Já faz um tempo que costumo escolher a quantidade de livros que quero ler em um ano. Eu também determino alguns (poucos) títulos aos quais quero dedicar minha atenção durante aquele período, além de tentar seguir o desafio de leitura do Popsugar (nem sempre consigo completar tudo, mas ele costuma me desafiar bastante a sair da minha zona de conforto).
Li, adorei e já resenhei para o blog. Até agora, segue como minha terceira melhor leitura do ano. Será que vai mudar?
O Aleph, de Jorge Luis Borges
Li, mas não resenhei para o blog. Consegui viajar nos contos de realismo fantástico do Borges e meu único arrependimento é ter lido “Cidades Invisíveis”, do Italo Calvino no mesmo ano. Por conta disso, as histórias meio que se entrelaçam na minha mente.
Também já li e resenhei para o blog. De tirar o fôlego, só não é o melhor livro de não-ficção que li no ano, porque temos dois pesos pesados que são o “Pepitas Brasileiras”, do Jean-Yves Loude e “O Instante Certo”, da Dorrit Harazim.
Esse foi a maior decepção do ano, de longe. O livro da Jane Costello figura na minha lista de livros para ler desde 2013 e, quando finalmente consegui lê-lo, sobrou só tristeza. Recheado de preconceitos antiquados, piadas de gosto duvidoso e de uma mocinha que é bem zZzZzZ, “Damas de Honra” não foi uma leitura legal.
Ainda faltam 6 livros para ler dessa minha meta de leitura e apenas 16 livros, para que eu alcance meu número determinado no começo do ano – de 60 livros lidos. Você acha que eu consigo bater esse número?
Muita gente acha que ser um bom leitor significa ler muitos, muitos, muitos livros. E só. Houve um tempo em que eu pensava assim e prezava mais pela quantidade do que por qualquer outra coisa.
Hoje penso de maneira diferente. A leitura é meu hobby e também a forma como eu aprendo mais sobre o mundo. Gosto de me desafiar e de disputar contra eu mesma em relação aos gêneros, estilos, autores, nível de dificuldade e, sim, até à quantidade de livros que leio de um ano para o outro.
Mas acho que o verdadeiro segredo para ser um bom leitor reside na diversidade de leitura.
Ler só livros de escritores homens ou só de autores de um determinado país pode ter seu mérito, mas não é exatamente diversidade, é?
Por mais que seja legal ter um autor favorito e ler todas as obras dele, acho interessante a ideia de sair da zona de conforto e de ler de tudo um pouco, mesmo.
Para te ajudar a diversificar seu “cardápio” de leituras, elaborei uma lista com meus livros favoritos de escritores latino-americanos! Nossos hermanos têm obras excelentes e, muitas vezes, a gente acaba focando em dois ou três escritores e esquece que existem muitos outros que também são maravilhosos!
Vamos aos títulos?
La Tregua e A Borra do Café, de Mario Benedetti
“La Tregua” foi o livro que fez eu quebrar meu jejum de não comprar livros, lá no começo do ano, quando fui para o Uruguai. Comecei a ler ele enquanto tomava sol na praia de Pocitos e acabei ficando mais morena nas costas do que na parte da frente do corpo. Não me arrependo nem um pouco.
O livro conta a história de Martín Santomé, um viúvo que está contando os dias até sua tão aguardada aposentadoria. Para marcar o feito, ele começa um diário onde relata alguns dos acontecimentos terrivelmente rotineiros de seu trabalho em um escritório, como contador. Os seus 3 filhos, já adultos, criados e maduros, também aparecem nos escritos.
Tudo vai bem rotineiro e calmo na vida de Martín. Até que uma funcionária nova, Laura Avellaneda, começa a trabalhar no escritório. Laura vira o mundo de Martín de ponta cabeça e a tão rotineira rotina dele vai para as cucuias. Os dois se apaixonam e engatam uma relação tão linda e preciosa, que você meio que se apaixona junto.
