Oswalt, mas eu vou lembrar de ter me divertido com ela.

  • Amy Schumer: The Leather Special

Amy Schumer The Leather Special

O especial da Amy Schumer começa com tantas piadas sobre sexo, que, olha… Até eu fiquei vermelha. São legalzinhas e ligeiramente escatológicas, mas não são lá muito memoráveis. De certa forma, eu esperava mais. A impressão é que são piadas para adolescentes que ainda não superaram as fases bucal e anal, sabe?

De todos esses comediantes, a Amy Schumer era a única que eu conhecia, ainda que só de nome.

De qualquer forma, ver o especial dela foi interessante para comparar com os outros comediantes que eu vi.

  • Cristela Alonzo: Lower Classy

Cristela Alonzo Lower Classy

A Cristela é mexicano-americana e as piadas dela são sobre ter essa dupla cidadania. Os comentários sobre Trump e imigração ilegal e sobre crescer como uma criança pobre são SENSACIONAIS. Das comediantes mulheres, acho que foi o especial dela que eu gostei mais!

Os comentários sobre a realidade da mãe dela, como uma imigrante ilegal, te dão uma perspectiva muito, muito interessante, que mostram que o humor não está só nas piadas, mas no aprendizado que vem junto com elas.

A risada da Cristela é contagiante e, por vezes, eu ri mais da risada dela do que das piadas em si.

Espero que minhas dicas de especiais de comédia te ajudem a escolher um bom show para assistir. Na verdade, dizem que rir bastante antes de dormir te ajuda a pegar no sono mais rápido. Tem alguma dica de especial para mim, deixa nos comentários?!

Beijoos, A Garota do Casaco Roxo

Filmes que vi #21

Recentemente li um livro de romance tão incrível, tão fofo e tão legal, que acabei voltando direto para minha ressaca literária. Pois é. Para tentar me recuperar, dei um tempo dos livros e corri para ver uns filminhos legais.

Quanto ao nome e à resenha do referido livro que me deixou no chão, em breve vocês devem acompanhar o post aqui no blog!

Na edição #21 do “Filmes que eu vi”, os dois filmes estão disponíveis na Netflix!

Nu

Nu Netflix poster

“Nu” foi uma experiência bem interessante. Não costumo ser exigente com o cinema, mas esse tinha tantos defeitos, que eu não consegui relevar, curtir as cenas e piadas e seguir em frente.

A história segue uma tendência entre os roteiros de filmes do momento, onde o personagem revive várias e várias vezes o mesmo dia. É o que acontece com Rob Anderson, interpretado por Marlon Wayans. É o dia de seu casamento e ele acorda completamente nu dentro do elevador de um hotel. Toda sua família já está na Igreja e até a noiva já está pronta, à espera dele.

Marlon Wayans Nu

No começo é desesperador e tudo que você quer é que Rob consiga chegar ao casamento o mais rápido possível. De certa forma, o filme tem uma vibe meio “Se Beber, Não Case”, sabe?

Aos poucos, Rob percebe que pode alterar seu rumo tomando atitudes diferentes e começa a mudar seu comportamento.

Viagens no tempo, repetições de dias e coisas que mexem com padrões são muito, muito difíceis de serem roteirizadas. Juntando isso com a esperteza na hora de cobrir as partes de Marlon Wayans, o filme até que fica aceitável.

Marlon Wayans Nu filme

Mas, como eu disse antes, várias perguntas ficaram no ar. O porquê dele repetir os dias, por exemplo, foi uma coisa que não ficou clara no filme. Outros elementos da narrativa também me deixaram bem “???”.

As piadas também não foram nada memoráveis e sinto que vou esquecer desse filme rapidinho. Uma pena porque tinha potencial.

Fome de Poder

fome de poder pôster

Esse filme me deixou tão IRRITADA. Mas de um jeito bom, sabe? Acho que era mais indignação que qualquer outra coisa, rs!

Estrelado por Michael Keaton, que está maravilhoso, “Fome de Poder” conta a história de origem do McDonald’s. A verdadeira história do McDonald’s.

