O Demônio na Cidade Branca – Erik Larson

odemonionacidadebranca

Nome: O Demônio na Cidade Branca: Assassinato, magia e loucura na feira que mudou os EUA

Autor: Erik Larson

Editora: Record (mas foi publicado pela Intrínseca recentemente também)

Páginas: 556

“O Demônio na Cidade Branca” foi um achado. Explico: Na livraria do meu bairro, vira e mexe vendem alguns livros bons, que ficaram encalhados no estoque das editoras, por R$ 12.  Lá, eu comprei “O Demônio na Cidade Branca” e muitos outros títulos – muitos mesmo, por isso estou proibida de comprar livros novos. Pouco tempo depois, descobri que a Editora Intrínseca tinha republicado o livro de Erik Larson no final do ano passado. Minha edição é de 2005, mas acho que a experiência de leitura é a mesma.

“O Demônio na Cidade Branca” é um livro de não-ficção que aborda acontecimentos e fatos históricos reais. Mais especificamente, nós seguimos a história da Exposição Universal de 1893, oficialmente conhecida como “Exposição Internacional Colombiana”. Sediada na cidade de Chicago, a feira internacional teve duração de um ano e buscava celebrar os 400 anos da chegada de Cristovão Colombo ao Novo Mundo, a América – daí o nome “Colombiana”.

Erik Larson, através de uma extensa pesquisa em livros, documentos oficiais, diários e arquivos, reconstrói a narrativa de tal forma, que a impressão que temos é que estamos lendo um romance com diálogos, cenários e personagens principais e secundários. Ele chega a ser quase cinematográfico.

No livro, nós acompanhamos as dores e o trabalho árduo de Daniel Burham, um dos maiores arquitetos dos Estados Unidos e o responsável por realizar a feira.  Burnham foi o criador do edifício Flatiron em Nova Iorque e ficou encarregado de supervisionar o trabalho de elaboração e design dos prédios da Exposição Universal. Ele também foi o responsável por construir os planos e por tonar a feira realidade. Os prédios seguiram um padrão arquitetônico e eram todos brancos, daí o nome “Cidade Branca”.

exposição universal
Na Exposição Universal de 1893, havia prédios para cada área do conhecimento (Humanidades, Manufaturas, Indústrias…) e também pavilhões temáticos para diversos países do mundo.

Junto com Burnham estava também Frederic Law Olmsted, o paisagista responsável pelo Central Park, também de Nova Iorque. Juntos, os dois tiveram o trabalho gigantesco e descomunal de transformar uma área pantanosa e úmida nos arredores de Chicago em uma Exposição Universal de dar inveja à de Paris, que aconteceu em 1889, e de sobrepujar o grande marco da exposição anterior, a Torre Eiffel. A exposição tinha até um grande lago navegável, que foi construído para agradar aos desejos paisagísticos de Olmsted.

exposição universal 2
A “Corte de Honra” de Burnham e o lago de Olmstead.

Paralelamente aos desafios de Burnham, nós seguimos o jovem médico H.H. Holmes, cujos olhos carinhosos e gestos afetuosos eram uma fachada para um grande psicopata que matou muita gente, ao longo do decorrer da Exposição Universal.

Visando obter lucro com o afluente de pessoas que iria até Chicago para visitar os pavilhões e prédios de Burnham, H.H. Holmes construiu um hotel mórbido, com canos de ventilação, passagens secretas e um porão equipado com um crematório e ácidos e solventes químicos, para ajudá-lo a se livrar dos corpos. Holmes era um serial-killer de deixar Jack, o Estripador no chinelinho. 

Entre os anos de preparativos que antecederam a Exposição, até a construção dos prédios; os acontecimentos da Feira em si; os assassinatos de Holmes, culminando, por fim, na prisão do assassino, através do trabalho do detetive Geyer, “O Demônio na Cidade Branca” é um livro eletrizante e de tirar o fôlego, que vai fazer qualquer jornalista desejar tê-lo escrito. Eu me peguei segurando a respiração em diversos momentos, por causa de Holmes, e também torcendo para que o trabalho de Burnham desse certo, além do sucesso da exposição.

Cenários e diálogos são reconstruídos por Larson através de suas extensas pesquisas. A narrativa começa conosco a bordo do Olympic, junto com Burnham, enquanto o navio cruza o Oceano Atlântico, para ajudar a resgatar a tripulação e os passageiros de um outro navio, que havia afundado a pouco, o Titanic. Tecendo conexões entre momentos históricos e comparativos que ajudam leitores mais leigos a entender o que está acontecendo, um dos principais momentos da história dos EUA ganha vida, cor, cheiro e forma.

Muitas curiosidades são levantadas e a quantidade de coisa que eu aprendi com esse livro não tá escrita! Um dos exemplos desses aprendizados inesperados aconteceu por conta do exaustivo trabalho dos engenheiros para encontrar algo que fosse superior à Torre Eiffel ,em todos os aspectos. O resultado foi obtido pelo engenheiro George Ferris, que construiu a primeira roda gigante (em inglês “Ferris Wheel”) da história. Os carrinhos da roda gigante tinham janelas de vidro e as descrições de Larson sobre o terror e o medo dos primeiros passageiros da roda gigante são hilárias. Pedidos de casamento, casamentos e tentativas de suicídio aconteceram naquela roda gigante.