Eu li “La Tregua” em espanhol e por ter tantas gírias e expressões tipicamente uruguaias me lembrou TANTO do meu vô, que eu quase não aguentei de saudades.
“La Tregua” é um livro doce, mas tão, tão, tão triste que eu fico chateada só de lembrar. Eu chorei horrores. É claro que vou reler no futuro – e em português, de preferência.
A história se passa em Montevidéu e as descrições são super vívidas, especialmente as dos cafés. A história foi publicada em 1959 e a impressão que temos é de que pouca coisa mudou na cidade, desde então.
Alguns dos pontos turísticos mencionados na história aparecem no Guia Benedetti, publicado pela Fundação Mario Benedetti. Quando terminei o livro, eu já estava em casa, mas a vontade foi voltar para o Uruguai, fazer o percurso do guia e ver Montevidéu pelos olhos do Martin.
“A Borra do Café”, eu li em português mesmo e me diverti bastante lendo. É a história de Claudio, começando por sua infância até ficar mais velho e adulto.
A infância de Claudio é marcada pelo futebol, pelas mudanças da família, a morte da mãe e pelo assassinato de um morador de rua em seu bairro. Há uma grande leveza na forma como ele narra esses acontecimentos.
“A Borra do Café” é parcialmente baseado nas memórias de infância do próprio Benedetti e acho que isso, de certa forma, me ajudou a gostar ainda mais do livro!
Minha impressão é de que em “A Borra do Café”, a cidade de Montevidéu aparece mais do que em “La Tregua”. Agora que conheço o lugar, quero reler o livro para verificar isso.
Eu já resenhei “O Carteiro e o Poeta” aqui no blog e você pode ler a resenha para mais detalhes. Basicamente, o livro conta a história da inusitada amizade entre o poeta Pablo Neruda e seu carteiro.
Antonio Skarmeta é chileno e, recentemente, a Editora Record reeditou “O Carteiro e o Poeta”, que estava fora das prensas (o meu exemplar foi comprado em sebo, mas mesmo assim quero uma edição nova).
“Como Água para Chocolate” é um livro da escritora mexicana Laura Esquivel.
O livro conta a história de Tita, que nasceu em uma cozinha e cuja mãe não queria que se casasse. A tradição da família pregava que, por ser a filha mais nova, ela não poderia se casar e teria que ficar cuidando da mãe até ela morrer.
Quando cresceu, Tita se apaixonou perdidamente por Pedro, sem poder ficar com ele por conta da bendita tradição. Para resolver todos os problemas (só que não, né?) Pedro acaba se casando com a irmã mais velha de Tita, só para poder ficar perto de sua amada.
Sem poder conversar ou trocar olhares por conta de uma proibição da irmã, Pedro e Tita se comunicam por meio da culinária e das sensações que a comida de Tita induz em todos os membros da família. As descrições alimentares são riquíssimas e a dose de realismo fantástico típica dos escritores latino-americanos também temperam o livro.
Apesar de estar em inglês, “The Brief Wondrous Life of Oscar Wao, é um livro de um escritor latino-americano. Junot Diaz nasceu na República Dominicana e emigrou para os EUA aos 6 anos de idade.
O livro conta a história de vida de Oscar Wao, mas vai além disso ao mostrar todas as gerações de mulheres fortes anteriores (e uma contemporânea) a ele. O livro também se aprofunda e dá um grande panorama sobre como a ditadura de Trujillo afetou a vida de todos na República Dominicana.
É fascinante e, com certeza, uma das melhores leituras desse ano – até agora! Não é à toa que Junot ganhou um Pulitzer por esse livro, né?
Espero que minha lista te ajude a diversificar mais suas leituras! Sei que existem muitos outros escritores latino-americanos ótimos e alguns dos que li (Isabel Allende com “A Casa dos Espíritos” e Mario Vargas Llosa com “Travessuras de Menina Má”) não apareceram nessa lista.
Se gostarem do post, eu posso até fazer uma continuação!