Michael Keaton Ray Kroc Fome de Poder

Ray Kroc é um vendedor de máquinas de milk-shake que está tendo problemas nos negócios. Apesar de tentar, ele simplesmente não consegue vender novas máquinas e está prestes a falir.

Até que ele recebe um pedido inusitado de 5 máquinas para um mesmo restaurante. Desconfiado de que há algo de errado, Ray vai até o restaurante e vê longas filas, comida sendo servida rapidamente e um hambúrguer extremamente saboroso.

O restaurante é diferente dos tradicionais da época e tá fazendo tanto sucesso, que Ray decide conhecer os donos. E, então, os irmãos Dick Mac Donald e Mac Mac Donald acabam apresentando a ele todos os segredos do restaurante, inclusive o novo sistema Speedy – criado por eles-, que entrega comida mais rápido.

Fome de poder mcdonald's do filme

Decidido a se aproveitar do sucesso dos irmãos, Ray começa a criar um sistema de franquias, que leva o McDonald’s para todos os estados do país. Com cada vez mais fome de poder (há!), Kroc começa a se tornar um personagem dúbio e você acaba se sentindo traída por ele.

Ray kroc fome de poder mcdonald's

O final é decepcionante para os irmão Mac Donald e, até os dias de hoje, se você pesquisar “quem é o fundador do McDonald’s” no Google, a resposta imediata é Ray Crook.

Dois filmes, um bom e um ruim. Um que te deixa nervoso e outro que te deixa com raiva. Espero que você escolha o que vai te fazer mais feliz!

Beeijos, A Garota do Casaco Roxo

Filmes que Vi #20

Confesso que vi “Marguerite” e “Bem-vindo a Marly-Gomont” faz tempo. Na verdade, eu estava esperando para fazer uma master-list de filmes em francês, que são contemporâneos (por mais que eu ame, não colocaria Amélie Poulan nessa lista) e que, o principal, estão disponíveis no Netflix.

Mas… eu empaquei nos filmes. Comecei de novo nessa onda de ver documentários e com tanto seriado legal novo (vi toda “Girlboss” em uma noite e ainda estou digerindo), deixei os filmes meio que de lado e optei por parar com essa de enrolar meus textos.

Marguerite

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Dirigido por Xavier Giannoli e estrelado por Catherine Frot (que também fez “Os Sabores do Palácio”, disponível no Netflix e que eu pretendo ver assim que tomar vergonha na cara). “Marguerite” conta a história de Marquerite Dumont, uma mulher rica que ama as artes e a música. Ama tanto, mas tanto, mas taaaanto, que convenceu a si mesma de que é uma excelente cantora. Só que não.

Marguerite é mais desafinada que o grito de um porco que está tendo seu rabo torcido. É capaz de quebrar taças, não com sua potência vocal, mas porque as taças decidiram sair deste mundo cruel através do suicídio. E a pobre coitada também não tem nenhum amigo, capaz de dizer a ela a verdade.

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A questão é que ela é muito rica e, na Paris dos anos 20, riqueza é sinônimo de influência. Ninguém quer entrar na lista negra de Marguerite ao dizer para ela que ela é uma péssima cantora.

O marido e os funcionários da casa de Marguerite ajudam-na a nutrir sua ilusão. Os convidados das pequenas soirées que ela organiza em sua casa, também aplaudem e sorriem, sob tortura.

Tudo vai bem e o segredinho obscuro da alta sociedade parisiense está bem escondido, até que… Marguerite, influenciada por um jornalista sarcástico e que precisa de dinheiro, decide amplificar seu talento a máximo, com a ajuda de um treinador e professor, e se apresentar em público, para todo mundo ouvir.

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TAN TAN TAN.

Esse filme tem algo de cômico e de engraçadinho, parece até um quadro dos Trapalhões ou coisa do tipo. Mas é um drama bem triste e, quanto mais eu pensava na situação de Marguerite, menos engraçado eu encontrava seus agudos e seus gritos desesperados.

O nível de francês é bom para quem tá começando, porque eles falam relativamente devagar. Ainda mais que é um filme de época, né? Mas, recomendo que não o vejam usando fones de ouvido, porque meu ouvido chegou a doer, nas cenas de canto de Marguerite. E olha que eu gosto de música clássica.

