Autora: Drica Pinotti
Editora: Prumo
Páginas: 160
Preço: R$ 22, 40
Amanda Loeb é uma hipocondríaca em recuperação. Depois de encontrar um amor que aguente suas crises e seus surtos ela se sente feliz e amedrontada e está fazendo o máximo que pode para se manter longe dos hospitais (o que não significa que ela não pode confundir uma simples espinha com um câncer em potencial).
‘’A maioria das pessoas dá dicas de viagem ou de uma nova forma de dieta em suas páginas, coisas que presumem ajudar os outros ou render comentários divertidos. Eu dou receitas de como tirar pedras do rim com um método caseiro e com o mínimo de dor.
p.11’’
As coisas iam bem até que seu namorado, Brian, decide abrir uma filial de seu restaurante, o Le Antique, em Paris e tem que ir para lá quase todo o final de semana para supervisionar as obras (e trocar beijos franceses com a arquiteta Anabelle, pelo menos, é isso o que a Amanda acha).
‘’Tenho certeza do amor do Brian por mim. Aliás, o amor que ele sente por mim é o tipo mais generoso. Aquele tipo de amor que aceita o outro exatamente como ele é. Pacote completo, com todos os defeitos, todas as chatices, as estranhezas e, no meu caso, a hipocondria. Eu também o amo tanto! Amo até perder o fôlego. Amo até flutuar.
p. 131’’
Como desgraça pouca é bobagem, ela descobre que seu chefe será substituído e sua mãe irá se casar com seu médico.
Se o mundo dela já estava de ponta cabeça, ele dá uma verdadeira cambalhota quando uma novidade inesperada cai de paraquedas na vida da Amanda. Agora ela terá que reunir coragem para enfrentar seus problemas e ser plenamente feliz.
‘’Nunca entendi isso, mas confesso que sou especialista em enxotar a minha felicidade sempre que ela bate em minha porta! Quando é que vou aprender que ser feliz é bom e não há nada de errado nisso?
p. 141’’
‘’Antídoto’’ é o típico chick – lit. Tem uma personagem cativante, um mocinho que vai fazer você se apaixonar e suspirar (quem é que não lembra do colar ‘’AB’’?) e uma história que te envolve de um jeito, que você só consegue largar depois que acaba de ler.
‘’Minhas mãos estão sempre geladas porque eu tenho a síndrome de Raynaud! Faz todo sentido, não faz? Pois para mim faz, e isso basta.
p. 26’’
O livro foi escrito para fazer você rir e tem cenas hilárias demais. Apesar disso, em algumas crises, me peguei preocupada com a minha xará (para vocês verem como foi fácil me colocar no lugar da personagem! E olha que não foi por causa do nome!). Por mais que seja engraçado vê – la ficando maluca com alguma possível doença, ao mesmo tempo fiquei com medo por ela.
‘’Eu admito que tenho uma certa tendência para o excesso ao avaliar situações. É aquele tal pessimismo hipocondríaco que não me deixa fazer avaliações razoáveis. Ainda bem que não sou analista de risco de nenhuma corretora de seguros, pois com certeza, minha carreira não iria muito longe ou todas as pessoas seriam consideradas, por mim, homens-bomba em potencial.
p. 15’’
Acho que ‘’Antídoto’’ conseguiu mostrar para mim que a hipocondria é uma doença séria e que deve ser tratada. Se com a terapia e as sessões do ‘’Hipocondríacos Anônimos’’ a Amanda ainda ficava meio louquinha, imagina sem isso? Ou pior, imagina quem tem isso, mas não sabe o que é? (embora eu duvide que um hipocondríaco possa ter uma doença e não saber o qual é ou o que é).
‘’O que poderia acontecer de ruim? Eu estava prestes a fazer um teste de gravidez e me perguntando o que poderia acontecer de ruim? Eu só posso ter caído do berço e batido a cabeça gravemente quando era criança. Só pode ser isso. E a descabeçada da minha mãe nunca me contou para não me dar a certeza de que algum dia terei mesmo um aneurisma. Ai minha Santa Channel do Pretinho Básico, não me desampara! Eu nunca vi uma mulher grávida se vestir com estilo. Protege-me dessa vez, que eu prometo nunca mais usar aquele pijama vermelho e preto horroroso. Amém!
p. 104’’
Foi uma delícia ler ‘’Antídoto’’e apesar de estarmos em março ainda, já é, com certeza, um dos meus livros favoritos do ano! Recomendo ele para todo mundo que quer ler um romance apaixonante, fofo, cativante e, principalmente, hilário. Aquelas (e aqueles também, por que não?) que estão superando algum problema vão com certeza se identificar (e, quem sabe se inspirar?) com a minha xará e vão torcer para que ela alcance sua felicidade.
Apesar de ser uma continuação, ‘’Antídoto’’ pode ser facilmente lido por aqueles que ainda não leram o primeiro livro, o ‘’A Pílula do Amor’’. É claro que a história fica muito mais legal quando você lê os dois na ordem certa! 😉
Beijoos, A Garota do Casaco Roxo