Idioma: Inglês avançado e algumas expressões em espanhol. Para quem não lê em inglês, “A Fantástica Vida Breve de Oscar Wao” foi publicado em 2015 no Brasil, pela Editora Record. Recentemente, eu vi uma edição desse livro na Nobel do Shopping Tatuapé, por apenas R$ 12.
“The Brief Wondrous Life of Oscar Wao” é, provavelmente, o livro mais difícil que li em inglês. Mais difícil até do que livros clássicos, como “Jane Eyre”, minha leitura do momento. Imagino que ele deva ser uma leitura complicada até para nativos desse idioma, porque contém expressões idiomáticas e trechos de conversas em espanhol (fiquei super curiosa em como a tradução desse livro para o português foi feita). O Prêmio Pulitzer que ele ganhou em 2008, como melhor ficção, não é à toa. Mesmo.
No livro, nós acompanhamos a vida de Oscar Wao. Hispânico, gordo, nerd e morador dos guetos de Nova Jersey… Aparentemente, não tem nada na vida de Oscar que seria motivo para um livro só dele.
“I saw my chance and eventually I took it. If you didn’t grow up like I did then you don´t know and if you don’t know it’s probably better you don´t judge.” p. 55
O que torna esse livro digno de atenção – e de uma leitura – são as diversas histórias anteriores – e posteriores – à existência de Oscar.
Nós seguimos a vida da mãe de Oscar e de suas aventuras na República Dominicana, em plena ditadura de Trujillo. Nós seguimos a vida da irmã de Oscar, cometendo quase os mesmos erros que a mãe. Nós temos a “avó de criação” da família, Nena Inca, que é personagem constante durante toda a narrativa e, por fim, algumas das aventuras de Oscar, que só no final começa a realmente ter uma vida.
“She could not abide, period, Everything about her present life irked her; she wanted, with all her heart, something else. When this dissatisfaction entered her heart she could not recall, would later tell her daughter it had been with her all her life, but who knows if this is true? What exactly it was she wanted was never clear either: her own incredible life, yes, a handsome, wealthy husband, yes, beautiful children, yes, a woman’s body without question.” p. 79
O único personagem da narrativa que, curiosamente, não conta sua própria história é Oscar, o assunto do livro. Os narradores vão se intercalando e é quase como um roteiro de documentário.
“I was the tallest, dorkiest girl in the school, the one who dressed up as Wonder Woman every Halloween, the one who never said a word. People saw me in my glasses and my hand-me-down clothes and could not have imagined what I was capable of.” p. 57
Estou lendo o Guia do Estudante de Atualidades, porque senti que precisava estar mais informada sobre o mundo e sobre os acontecimentos recentes. Nos capítulos sobre a Venezuela e a Colômbia, fiquei um pouco assustada com o pouco que eu sabia sobre a história desses dois países. Sério, pergunte-me sobre a Revolução Francesa e a Guerra de Secessão e eu provavelmente saberei te dar bons detalhes. Mas sobre a história dos nossos países vizinhos? Niente.
Por que eu digo isso? Porque um dos personagens principais do livro é a República Dominicana, país de origem da família de Oscar e para onde todos os membros da família vão para se refugiar dos acontecimentos dramáticos de suas vidas – nem todos ao mesmo tempo e sempre com razões diferentes.
“[…] the guaguas, the cops, the mind-boggling poverty, the beggars, the Haitians selling peanuts at the intersections, the mind-boggling poverty, the asshole tourists hogging up all the beaches, the Xica da Silva novelas where homegirl got naked every five seconds that Lola and his female cousins were cracked on […]” p. 277
O país governado por Trujillo tem um grande papel na história pessoal dos antepassados de Oscar. Ao longo da narrativa, informações são reveladas sobre a vida de cada um dos atores da família de Oscar. Seu avô e sua avó reais (Nena Inca é só uma avó de criação), sua mãe e seu pai… todos esses foram diretamente impactados pelo regime ditatorial e é incrível entender como tudo se encaixa.
