11 livros da minha estante para ler em 2017

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Wow, faz tempo que eu não posto aqui, não?

A verdade é que a vida dá suas voltas, seus tropeços e seus pulos e, a primeira coisa a ser cortada quando isso acontece, são os hobbies e as distrações que levam tempo. Eu amo escrever para o blog e me solto muito – tanto na escrita quanto nos sentimentos – quando estou por aqui. Pode ser que demore, pode ser que leve alguns dias. Pode ser que eu não tenha mais aquela periodicidade. Mas, tenha certeza, de tempos em tempos volte aqui para ver as atualizações.

Dito isso, em dezembro Mandariela estava dando um rolê no shopping, em busca de presentes de Natal de última hora. Inocentemente, a menina entrou em uma Livraria Nobel, viu que eles tinham livros bem legais por R$ 12 cada e… Acabou saindo de lá com 4 deles.

Parece normal, não? Mas, infelizmente e para o desespero da minha mãe, esse tem sido um padrão de comportamento normal meu. Não tem uma vez que eu não vá comprar livros que eu compre só 1. Isso gera vários problemas, dentre eles:

  1. Uma lista de livros para ler interminável;
  2. Uma falta de espaço na estante crônica e irremediável;
  3. Mandariela não se lembrando das razões pelas quais comprou determinado livro. Mandariela convencendo a si mesma de que jamais leria determinado livro. Mandariela se convencendo de que está louca. 
  4. Mandariela doando o referido livro para a biblioteca, sem nunca ter lido ele;
  5. Os gastos, minha nossa senhora, os gastos!!!!

Então, aproveitando o clima de ano novo, vida nova, decidi fazer uma resolução e tentar levá-la a sério o máximo possível. Só vou poder comprar livros novos em 2017 depois que conseguir atingir 30 livros lidos (isso é metade da minha meta de leitura anual). Tecnicamente, eu já falhei nisso porque fui para o Uruguai e não resisti em comprar um livrinho do Benedetti em espanhol. Mas olha a vitória: Foi um só mesmo.

Eu já estou sofrendo porque toda vez que vejo listas de lançamentos das editoras, meu coração dá pulinhos.

Para ajudar meu pobre coração consumista – de livros e nada mais – organizei a lista abaixo com os livros que, definitivamente, quero ler em 2017.

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  1. Damas de Honra, da Jane Costello

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Acredite ou não “Damas de Honra” figura desde 2013 na minha lista de “livros para ler”. A verdade é que eu tinha muita preguiça de pagar R$ 42 em um único livro (Esqueci de esclarecer que sou consumista, mas também pão-dura. Pago isso em vários livros, não em um único).

Na Bienal do ano passado, o estande da Editora Record tinha algumas promoções bem interessantes, entre elas: “Damas de Honra” por apenas R$ 20. Finalmente!!! Ele é meu, muito meeu!

Eu adoro chick-lits fofinhos e bobos e esse é um deles. Um livro sem pretensões só para distrair a cabeça é exatamente aquilo que precisamos de vez em quando.

Quando Evie Hart aceita ser dama de honra de sua melhor amiga, ela percebe que isso é o mais perto que conseguirá chegar do altar. Até hoje, aos 27 anos, Evie nunca viveu um grande amor. E, por ironia do destino, todos a seu redor, inclusive sua própria mãe, estão com os dias de solteiro contados. Ela treme só de pensar nos inúmeros casamentos que tem pela frente! Mas sua fobia de relacionamentos pode ter cura. Um convidado especial, que está sempre presente nas cerimônias, é capaz de fazer com que ela queira ser um pouco mais do que dama de honra.

2. A Livraria dos Finais Felizes, Katarina Bivald

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Esse eu também comprei na Bienal do ano passado e acho que paguei caro nele. A verdade é que eu estava cansada, frustrada e realmente queria sair do Anhembi com a sensação de que tinha satisfeito todas as minhas vontades, então, o comprei.

