Nome: Vision in White
Autora: Nora Roberts
Editora: Berkley Books
Páginas: 325
Idioma: Inglês básico – intermediário (o livro foi publicado no Brasil pela Editora Aqueiro, com o título “Álbum de Casamento”)
Eu gosto da forma como o mundo dos livros permite que nossa imaginação corra solta, sem limites, livre para ir onde quiser, para quando quiser e com quem quiser. Mas é claro, que para isso acontecer é preciso respeitar algumas regras. Você pode dizer para mim que trasgos estão nas masmorras e se a coisa for bem escrita, eu irei acreditar nisso com todas as minhas forças e já vou começar a rezar para todo mundo saber enunciar “leviosa” direitinho.
Mas, infelizmente, algumas vezes a gente se depara com livros que tem um conceito interessante, uma ideia legal, uma promessa de algo empolgante e diferente e, ás vezes, esse livro viaja tanto nessa ideia de trasgos-nas-masmorras, que fica péssimo.
Foi mais ou menos isso que aconteceu com a minha leitura de “Vision in White”.
No livro, conhecemos Mackenzie Elliot, uma fotógrafa de casamentos que trabalha com outras 3 amigas (a história dessas amigas é tema dos outros três livros da série “Bride Quartet”). As meninas tem uma firma de organização de casamentos que deixaria Martha Stewart morrendo de inveja. Tudo é perfeito, tudo tem que ser perfeito e tudo é controlado e organizado. Elas moram em um grande terreno, onde fica o casarão onde os casamentos acontecem e as casas separadas – perto, pero no mucho- das amigas.
Só isso já me fez torcer um pouco o nariz. Legal trabalhar com os migos, mas morar junto também? As descrições de como elas organizam os casamentos também me deixaram nervosa e estressada – só de ler.
Tudo vai bem nesse mundo cheio de glitter e frufrus, até que uma noiva e seu irmão marcam uma reunião com as meninas, para fazer um orçamento. O irmão da noite é Carter McGuire, um professor de inglês bem sem graça, que já tinha uma crush na Mackenzie, desde os tempos de escola.
E é isso. Claro, acontecem algumas coisas, mas nada de emocionante. Nada de personalidades marcantes, narrativas arrebatadoras, histórias de amor impossíveis ou coisa do tipo. O pouco de mudança, de climáx, que o leitor recebe deixa qualquer um com várias interrogações, sem acreditar que toda aquela história poderia ser real.
O livro já seria infinitamente melhor se alterassem pequenos detalhes, porque ele não é mal escrito, só não é muito imaginativo, sabe?
Uma pena, porque a história tem potencial, só não é bem executada.
Beijoos, A Garota do Casaco Roxo