Veja esse livro como um grande quebra-cabeças, ou uma cebola em que você vai removendo as camadas para entender o interior. Ao final da leitura, fiquei com vontade de reler o livro, para ver se eu tinha deixado algum detalhe escapar.
“You have the same eyes as your abuelo, his Nena Inca had told him on one of his visits to DR, which should have been some comfort – who doesn’t like resembling an ancestor? – except this particular ancestor had ended his days in prison.” p. 20
Para nós, os desinformados que não sabem de nada sobre a história da República Dominicana, Junto Díaz deixa excelentes notas de rodapé, que se estendem por duas, três páginas do livro, mas que ajudam a contextualizar o estado do país e da população naquela época.
Apesar de ter lido pouco, eu adoro escritores latino-americanos e o realismo fantástico que sempre aparece nessas histórias. Junot Díaz nasceu em Santo Domingo, mas foi criado em Nova Jersey e, mesmo assim, há um toque de literatura fantástica na narrativa. Só para deixar Oscar feliz.
Outra coisa fascinante é a presença do misticismo que só os latinos têm. Até mesmo orixás e superstições de azar e de boa sorte entram no meio da vida de Oscar e ganham um papel importante na narrativa. Só para garantir as coisas: Zafa
“Maritza, with her chocolate skin and narrow eyes, already expressing the Ogún energy that she would chop at everybody with for the rest of her life.” p. 14
Essa é uma leitura para aqueles que querem sair da zona de conforto e se desafiar um pouco mais, mas também para aqueles que sabem que, no final, você só está no lugar em que está hoje por conta de seus antepassados.
A verdade é que a vida dá suas voltas, seus tropeços e seus pulos e, a primeira coisa a ser cortada quando isso acontece, são os hobbies e as distrações que levam tempo. Eu amo escrever para o blog e me solto muito – tanto na escrita quanto nos sentimentos – quando estou por aqui. Pode ser que demore, pode ser que leve alguns dias. Pode ser que eu não tenha mais aquela periodicidade. Mas, tenha certeza, de tempos em tempos volte aqui para ver as atualizações.
Dito isso, em dezembro Mandariela estava dando um rolê no shopping, em busca de presentes de Natal de última hora. Inocentemente, a menina entrou em uma Livraria Nobel, viu que eles tinham livros bem legais por R$ 12 cada e… Acabou saindo de lá com 4 deles.
Parece normal, não? Mas, infelizmente e para o desespero da minha mãe, esse tem sido um padrão de comportamento normal meu. Não tem uma vez que eu não vá comprar livros que eu compre só 1. Isso gera vários problemas, dentre eles:
Uma lista de livros para ler interminável;
Uma falta de espaço na estante crônica e irremediável;
Mandariela não se lembrando das razões pelas quais comprou determinado livro. Mandariela convencendo a si mesma de que jamais leria determinado livro. Mandariela se convencendo de que está louca.
Mandariela doando o referido livro para a biblioteca, sem nunca ter lido ele;
Os gastos, minha nossa senhora, os gastos!!!!
Então, aproveitando o clima de ano novo, vida nova, decidi fazer uma resolução e tentar levá-la a sério o máximo possível. Só vou poder comprar livros novos em 2017 depois que conseguir atingir 30 livros lidos (isso é metade da minha meta de leitura anual). Tecnicamente, eu já falhei nisso porque fui para o Uruguai e não resisti em comprar um livrinho do Benedetti em espanhol. Mas olha a vitória: Foi um só mesmo.
Eu já estou sofrendo porque toda vez que vejo listas de lançamentos das editoras, meu coração dá pulinhos.
Para ajudar meu pobre coração consumista – de livros e nada mais – organizei a lista abaixo com os livros que, definitivamente, quero ler em 2017.
Damas de Honra, da Jane Costello
Acredite ou não “Damas de Honra” figura desde 2013 na minha lista de “livros para ler”. A verdade é que eu tinha muita preguiça de pagar R$ 42 em um único livro (Esqueci de esclarecer que sou consumista, mas também pão-dura. Pago isso em vários livros, não em um único).