Esse daqui me chamou atenção pela capa super fofa e também pela sinopse. Ele também me ajuda a cumprir um dos itens do meu desafio de leitura do PopSugar: Katarina Bivald, a autora, é Sueca e acho que nunca li nenhum livro de um autor de lá. Tenho grandes expectativas e espero não me decepcionar *dedos cruzados*.

Sara tem 28 anos e nunca saiu da Suécia — a não ser através dos (vários) livros que lê. Quando sua amiga Amy, uma senhora com quem troca livros pelo correio há anos, a convida para visitá-la na cidade de Broken Wheel, Iowa, Sara decide se aventurar. Mas ao chegar lá, descobre que Amy faleceu. Sara se vê desacompanhada na casa da amiga, em uma cidade muito pequena, e começa a pensar que talvez esse não seja o tipo de férias que havia planejado.Com o tempo, Sara descobre que não está sozinha. Nessa cidade isolada e antiga, estão todas as pessoas que ela conheceu através das cartas da amiga: o pobre George, a destemida Grace, a certinha Caroline e Tom, o amado sobrinho de Amy. Logo Sara percebe que Broken Wheel precisa desesperadamente de alguma aventura, um pouquinho de autoajuda e talvez uma pitada de romance. Resumindo: a cidade precisa de uma livraria.

3. Os Sapatinhos Vermelhos, Joanne Harris

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O livro “Chocolate” foi uma das minhas leituras mais sinestésicas e marcantes. O material deu origem ao filme homônimo estrelado por Juliette Binoche e Judy Dench (não vou escrever o nome dele aqui, sorry).

A autora do livro, Joanne Harris, é hilária no twitter e através dos tweets dela descobri que “Chocolate” tem várias continuações. Na verdade, ele deu início a uma trilogia. “Sapatinhos Vermelhos” ou “Lollipop Shoes”, no original em inglês, foi publicado aqui no Brasil faz um tempão, pela Rocco. Depois, eles são seguidos por “Peaches for Monsieur Le Curé”, que apareceu em minhas pesquisas com o nome “O Aroma das Especiarias”, no que parece ser uma edição de Portugal.

Encontrei “Sapatinhos Vermelhos” sem querer, em uma busca despretensiosa pelo Estante Virtual. Acredito que seja impossível encontrá-lo em outro lugar que não sejam os sebos, mas o site da Amazon mostra ele a venda. Mal posso esperar para ler as aventuras de Anouk e Vianne, desta vez em Paris.

Autora com mais de quatro milhões de livros vendidos só na Inglaterra, Joanne Harris traz oito anos após ter encantado o mundo com Chocolat, adaptado para Hollywood, com Juliette Binoche e Johnny Depp nos papéis principais a continuação da saga de Vianne Rocher e sua filha Anouk em Os sapatinhos vermelhos. Acompanhadas agora da pequenina Rosette, filha de Vianne com o cigano Roux, elas têm que se adaptar a uma vida mais convencional para se proteger daqueles que temem seus poderes mágicos.No romance, a escritora levanta a questão de se vale a pena desistir de uma vida exuberante e cheia de paixão pela tranqüilidade financeira. Com novas surpresas a cada capítulo, Os sapatinhos vermelhos traz um olhar delicado sobre os conflitos e as dúvidas de Vianne e Anouk, que, ao lado de conjurações e feitiços, aprendem a lidar com as mudanças e crises provocadas pelas novas fases de suas vidas: a maturidade para a mãe e a adolescência da filha. Uma continuação ansiada e que promete cativar mais uma vez os leitores.

4) Onde Deixarei meu Coração, Sara Manning

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Mais uma compra impulsiva, dentre os livros que estavam em promoção no estande da Record, na Bienal.

Mas fala sério! A capa tem uma foto maravilhosa da Torre Eiffel e o título é suficientemente meloso para que eu decida ler ele quando estiver precisando chorar – ou brigar com alguém – para me acalmar.