Ferris-wheel - EXPOSIÇÃO UNIVERSAL
A primeira Roda Gigante da história, construída na Feira Internacional Colombiana

Outros personagens de importância histórica mundial passeiam pela feira e tudo o que você vai querer é ler mais e mais. Os assassinatos de Holmes também ajudam a dar um toque meio noir ao livro e, apesar de serem pesados, as descrições não são tão detalhadas a ponto de deixar você – muito – assustado. O perfil psicológico de Holmes é muito bem construído e é difícil não se surpreender com a quantidade de gente que ele matou sem que ninguém percebesse ou notasse algo de estranho.

A única coisa que eu senti falta foram imagens e fotografias. É bem comum, nesse tipo de livro, ter um capítulo inteiro só com imagens e fotografias que ajudam a criar um imaginário das cenas descritas e dos personagens também (eu, por exemplo, imaginei Burnham como Chris Hemsworth e agora me recuso a pesquisar seu rosto e ver que ele não é nada disso). A verdade é que a falta de imagens é explicada até por Larson, no próprio livro. Como uma forma de conseguir mais lucros para a exposição – que estava atolada em dívidas – Burnham vendeu os direitos de imagem e só havia um único fotógrafo autorizado a tirar fotos do local, por isso a escassez de registros. Qualquer hora vou até uma livraria só para ver se há fotos na edição da Intrínseca.

Recomendo “O Demônio na Cidade Branca” para qualquer um que goste de história, arquitetura, assassinatos, suspense, investigação e curiosidades. Quem gostou de filmes como “Os Intocáveis”, do Brian de Palma, vai adorar isso aqui. O livro é um prato cheio para quem quer se desafiar e sair um pouquinho da zona de conforto na leitura.  

Definitivamente, essa já é uma das melhores leituras que fiz em 2017 e agora só me resta procurar por livros semelhantes e tão legais quanto esse.

Beeijos, A Garota do Casaco Roxo

Filmes de dança e de música que eu adoro

Acessei o Literalmente Falando despretensiosamente e li o post dos ‘’Meus Filmes Adolescentes Favoritos’’ e tive a ideia para esse post. Ficou enoooooorme, mas eu realmente gosto de todos esses filmes e espero que vocês gostem da minha listinha.

Os filmes estão organizados de forma aleatória e não como um ‘’top’’ isso é apenas uma maneira de organizar. Nos filmes que tinham números de dança legais, coloquei videos da dança a invés do trailer.

1.    Chicago

Chicago

Um musical baseado em, acredite em mim, uma história real. Duas mulheres que abriram um teatro após serem presas por matarem seus maridos/amantes. O filme é demais. Mesmo. Tanto que ganhou o Oscar de melhor filme.

O Richard Gere tá PERFEITO nele. Até consigo entender o porquê da minha mãe amar ele tanto (desde ‘’Uma Linda Mulher’’). 

 2. Vem Dançar

VEM DANÇAR

Eu SOU LOUCA por dança de salão, minha coordenação motora é quase nula, mas eu sou doida para fazer algumas aulinhas. Esse filme é um dos mais legais que já vi porque conta uma história real. Pierre Duncan é um professor de dança que decide investir em alunos problemáticos de uma escola pública em uma região violenta de NY. O resultado é incrível e depois de ver o filme dá vontade de sair por aí rodopiando até cair.

3.    Dança Comigo

DILISSA DA MENHA MAIM

O Richard Gere seduz todo mundo de novo nesse filme.  Ele interpreta um advogado que, apesar de ter sua família, sente que falta alguma coisa. Até que ele conhece Pauline, uma professora de dança de salão que o ensina a aproveitar as coisas da vida.

 4.    O Som do Coração

O SOM DO CORAÇAO

Pega os lencinhos porque esse aqui é emocionante! No filme seguimos a história de August Rush, filho de uma violoncelista e de um guitarrista que se apaixonaram e tiveram uma noite de amor, ele foi entregue para a adoção pelo seu avÔ. A mae acredita que ele morreu logo após o nascimento e o pai nem sabe de sua existência. Acontece que August tem o dom da música e decide ir atrás de seu pai. CHEIO de reviravoltas e de deixar o coração apertadinho até o final, esse filme é perfeito!

5.    Se ela Dança, Eu Danço

SE ela dança eu danço

Tyler é um garoto problema que destrói o auditório de uma escola de dança. Condenado a prestar serviços na escola que depredou, Tyler acaba conhecendo Nora que, desesperada já que seu parceiro de dança quebrou a perna, convida Tyler a ajudá-la a dançar. Lembra muito ‘’No Balanço do Amor’’, mas acho que gosto mais desse. Legalzinho e bom para passar o tempo, sem nada muito impressionante.

Foi ao fazer esse filme que Channing Tatum conheceu sua esposa, Jenna Dewan Tatum. Os dois estão juntos até hoje e têm uma filha juntos!

6.    No Balanço do Amor

no balanço do amor

O pai do ‘’Se Ela Dança, Eu Danço’’. Basicamente, uma ex-bailarina redescobre o amor pela dança e pela vida após conhecer a amizade verdadeira. Julia Styles, quem te viu, quem te vê, hein?

 Espero que tenham gostado da minha listinha, existem mais filmes de dança e de música por aí, quem sabe eu não faça uma outra lista mais para frente?

Beijoos, A Garota do Casaco Roxo