Na Bienal do ano passado, o estande da Editora Record tinha algumas promoções bem interessantes, entre elas: “Damas de Honra” por apenas R$ 20. Finalmente!!! Ele é meu, muito meeu!
Eu adoro chick-lits fofinhos e bobos e esse é um deles. Um livro sem pretensões só para distrair a cabeça é exatamente aquilo que precisamos de vez em quando.
Quando Evie Hart aceita ser dama de honra de sua melhor amiga, ela percebe que isso é o mais perto que conseguirá chegar do altar. Até hoje, aos 27 anos, Evie nunca viveu um grande amor. E, por ironia do destino, todos a seu redor, inclusive sua própria mãe, estão com os dias de solteiro contados. Ela treme só de pensar nos inúmeros casamentos que tem pela frente! Mas sua fobia de relacionamentos pode ter cura. Um convidado especial, que está sempre presente nas cerimônias, é capaz de fazer com que ela queira ser um pouco mais do que dama de honra.
2. A Livraria dos Finais Felizes, Katarina Bivald
Esse eu também comprei na Bienal do ano passado e acho que paguei caro nele. A verdade é que eu estava cansada, frustrada e realmente queria sair do Anhembi com a sensação de que tinha satisfeito todas as minhas vontades, então, o comprei.
Esse daqui me chamou atenção pela capa super fofa e também pela sinopse. Ele também me ajuda a cumprir um dos itens do meu desafio de leitura do PopSugar: Katarina Bivald, a autora, é Sueca e acho que nunca li nenhum livro de um autor de lá. Tenho grandes expectativas e espero não me decepcionar *dedos cruzados*.
Sara tem 28 anos e nunca saiu da Suécia — a não ser através dos (vários) livros que lê. Quando sua amiga Amy, uma senhora com quem troca livros pelo correio há anos, a convida para visitá-la na cidade de Broken Wheel, Iowa, Sara decide se aventurar. Mas ao chegar lá, descobre que Amy faleceu. Sara se vê desacompanhada na casa da amiga, em uma cidade muito pequena, e começa a pensar que talvez esse não seja o tipo de férias que havia planejado.Com o tempo, Sara descobre que não está sozinha. Nessa cidade isolada e antiga, estão todas as pessoas que ela conheceu através das cartas da amiga: o pobre George, a destemida Grace, a certinha Caroline e Tom, o amado sobrinho de Amy. Logo Sara percebe que Broken Wheel precisa desesperadamente de alguma aventura, um pouquinho de autoajuda e talvez uma pitada de romance. Resumindo: a cidade precisa de uma livraria.
3. Os Sapatinhos Vermelhos, Joanne Harris
O livro “Chocolate” foi uma das minhas leituras mais sinestésicas e marcantes. O material deu origem ao filme homônimo estrelado por Juliette Binoche e Judy Dench (não vou escrever o nome dele aqui, sorry).
A autora do livro, Joanne Harris, é hilária no twitter e através dos tweets dela descobri que “Chocolate” tem várias continuações. Na verdade, ele deu início a uma trilogia. “Sapatinhos Vermelhos” ou “Lollipop Shoes”, no original em inglês, foi publicado aqui no Brasil faz um tempão, pela Rocco. Depois, eles são seguidos por “Peaches for Monsieur Le Curé”, que apareceu em minhas pesquisas com o nome “O Aroma das Especiarias”, no que parece ser uma edição de Portugal.
Encontrei “Sapatinhos Vermelhos” sem querer, em uma busca despretensiosa pelo Estante Virtual. Acredito que seja impossível encontrá-lo em outro lugar que não sejam os sebos, mas o site da Amazon mostra ele a venda. Mal posso esperar para ler as aventuras de Anouk e Vianne, desta vez em Paris.