O livro é mais voltado para o Young Adult que para o Chick-it e a hitória está situada em Paris. No final, descobri em uma folheada que há uma lista de filmes, livros e músicas que são um “Glossário para Les Coisas Francesas Iradas”. Parece interessante.

Bea acredita que é a mais entediante adolescente do mundo. Aos 17 anos, não é popular, engraçada ou bonita. A única coisa interessante em sua vida é o pai, que a abandonou mesmo antes de ela nascer e agora vive em Paris. Bea recebe um convite para passar as férias em Málaga e com um bônus: pode se afastar da mãe irritante e controladora. Porém, depois de apenas 48 horas na Espanha, ela se flagra mudando o itinerário. Ansiando pela vida parisiense a cada momento de sua apagada existência, ela acaba na cidade luz, à procura do pai que nunca conheceu. No caminho, conhece Toph, um estudante americano mochilando pela Europa e, em vez de achar o pai pelos cafés e boulevards de Paris, ela acaba perdendo um pouco a cabeça. Mas pode encontrar muito mais do que desejava. Pode encontrar a si própria.

5) Fangirl, Rainbow Rowell

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Li “Eleanor e Park” e gostei muito. Quando vi “Fangirl” em promoção, acabei comprando.

A verdade é que além desses, aqui em casa também tem “Ligações” e “Anexos”, da mesma autora, só esperando para serem lidos. Acabei selecionando “Fangirl” porque adoro pesquisar quotes de livros no Pinterest (I know, I know) e, os que eu sempre achava mais bonitinhos ou que tinham uma arte mais bonita, eram todos os de “Fangirl”.

Cath é fã da série de livros Simon Snow. Ok. Todo mundo é fã de Simon Snow, mas Cath, ser fã é sua vida – e ela é realmente boa nisso. Vive lendo e relendo a série; está sempre antenafa aos fóruns; escreve uma fanfic de sucesso; e até se veste igual aos personagens na estréia de cada filme. Diferente de sua irmã gêmea, Wren, que ao crescer deixou o fandom de lado, Cath simplesmente não consegue se desapegar. Ela não quer isso. Em sua fanfiction, um verdadeiro refúgio, Cath sempre sabe exatamente o que dizer, e pode escrever um romance muito mais intenso do que qualquer coisa que já experimentou na vida real. Mas agora que as duas estão indo para a faculdade, e Wren diz que não a quer como companheira de quarto, Cath se vê sozinha e completamente fora de sua zona de conforto.

Uma nova realidade pode parecer assustadora para a garota demasiadamente tímida. Mas ela terá de decidir se finalmente está preparada para abrir seu coração para novas pessoas e novas experiências. Será que Cath está pronta para começar a viver sua própria vida? Escrever suas próprias histórias?

6) O Demônio na Cidade Branca, Erik Larson

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Eu adoro livros de não-ficção e a forma como eles te absorvem. De uma hora para outra, você sai de sua bolha e acaba lendo sobre a produção de álcool caseiro durante a Era da Proibição, sobre a história de brasileiros na maravilhosa Cidade Luz ou até sobre como a cidade de São Paulo cresceu e se expandiu.

É um verdadeiro banquete para mim, apesar de dificilmente escrever sobre eles, são o tipo de livro que eu sempre tenho por perto. “O Demônio na Cidade Branca: Assassinato, Magia e Loucura na Feira que Transformou os Estados Unidos” sempre aparecia nas minhas recomendações do GoodReads e eu nem sabia que ele tinha uma edição em português.

Na verdade, ele tem duas. Em 2005, a Editora Record publicou ele por aqui. Acho que deve ter encalhado porque minha edição é dessas de 2005, mas o livro está novo em folha e eu comprei ele em uma livraria, por R$ 12 (Pão dura sim, gente). No ano passado, a Intrínseca reimprimiu o livro, que saiu em uma nova edição.