O mais legal é que a história, por mais bizarra que possa parecer, foi inspirado em uma vida real. Florence Foster Jenkins também era uma mulher rica, que adoraria se tornar uma cantora de ópera, apesar de não ter voz para isso.

Um segundo filme sobre a vida de Florence Foster Jenkins foi feito, estrelado por Meryl Streep. “Florence: Quem é essa mulher” é só um pouco diferente de “Marguerite”, se passa em Nova York, por exemplo, mas eu ainda não vi para poder comentá-lo.

Trailer de “Florence: Quem é essa mulher”:

Bem-vindo à Marly-Gomont

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“Bem-vindo à Marly-Gomont” conta a história de um estudante de medicina, natural do Zaire, Seyolo Zantoko, que é interpretado por Marc Zinga.

Depois de formado, Seyolo recusa a oportunidade de voltar para sua terra natal e trabalhar para a aristocracia de lá. Ao invés disso, ele decide ficar na França e ser o médico responsável pelo vilarejo Marly-Gomont.

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Junto com sua família – a esposa e dois filhos – Seyolo tem a difícil função de ganhar a confiança do vilarejo, se integrar e ser feliz em um ambiente bem racista, xenofóbico e provinciano. O filme se passa nos anos 80 e é baseado em uma história real, quem escreveu a história foi o filho de Seyolo.

Apesar dos temas abordados, o filme é muito leve e, ao invés de pender para críticas ao racismo e a xenofobia do povoado, ele usa o humor para exemplificar as situações. O horror da cidade quando os parentes barulhentos de Seyolo chegam em meio à uma celebração solene é hilário. As ligações entre Seyolo e a comunidade vão se desenvolvendo aos poucos e o filme acaba virando uma comédia leve.

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Há uma certa redenção, perto do final, mas não achei ela muito verídica. Talvez, se o filme fosse um pouquinho mais longo, eu conseguisse entendê-los um pouco melhor.

De qualquer forma, o filme é agradável e despretensioso e pode ser visto sem medo de ser feliz. O nível de francês é um pouco mais alto que o de Marguerite, porque eles falam super rápido. Além disso, há trechos em Lingala, a língua do Zaire, que também são super engraçados.

E aí, tem mais algum filme em francês no Netflix que eu deveria estar vendo? Alguma sugestão?

Beeijos, A Garota do Casaco Roxo

Filmes que Vi #19

Ando um bocado cansada da minha rotina no Netflix. Já disse que vejo mais documentários do que séries e filmes, mas aqui vai meu drama: Eu já vi quase tudo. Comecei e terminei “Chef´s Table” (excelente, mas não deve ser visto quando se está com fome) e também comecei e terminei “Chef´s Table: France” (ótimo para praticar l´écoute), depois disso, eu meio que zerei os documentários que sinto vontade de ver no Netflix. Tive que recorrer aos filmes.

Quero Matar meu Chefe

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Eu tive muita sorte na minha vida profissional – por enquanto- então nunca trabalhei em um ambiente de trabalho hostil, com chefes que pendem à psicopatia, são usuários de drogas ou totais pervertidos. Não é o caso de Dale, Nick e Kurtis.

O chefe de Nick promete promovê-lo se ele trabalhar duro. Chegando no trabalho às 6 da manhã, todos os dias, Nick chega a perder o velório de sua Vóvica, com esperanças de conquistar o seu novo cargo.

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Dale vai se casar em breve, mas sua chefe só quer saber de levá-lo para cama. Ela usa lingerie sexy, prende ele na sala e se insinua para ele, na frente de clientes anestesiados.

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Kurtis tem um bom emprego na Pellit Química, mas, um dia, seu chefe morre e a empresa passa às mãos de seu filho, que é um incompetente viciado em sexo e cocaína.

Os três decidem-se por matar seus chefes, cada um a sua maneira, com a consultoria do notório bandido, Mete-a-mãe Jones. O filme tem uma reviravolta hilária e eu ri alto várias vezes. Ele chega a ser um pouco inovador, diferente das comédias besteróis de sempre, mas não passa muito além disso: um filme para rir e relaxar.

O elenco é muito bom e tem gente grande como a Jennifer Anniston, o Jamie Foxx e o Kevin Spacey.