Autora com mais de quatro milhões de livros vendidos só na Inglaterra, Joanne Harris traz oito anos após ter encantado o mundo com Chocolat, adaptado para Hollywood, com Juliette Binoche e Johnny Depp nos papéis principais a continuação da saga de Vianne Rocher e sua filha Anouk em Os sapatinhos vermelhos. Acompanhadas agora da pequenina Rosette, filha de Vianne com o cigano Roux, elas têm que se adaptar a uma vida mais convencional para se proteger daqueles que temem seus poderes mágicos.No romance, a escritora levanta a questão de se vale a pena desistir de uma vida exuberante e cheia de paixão pela tranqüilidade financeira. Com novas surpresas a cada capítulo, Os sapatinhos vermelhos traz um olhar delicado sobre os conflitos e as dúvidas de Vianne e Anouk, que, ao lado de conjurações e feitiços, aprendem a lidar com as mudanças e crises provocadas pelas novas fases de suas vidas: a maturidade para a mãe e a adolescência da filha. Uma continuação ansiada e que promete cativar mais uma vez os leitores.
4) Onde Deixarei meu Coração, Sara Manning
Mais uma compra impulsiva, dentre os livros que estavam em promoção no estande da Record, na Bienal.
Mas fala sério! A capa tem uma foto maravilhosa da Torre Eiffel e o título é suficientemente meloso para que eu decida ler ele quando estiver precisando chorar – ou brigar com alguém – para me acalmar.
O livro é mais voltado para o Young Adult que para o Chick-it e a hitória está situada em Paris. No final, descobri em uma folheada que há uma lista de filmes, livros e músicas que são um “Glossário para Les Coisas Francesas Iradas”. Parece interessante.
Bea acredita que é a mais entediante adolescente do mundo. Aos 17 anos, não é popular, engraçada ou bonita. A única coisa interessante em sua vida é o pai, que a abandonou mesmo antes de ela nascer e agora vive em Paris. Bea recebe um convite para passar as férias em Málaga e com um bônus: pode se afastar da mãe irritante e controladora. Porém, depois de apenas 48 horas na Espanha, ela se flagra mudando o itinerário. Ansiando pela vida parisiense a cada momento de sua apagada existência, ela acaba na cidade luz, à procura do pai que nunca conheceu. No caminho, conhece Toph, um estudante americano mochilando pela Europa e, em vez de achar o pai pelos cafés e boulevards de Paris, ela acaba perdendo um pouco a cabeça. Mas pode encontrar muito mais do que desejava. Pode encontrar a si própria.
5) Fangirl, Rainbow Rowell
Li “Eleanor e Park” e gostei muito. Quando vi “Fangirl” em promoção, acabei comprando.
A verdade é que além desses, aqui em casa também tem “Ligações” e “Anexos”, da mesma autora, só esperando para serem lidos. Acabei selecionando “Fangirl” porque adoro pesquisar quotes de livros no Pinterest (I know, I know) e, os que eu sempre achava mais bonitinhos ou que tinham uma arte mais bonita, eram todos os de “Fangirl”.
Cath é fã da série de livros Simon Snow. Ok. Todo mundo é fã de Simon Snow, mas Cath, ser fã é sua vida – e ela é realmente boa nisso. Vive lendo e relendo a série; está sempre antenafa aos fóruns; escreve uma fanfic de sucesso; e até se veste igual aos personagens na estréia de cada filme. Diferente de sua irmã gêmea, Wren, que ao crescer deixou o fandom de lado, Cath simplesmente não consegue se desapegar. Ela não quer isso. Em sua fanfiction, um verdadeiro refúgio, Cath sempre sabe exatamente o que dizer, e pode escrever um romance muito mais intenso do que qualquer coisa que já experimentou na vida real. Mas agora que as duas estão indo para a faculdade, e Wren diz que não a quer como companheira de quarto, Cath se vê sozinha e completamente fora de sua zona de conforto.
Uma nova realidade pode parecer assustadora para a garota demasiadamente tímida. Mas ela terá de decidir se finalmente está preparada para abrir seu coração para novas pessoas e novas experiências. Será que Cath está pronta para começar a viver sua própria vida? Escrever suas próprias histórias?