No final do século XIX os Estados Unidos eram uma nação jovem e orgulhosa, ávida por afirmar seu lugar entre as maiores potências mundiais. Nesse contexto, a Feira de Chicago de 1893 teve papel fundamental: com o objetivo de apresentar a maior e mais impressionante exposição de inovações científicas e tecnológicas já idealizada, coube ao arquiteto Daniel Burnham, famoso por projetar alguns dos edifícios mais conhecidos do mundo, a difícil tarefa de transformar uma área desolada em um lugar de magnífica beleza: a Cidade Branca. Reunindo as mais importantes mentes da época, Burnham enfrentou o mau clima, tragédias e o tempo escasso para construir a enorme estrutura da feira. A poucas quadras dali, outro homem igualmente determinado, H. H. Holmes, estava às voltas com mais uma obra grandiosa, um prédio estranho e complexo. Nomeado Hotel da Feira Mundial, o lugar era na verdade um palácio de tortura, para o qual Holmes atraiu dezenas, talvez centenas de pessoas. Autor de crimes inimagináveis, ele ficou conhecido como possivelmente o primeiro serial killer da história americana. Separados, os feitos de Burnham e Holmes são fascinantes por si só. Examinadas juntas, porém, suas histórias se tornam ainda mais impressionantes e oferecem uma poderosa metáfora das forças opostas que fizeram do século XX ao mesmo tempo um período de avanços monumentais e de crueldades imensuráveis. Combinando uma pesquisa meticulosa com a narrativa envolvente que lhe é característica, Erik Larson escreveu um suspense arrebatador, que se torna ainda mais assustador por retratar acontecimentos reais.

7) Vidas Provisórias, Edney Silvestre

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Adoro o Edney Silvestre na apresentação do “GloboNews Literatura”, mas só agora descobri que ele tem um trabalho bem prolífico na literatura. Sinto que, no momento, estou lendo poucos autores brasileiros e poucos que abordem nossa história recente, de uma maneira geral.

Expatriados, separados no tempo e na geografia, Paulo e Barbara compartilham, além da experiência do exílio, o estranhamento pela perda de suas identidades, o isolamento e a sensação de interrupção do curso normal de suas vidas. Diferentes motivos os levam ao estrangeiro. Em 1970, Paulo, perseguido pela ditadura militar, é preso, torturado e abandonado sem documentação na fronteira, de onde segue para o Chile e depois para a Suécia. Barbara, com uma identidade falsa, deixa o país para trás em 1991 — durante o governo Collor —, fugindo de um rastro de violência, e se instala nos Estados Unidos como imigrante ilegal. Em seu terceiro romance, Edney Silvestre cria um vigoroso retrato das transformações que ocorreram no país e no mundo nos últimos quarenta anos, com uma trama que viaja pelo Chile, Suécia, Estados Unidos, França e Iraque. O autor se vale, com sensibilidade, de sua experiência de onze anos como correspondente baseado em Nova York para revelar o universo dos imigrantes e, ao mesmo tempo, recriar de forma contundente um Brasil visto a distância.

8) Tia Júlia e o Escrevinhador, de Mario Vargas Llosa e O Aleph, de Jorge Luis Borges

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Mais duas tentativas de incluir um pouco mais de diversidade e de clássicos da literatura no meu menu literário.

Eu já conheço o trabalho do Mario Vargas Llosa e, além de “Tia Júlia e o Escrevinhador”, tenho aqui em casa ainda sem ler o “A Festa do Bode”, que me indicaram várias vezes.

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“O Aleph” é uma coletânea de contos de Jorge Luis Borges. Esse é meu primeiro contato com o autor e eu achei uma boa forma de começar a conhecer o trabalho dele. Até já comecei a ler e estou achando bem interessante, ao mesmo tempo em que acredito que preciso de um pouco mais de repertório para entendê-lo melhor.

Como os dois são clássicos, você não vai ler resenhas deles por aqui (na verdade, não vou nem colocar a sinopse deles). Mas, pode ser que eles apareçam em uma lista ou algo do tipo. Fique de olho!