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Esse não está disponível no Netflix, infelizmente. Achei que ele valia os 10 reais que o Now me cobrou por ele, já que eu queira ir ao cinema para vê-lo, mas acabei não tendo tempo.

Anos depois do primeiro filme de “Casamento Grego”, Toula e Ian tem uma filha, Paris, que está prestes a se formar no ensino médio. A garota já está sofrendo as pressões da família grega, que quer que ela se case e fique com eles na cidade de Chicago. Toula ainda trabalha no restaurante da família e ela e Ian ainda são um casal fofo, mas andam meio afastados.

Mas então, seu pai, Gus, decide provar a todos que é um descendente direto de Alexandre, o Grande. Mexendo nos documentos, Gus descobre que a sua certidão de casamento com a mãe de Toula, Maria, nunca foi assinada. Em suma, os dois têm vivido em pecado. oooh!

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Então, Maria dá um ultimato a ele, para que resolvam logo esse impasse e se oficializem como um casal! Ela manda o velhinho dormir no sofá e Gus diz que dorme mal, não por causa do local, mas porque sente falta de ouvir o ronco dela! ❤ É esse o Casamento Grego a que o filme se refere, e não algo com a filha de Toula (até porque ela só tem 17 anos, seria bizarro!).

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Esse filme é delicioso! É engraçado, inteligente, doce e vai fazer você desejar ter uma família tão grande e tão grega quanto a de Toula e Paris!

Gus, o patriarca da família, me lembrou muito o vô de uma amiga minha, os gregos realmente são assim e são teimosos o suficiente para afirmar que “é tudo mentira isso, os gregos não são assim”. Para o pappou, os gregos inventaram tudo, até o Facebook e seu amor pela terra natal dura anos, anos e anos.

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Eu ri alto em muitos momentos e adorei os ideais de família, amor, laços e maternidade que ele mostra. O elenco original do primeiro filme retornou em peso e isso deixou a história mais fácil de acompanhar. Toula e Ian ainda são um casal adorável e é lindo ver esse amadurecimento na história.

A única coisa que eu ainda não entendi é o amor de Gus pelo Vidrex, que ele diz que tem o grande poder de consertar tudo! Ando com vontade de testar essa teoria.

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A atriz que faz o papel de Toula, Nia Vardalos, escreveu o roteiro deste e do primeiro filme de Casamento Grego (fun fact: O primeiro filme, de 2002, ainda é a comédia romântica mais lucrativa de toda a história. Rendeu uns 6150% a mais do que aquilo que foi investido para produzir o filme). Nia também participou da elaboração do roteiro de “Eu Odeio o Dia dos Namorados”, que mal posso esperar para ver, porque, pelo visto, eu adoro o trabalho dela!

Super recomendo ver se você anda sentindo a necessidade de risos, mais risos, amor familiar, amor de velhinhos e algumas lágrimas. É uma pena que tenham removido o primeiro filme do catálogo da Netflix! =/

Beeijos, A Garota do Casaco Roxo

 

Filmes que vi #18

Faz séculos que não posto essa tag, não? Justamente porque faz muito tempo que não vejo nenhum filme que me deixe “Oh, meu Deus, preciso escrever sobre isso”. Tudo mudou no último final de semana, quando fui ao cinema duas vezes – um recorde!

Procurando Dory

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Ouvi muita gente escrevendo críticas, pessoas reclamando de que a narrativa era fraca e de que a saída estava sempre em um herói momentâneo. Também ouvi um pessoalzinho dizendo que Procurando Nemo era melhor e que o filme não tinha correspondido às expectativas.

Antes do filme começar, enquanto os trailers rolavam e eu me enchia de pipoca, não pude deixar de pensar no que ia acontecer durante o filme. Será que a Dory ia sumir? Será que ela seria pescada e aí Marlin iria atrás dela, deixando o Nemo sob a guarda de algum outro peixe? Eu não sabia. Não havia visto o trailer de Procurando Dory e acho que isso contribuiu, de certa forma, com minha opinião final.