6) O Demônio na Cidade Branca, Erik Larson
Eu adoro livros de não-ficção e a forma como eles te absorvem. De uma hora para outra, você sai de sua bolha e acaba lendo sobre a produção de álcool caseiro durante a Era da Proibição, sobre a história de brasileiros na maravilhosa Cidade Luz ou até sobre como a cidade de São Paulo cresceu e se expandiu.
É um verdadeiro banquete para mim, apesar de dificilmente escrever sobre eles, são o tipo de livro que eu sempre tenho por perto. “O Demônio na Cidade Branca: Assassinato, Magia e Loucura na Feira que Transformou os Estados Unidos” sempre aparecia nas minhas recomendações do GoodReads e eu nem sabia que ele tinha uma edição em português.
Na verdade, ele tem duas. Em 2005, a Editora Record publicou ele por aqui. Acho que deve ter encalhado porque minha edição é dessas de 2005, mas o livro está novo em folha e eu comprei ele em uma livraria, por R$ 12 (Pão dura sim, gente). No ano passado, a Intrínseca reimprimiu o livro, que saiu em uma nova edição.
No final do século XIX os Estados Unidos eram uma nação jovem e orgulhosa, ávida por afirmar seu lugar entre as maiores potências mundiais. Nesse contexto, a Feira de Chicago de 1893 teve papel fundamental: com o objetivo de apresentar a maior e mais impressionante exposição de inovações científicas e tecnológicas já idealizada, coube ao arquiteto Daniel Burnham, famoso por projetar alguns dos edifícios mais conhecidos do mundo, a difícil tarefa de transformar uma área desolada em um lugar de magnífica beleza: a Cidade Branca. Reunindo as mais importantes mentes da época, Burnham enfrentou o mau clima, tragédias e o tempo escasso para construir a enorme estrutura da feira. A poucas quadras dali, outro homem igualmente determinado, H. H. Holmes, estava às voltas com mais uma obra grandiosa, um prédio estranho e complexo. Nomeado Hotel da Feira Mundial, o lugar era na verdade um palácio de tortura, para o qual Holmes atraiu dezenas, talvez centenas de pessoas. Autor de crimes inimagináveis, ele ficou conhecido como possivelmente o primeiro serial killer da história americana. Separados, os feitos de Burnham e Holmes são fascinantes por si só. Examinadas juntas, porém, suas histórias se tornam ainda mais impressionantes e oferecem uma poderosa metáfora das forças opostas que fizeram do século XX ao mesmo tempo um período de avanços monumentais e de crueldades imensuráveis. Combinando uma pesquisa meticulosa com a narrativa envolvente que lhe é característica, Erik Larson escreveu um suspense arrebatador, que se torna ainda mais assustador por retratar acontecimentos reais.
7) Vidas Provisórias, Edney Silvestre
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Adoro o Edney Silvestre na apresentação do “GloboNews Literatura”, mas só agora descobri que ele tem um trabalho bem prolífico na literatura. Sinto que, no momento, estou lendo poucos autores brasileiros e poucos que abordem nossa história recente, de uma maneira geral.
Expatriados, separados no tempo e na geografia, Paulo e Barbara compartilham, além da experiência do exílio, o estranhamento pela perda de suas identidades, o isolamento e a sensação de interrupção do curso normal de suas vidas. Diferentes motivos os levam ao estrangeiro. Em 1970, Paulo, perseguido pela ditadura militar, é preso, torturado e abandonado sem documentação na fronteira, de onde segue para o Chile e depois para a Suécia. Barbara, com uma identidade falsa, deixa o país para trás em 1991 — durante o governo Collor —, fugindo de um rastro de violência, e se instala nos Estados Unidos como imigrante ilegal. Em seu terceiro romance, Edney Silvestre cria um vigoroso retrato das transformações que ocorreram no país e no mundo nos últimos quarenta anos, com uma trama que viaja pelo Chile, Suécia, Estados Unidos, França e Iraque. O autor se vale, com sensibilidade, de sua experiência de onze anos como correspondente baseado em Nova York para revelar o universo dos imigrantes e, ao mesmo tempo, recriar de forma contundente um Brasil visto a distância.