9) O Livro Delas, Nove Romances

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Mais escritores brasileiros, yay! “O Livro Delas” reúne 9 histórias diferentes, cada uma escrita por autoras contemporâneas que eu amo muito como Fernanda França, Leila Rego, Fernanda Belém e Tammy Luciano.

Além das meninas, cuja trajetória eu acompanho faz um tempão, participam também Bianca Carvalho, Carolina Estrella, Chris Melo, Graciela Mayrink e Lu Piras. O material foi organizado pela jornalista Renata Frade.

Os contos são super diferentes e estão em gêneros distintos. A edição tá bem bonita e a única coisa que eu não curti muito foi o texto de orelha, escrito pelo Maurício Gomyde (que eu adoro). Um livro tão girlpower não precisa ter a validação ou o comentário de um homem. Nem mesmo na orelha.

Nove talentos da literatura nacional, que conquistaram os corações e mentes de leitores, em um livro de contos inesquecível. Organizado por Renata Frade, responsável pelo projeto LitGirlsBr, que visa a aproximar escritoras e leitoras e fomentar o debate sobre literatura nacional, “O livro delas” reúne histórias de Bianca Carvalho, Carolina Estrella, Chris Melo, Fernanda Belém, Fernanda França, Graciela Mayrink, Leila Rego, Lu Piras e Tammy Luciano, e apresenta o que há de mais representativo no estilo de cada escritora. Do sobrenatural ao chick-lit, passando por romance, aventura, drama e denúncia social, a coletânea agrada desde os leitores jovens adultos aos mais velhos. Em comum, o talento das nove autoras para contar belas histórias. O texto de orelha é assinado pelo escritor Maurício Gomyde.

10) The Brief Wondrous Life of Oscar Wao, Junot Díaz

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Esse livro foi super comentado no ano em que foi lançado e, além disso, ganhou o Prêmio Pulitzer. Junot nasceu na República Dominicana e estou bem interessada em conhecer melhor seu trabalho. 

Ando lendo muitos thrillers em inglês e acho que preciso pular um pouco para uma leitura mais desafiadora, de um autor contemporâneo. Minha tentativa é fugir um pouco da leitura dos clássicos em inglês e tentar conhecer mais a nova geração de escritores gringos.

Oscar is a sweet but disastrously overweight ghetto nerd, a New jersey romantic who dreams of becoming the Dominican J.R.R Tolkien, and, most of all, finding love. But Oscar may never get what he wants. Blame the fukú – a curse that has haunted Oscar´s family for generations, following them on their epic journey from the Dominican Republic to the United States and back again.

E… é isso. O que acharam da seleção? Alguém recomenda um livro que seja similar aos da lista? O único problema é que só vou poder comprá-lo depois que cumprir minha resolução! haha

Beeijos, A Garota do Casaco Roxo

 

Livros para gostar de química

Mal digitei o título e já consigo sentir o número de visualizações no meu blog diminuindo. Acredito que a maioria dos meus leitores, assim como eu, não curtam muito química, matemática ou física. Para ser sincera, eu também não sou muito chegada não. Mas por que, oh-toda-poderosa-Amanda, você está escrevendo um texto sobre “livros para gostar de química”?

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Porque, apesar de não saber como balancear equações direito e de ter um passado traumático com ligações covalentes, eu gosto muito de entender como as coisas funcionam. É muito mais fácil amar e respeitar a maravilha que é meu corpo sabendo a dificuldade que é manter meu tico-e-teco funcionando direitinho. É incrível descobrir que a ilha de Nova York só se chama Nova ~York~ porque foi negociada pelos Holandeses e Ingleses, em troca de uma ilha no pacífico que produzia noz moscada. E é bem legal saber como os venenos eram descobertos pela perícia criminal nos anos 20.

