Entrevista com Larissa Siriani

1)      Você é considerada por muitos a ‘’Nora Roberts brasileira’’
(cof cof cof) pela qualidade de seus textos e pela quantidade deles,
como você se sente com esse apelido?

 
LOL, por muitos? 😛 Acho que é uma comparação beeem louca! Na verdade,
nunca li nada da Nora, mas não sei se me equiparo a ela, tanto em
qualidade quanto em quantidade (essa mulher lança tipo vinte livros por
ano, como pode?) Mas foi um apelido carinhoso, e claro que eu adorei! 🙂
 
2)      Como estudante de cinema, o que você pode aconselhar pros
jovens que estão pensando em cursar essa faculdade ou trabalhar nessa
profissão?

 
Aconselho muito estudo (sempre), paciência e jeito com pessoas. É uma
área bastante difícil, muito concorrida, e que exige muito do trabalho
de grupo – que é basicamente TODO o trabalho. Nada se faz sozinho nesse
campo. Não tem como querer se meter a estudar cinema sem gostar de
trabalhar com pessoas e sem saber escutar os outros.
 
3)      Para você, qual a parte mais difícil em escrever um livro?
 
Nomes!!! Acredita? Eu geralmente começo sabendo pelo menos o nome
do/a(s) protagonista(s), mas sou uma negação em dar nomes a personagens
coadjuvantes e principalmente em dar títulos. A maior parte dos meus
títulos que é realmente boa veio em algum tipo de possessão espiritual
louca em que alguma alma boa me mandou esse título via inconsciente. Às
vezes passo meses trabalhando sobre um livro que não tem nome, ou fico
trocando de título mil vezes até decidir por um menos pior.
 
4)      Todos os seus livros são publicados por editoras ou são
publicações independentes?

 
As Bruxas de Oxford é o único lançado por uma editora. Todos os demais
são publicações independentes.
 
5)      Qual foi a maior dificuldade que você teve na hora de publicar
seus livros?

 
A dificuldade de qualquer escritor, que é achar uma editora que aposte
no seu trabalho. Foi o motivo que me levou a buscar a publicação
independente, em primeiro lugar. O mercado editorial é super exigente,
mas ao mesmo tempo não te diz exatamente o que está procurando, e isso
dificulta a vida de um autor iniciante. Até eu ir abrindo meu próprio
caminho, demorou. A divulgação também foi uma coisa em que tive bastante
dificuldade, porque não sabia como usar nada a meu favor. Fui aprendendo
com o tempo, mas no começo, eu não sabia como fazer pro meu nome chegar
até o ouvido dos leitores – quanto mais meus livros.
 
6)      Qual seu segredo para escrever bem? Alguma dica para os
aspirantes a escritores?

 
Segredo? Hahaha, acho que não tem um. Vou parecer meio arrogante, mas
acho que primeiro a gente tem que ter uma aptidão, uma coisa que vem da
gente, porque tem quem simplesmente não consegue escrever e ponto final.
Mas não é só isso que faz um escritor. Ler muito e começar a perceber e
aprender as técnicas que tornam o seu texto mais legal, mais fluído e
mais interessante são tipo 70% do processo. Se eu fosse me segurar só na
aptidão, garanto que ninguém ia gostar do que eu escrevo. Tem que ter
estudo e muita leitura. A dica maior é essa 🙂

7)      Qual o maior mico que você já pagou?

 
Já paguei vários, mas meu top foi confundir um cara com uma menina e
tratá-lo como uma garota e me referir a ele como “ela” até alguém vir me
contar que era um garoto. Eu não sabia onde enfiar a minha cara. Ele,
claro, ficou “p” da vida.

8)      Quais são seus projetos futuros?

 
Em 2012 quero participar de mais eventos ao redor do Brasil, porque
sinto falta desse contato mais direto com os leitores – espero ter
dinheiro pra isso, né? E quero também terminar a continuação do “Bruxas”
(que já vai pra sua segunda revisão) e tentar, quem sabe, lançá-lo na
Bienal de SP em agosto.
 
9)      Além de escrever, estudar e fazer trilhões de coisas, você
ainda mantém o blog Cine Books, e escreve contos para alegrar nossas
vidas, a pergunta é: Quando você arranja tempo para dormir?

 
Eu quase fico louca, e por isso eu acabo abandonando algumas coisas em
funções de outras – o CineBooks mesmo está todo abandonado, tadinho. Tem
horas que tenho que escolher o que fazer, senão eu piro. Mas tenho meu
horário de descanso. Se eu não dormir, é porque a insônia não deixou, e
não porque tive que fazer alguma coisa.
 
10)   Que pergunta nunca fizeram para você, mas você gostaria de
responder? Qual a resposta dela?

 
Nunca me perguntaram o que eu faria se o mundo acabasse amanhã. Eu
gritaria que já me disseram isso antes. HAHA

Beijoos, A Garota do Casaco Roxo