8) Tia Júlia e o Escrevinhador, de Mario Vargas Llosa e O Aleph, de Jorge Luis Borges
Mais duas tentativas de incluir um pouco mais de diversidade e de clássicos da literatura no meu menu literário.
Eu já conheço o trabalho do Mario Vargas Llosa e, além de “Tia Júlia e o Escrevinhador”, tenho aqui em casa ainda sem ler o “A Festa do Bode”, que me indicaram várias vezes.
“O Aleph” é uma coletânea de contos de Jorge Luis Borges. Esse é meu primeiro contato com o autor e eu achei uma boa forma de começar a conhecer o trabalho dele. Até já comecei a ler e estou achando bem interessante, ao mesmo tempo em que acredito que preciso de um pouco mais de repertório para entendê-lo melhor.
Como os dois são clássicos, você não vai ler resenhas deles por aqui (na verdade, não vou nem colocar a sinopse deles). Mas, pode ser que eles apareçam em uma lista ou algo do tipo. Fique de olho!
9) O Livro Delas, Nove Romances
Mais escritores brasileiros, yay! “O Livro Delas” reúne 9 histórias diferentes, cada uma escrita por autoras contemporâneas que eu amo muito como Fernanda França, Leila Rego, Fernanda Belém e Tammy Luciano.
Além das meninas, cuja trajetória eu acompanho faz um tempão, participam também Bianca Carvalho, Carolina Estrella, Chris Melo, Graciela Mayrink e Lu Piras. O material foi organizado pela jornalista Renata Frade.
Os contos são super diferentes e estão em gêneros distintos. A edição tá bem bonita e a única coisa que eu não curti muito foi o texto de orelha, escrito pelo Maurício Gomyde (que eu adoro). Um livro tão girlpower não precisa ter a validação ou o comentário de um homem. Nem mesmo na orelha.
Nove talentos da literatura nacional, que conquistaram os corações e mentes de leitores, em um livro de contos inesquecível. Organizado por Renata Frade, responsável pelo projeto LitGirlsBr, que visa a aproximar escritoras e leitoras e fomentar o debate sobre literatura nacional, “O livro delas” reúne histórias de Bianca Carvalho, Carolina Estrella, Chris Melo, Fernanda Belém, Fernanda França, Graciela Mayrink, Leila Rego, Lu Piras e Tammy Luciano, e apresenta o que há de mais representativo no estilo de cada escritora. Do sobrenatural ao chick-lit, passando por romance, aventura, drama e denúncia social, a coletânea agrada desde os leitores jovens adultos aos mais velhos. Em comum, o talento das nove autoras para contar belas histórias. O texto de orelha é assinado pelo escritor Maurício Gomyde.
10) The Brief Wondrous Life of Oscar Wao, Junot Díaz
Esse livro foi super comentado no ano em que foi lançado e, além disso, ganhou o Prêmio Pulitzer. Junot nasceu na República Dominicana e estou bem interessada em conhecer melhor seu trabalho.
Ando lendo muitos thrillers em inglês e acho que preciso pular um pouco para uma leitura mais desafiadora, de um autor contemporâneo. Minha tentativa é fugir um pouco da leitura dos clássicos em inglês e tentar conhecer mais a nova geração de escritores gringos.
Oscar is a sweet but disastrously overweight ghetto nerd, a New jersey romantic who dreams of becoming the Dominican J.R.R Tolkien, and, most of all, finding love. But Oscar may never get what he wants. Blame the fukú – a curse that has haunted Oscar´s family for generations, following them on their epic journey from the Dominican Republic to the United States and back again.
E… é isso. O que acharam da seleção? Alguém recomenda um livro que seja similar aos da lista? O único problema é que só vou poder comprá-lo depois que cumprir minha resolução! haha