Eu adorei Procurando Dory. Não achei ele 100% muito louco, irado e maneiro, como eu achei Procurando Nemo, mas julguei que era tudo culpa da idade. Procurando Dory é um filme que agrada gerações, mas que, ainda assim, é feito para crianças.

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A forma como ele aborda a deficiência mental, a relação com a família, o apoio dos amigos e como a gente pode superar nossas dificuldades alcança o coração de todo mundo, mas ressoa mais entre as crianças. É lindo, fofo, vai fazer você chorar feito um bebezinho no cinema e agradecer às forças maiores pela existência de roteiristas que conseguem produzir histórias como essa.

O curta que passa no começo, “Piper”, também é maravilhoso. Não tem uma palavra, mas vai deixar seu coração quentinho.

Vi o filme em inglês e com legenda (não, não foi para evitar crianças) e agora estou com vontade de ver ele dublado, só para ver como ele fica na minha língua. Todos os filmes da Disney tem leves adaptações no roteiro, quando estão em nosso idioma, e quero ver o que eles fizeram no Brasil. Prepare-se para falar muito balêies.

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Uma correção: Nem todas as dublagens são boas, perdão. Me esqueci de “Enrolados”, que tem um trabalho horrível de dublagem feito pelo Luciano Huck. É bem vergonhoso e até minha mãe, que geralmente prefere dublado para não ter o trabalho de ler legendas, prefere ver em inglês.

“Procurando Dory” também me deixou muito feliz por um motivo inusitado: eu não como nada que venha do mar. Peixe, lula, polvo, camarão, lagostim… Nada disso entra na minha boca. E, olha, depois de me emocionar com um filme desses fiquei feliz por isso. Já pensou estar comendo um ceviche e saber que ele quase virou comida do Geraldo ou que tem pais e filhos que se preocupam com ele? Não se depender de mim!

Caça Fantasmas

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Não tá escrito o quanto de controvérsia esse filme gerou. Se você viveu o último ano debaixo de uma pedra, te atualizo: Fizeram um gender-reversed remake de Caça Fantasmas e isso deixou os garotos muito, muito irritados.

Deixando de lado os mimimis, tenho que dizer que esse filme foi incrível. Ah, você quer ser uma cientista certinha e usar scarpins? Podjé. Quer ser uma engenheira genial e meio doida que tem um estilo próprio e não se importa com o que os outros pensam? Podjé. Quer ser uma atendente de metrô simpática com todo mundo, que conhece sua cidade melhor que ninguém e que tá lá, caçando fantasma, mesmo sabendo que vai desmaiar se ver um? Podjé. Quer ser uma outra cientista, descolada e maneira e louca por sopa? Também podjé.

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Sai do cinema sentindo que eu podia fazer tudo e que nada iria me segurar. E é aí que tá a importância desse filme. Se ele fez isso comigo, um modelo de mulher semi-novo, imagina o que vai fazer com as meninas mais novas?

Com o 3D sendo bem usado, tomei altos sustos e fiquei fascinada com algumas das cenas de luta alguns dos espectros fantasmagóricos, especialmente as da Holtzmann. Eu adoro a Viúva Negra, dos filmes da Marvel, mas sei que esse é um personagem molto sexualizado, o que implica que suas cenas de luta também o são. Não é o que acontece com Caça Fantasmas. Depois de ver o filme, deu até vontade de comprar um canivete suíço.

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Os destaques do filme ficam por conta de Chris Hemsworth, como Kevin, o secretário boa pinta, mas burro. Com direito até a piadinhas de pedreiro das meninas. “Nossa, quem chamou um deus nórdico?” me faz rir até agora. Eu adoro ele e achei muito injusto que Deus deu todas essas qualidades para um homem só, não é possível. Aposto que ele deve ter chulé!

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Tinha os meios receios com a Melissa McCarthy, que faz a Abby. Nos últimos filmes que vi dela, sempre acabava com a impressão de que ela forçava demais. Mas, desta vez, ela até ficou meio ofuscada.

Durante o filme, fique de olho para as participações especiais dos Caça Fantasmas originais – Bill Murray, Dan Aykroyd, Sigourney Weaver, Ernie Hudson e até a secretária da equipe original, que aparecem em cenas inusitadas.

Beeijos, A Garota do Casaco Roxo