There’s No Place Like Here – Cecelia Ahern

there's no place like hereNome: There’s No Place Like Here

Autor: Cecelia Ahern

Idioma: Inglês

Editora: Hyperion

Páginas: 439

Preço:  R$ 25, 30

Antes de começar a resenha de hoje, queria pedir desculpas pela minha ausência nos últimos dias. Minhas aulas na faculdade voltaram e agora estou um pouco mais ocupada que antes – nem é preciso dizer que a minha ideia de escrever o máximo possível durante as férias para evitar hiatus no blog acabou furada.

‘’There’s No Place Like Here’’ da Cecelia Ahern, mesma autora de P.S: Eu Te Amo (que eu não resenhei aqui porque chorei tanto, mas tanto enquanto lia que não consigo sequer imaginar o quanto eu choraria se escrevesse sobre) foi uma das leituras mais esquisitas que eu já fiz.

O livro conta a história de Sandy Short, uma mulher que desde o desaparecimento de uma colega de classe vinte anos atrás, ficou obcecada por encontrar coisas e objetos desaparecidos. A obsessão de Sandy a fez se tornar policial e, posteriormente, dona de uma agencia de detetives para procurar pessoas desaparecidas.

‘’When Jenny-May Butler went missing, her final insult, was to take a part of me with her. The older I got, the taller I got, the more that hole within me stretched, an abyss that continued to grow as I got older. But how did I physically go missing? How did I get to where I am now? First question, and most important, where am I now?

p. 14’’

Jack Ruttle está desesperado. Faz um ano que seu irmão, Donal, desapareceu e ninguém tem pistas. A policia já encerrou o caso e Jack decide que contratar Sandy é sua única chance de reencontrar seu irmão e, por isso, decide marcar um encontro com ela.

Só que, a caminho do encontro com Jack, Sandy se perde.

E vai parar em uma cidade onde estão todas as coisas perdidas e todas as pessoas desaparecidas pelas quais ela procurou durante sua vida. E dessa vez ela continua sua obsessão por buscar coisas, só que o que ela quer encontrar agora é o caminho de volta para casa.

O livro é super misterioso e conforme você lê, mais mistérios são lançados e você fica cada vez mais curioso para descobrir onde Sandy está e se ela está sonhando ou tendo algum tipo de delírio.

Só que a história demora certo tempo para se desenvolver, e esse tempo parece ainda maior para mim, já que leio mais devagar em inglês do que em português. E, um dia, conforme eu lia, louca para descobrir o que havia acontecido com o irmão de Jack e onde Sandy estava, eu simplesmente não senti mais vontade de ler esse livro.

E assim foi. Por mais 3 meses.

Não o li, não procurei resenhas e nem spoilers. O deixei de lado e só o retomei para tentar manter minha média de leitura nas férias num nível bom.

E talvez isso tenha contribuído para achar o ritmo da história ainda mais lento, mas acredito também que isso tenha sido uma tentativa da autora de agarrar o leitor à historia e só deixá-lo soltar, depois que o livro tivesse terminado. Acabou que em mim teve o efeito contrário.

O texto também é cheio de digressões e conforme Sandy tenta descobrir em que lugar mágico ela está e Jack tenta encontrar seu irmão e Sandy, descobrimos um pouco do passado dos dois e isso é fascinante, já que, olhando agora, depois de ter acabado o livro, podemos perceber dicas do final.

Não sei se recomendaria o livro para quem não gosta de histórias lentas, mas para os amantes de historias fantásticas, com toques de romance e de passados problemáticos, esses com certeza vão amar o livro.

‘’Whenever something is gained, it has been taken from another place. When something is lost, it arrives elsewhere. There are the usual philosophical questions. Why do bad things happen to good people? Within every bad thing I see good, and, likewise, within every good thing I see bad, however impossible it is to understand it or to see it at the time. As humans we are the epitome of life, in life there is always balance. Life and death, male and female, good and bad, beautiful and ugly, win and lose, love and hate. Lost and found.

p. 311’’

Quanto ao nível de inglês, eu recomendaria de intermediário para cima. Cecelia Ahern é irlandesa (alias, vocês sabiam que o pai dela foi primeiro ministro da Irlanda?) e, por isso, o inglês que ela utiliza é diferente e tem uma serie de gírias locais, que podem ser descobertas pelo contexto, mas que só ajudam a deixar a história ainda mais lenta, pelo menos aos olhos dos não falantes nativos.

Mas se você gostou dessa resenha e fala inglês que nem o Joel Santana, DO NOTCHÍ SE PREOCUPE! A Novo Conceito adquiriu os direitos para alguns livros da Cecelia (não Cecilia, como eu erroneamente costumava falar) e acredito que uma versão em português de ‘’There’s No Place Like Here’’ deve chegar às livrarias em breve!

Beeijos, A Garota do Casaco Roxo