A lista que eu elaborei aborda a química de uma maneira diferente. Ela não vai falar sobre a melhor forma de usar a estequiometria ou te ensinar o que são móleculas aromáticas. Essa lista mostra livros que tem como objetivo ajudar as pessoas a visualizar melhor o impacto e a importância da química na vida e na história do mundo. Confesso que, depois de ler, eu até senti vontade de refazer algumas listas de exercício. Depois eu caí em mim e aí voltei para minha realidade.

1. A Colher que Desaparece, de Sam Kean

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“A Colher que Desaparece” é um livro para quem, como eu, nunca entendeu muito bem a organização da tabela periódica. Ele orienta o leitor sobre a formação da tabela periódica e de como a IUPAC (Associação Internacional da Química, algo do tipo) decidiu organizar ela do jeito que a conhecemos hoje.

O livro conta o processo de descoberta, quem descobriu e até os bastidores das relações pessoais dos cientistas que descobriram elementos químicos no século passado. Através de anedotas, a gente acaba descobrindo histórias engraçadas dos cientistas que faliram tentando obter alguns miligramas de tálio ou de cientistas que nomearam os elementos químicos que descobriram com seus próprios nomes ou com os nomes das universidades em que estudaram.

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Alguns trechos tem fatos demais e eu fiquei um pouco perdida, confesso. Em outros, parecia um pouco livro didático demais, sabe? E em outros trechos faltou um pouco de clareza (frases longas demais, gente, longas demais). Mas, como eu estava lendo só por diversão, isso não foi exatamente um problema.

Talvez, daqui a dois anos eu já não me lembre mais nada sobre os detalhes dos elementos químicos que foram apresentados nesse livro, mas a visão que eu tinha anteriormente da tabela periódica sendo algo chato, irritante e desinteressante, foi embora para sempre.

2. Os Botões de Napoleão, de Penny Le Couteur

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Provavelmente, “Os Botões de Napoleão” é meu livro favorito dessa lista toda. Por que? Porque ele une química e ~história~.

O livro começa dizendo que a culpa pela derrota de Napoleão naquela incursão à Rússia que ele fez em 1812 seria toda dos casacos dos soldados. Por que? Os botões desses casacos eram feitos de latão e o latão, quando exposto a temperaturas muito baixas começa a esfarelar, esfarelar, até não ficar mais firme. Isso fazia com que os casacos permanecessem abertos e os soldados tivessem que 1. Segurar os casacos para não morrer de frio e 2. Manter suas mãos em um lugar que não fosse suas armas, ficando com a guarda abaixada.

É nessa linha de pensamento que o livro vai pegando 17 moléculas como o sal, a pílula anticoncepcional, o chocolate, a noz moscada, os explosivos, a borracha e vai traçando e explicando porque eles funcionam da forma como funcionam e que impacto que eles tiveram da nossa história.

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O capítulo da borracha foi meu favorito da história toda. Bem didático, ele explicou o processo de vulcanização, descoberto por Charles Goodyear (sim, dos pneus), para depois vir ao Brasil e explicar sobre como o Amazonas ficou muito rico com a exploração da borracha, como e porquê compramos o Acre e até como o declínio da exploração do látex – a matéria prima da borracha- aconteceu.

Qualquer um que queira entender como os elementos químicos influenciaram o curso da história vai adorar esse livro. Eu queria muito que, ao invés de abordar só 17, a autora tivesse falando sobre umas 50 moléculas. Eu ficaria bem entretida na leitura.

3. The Poisoner´s Handbook, de Deborah Blum

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Eu também gostei muito desse porque ele envolve química, história, ciências forenses e investigações criminais. O único defeito é que eu li ele em inglês e acabei perdendo algumas coisinhas aqui e lá por causa da barreira da língua.

Nele, a gente acompanha a cidade de Nova York nos anos 20, na chamada “Era do Jazz”, quando as taxas de crime eram muito altas e as técnicas de investigação ainda eram na base de “dá uma perguntada por aí”. A história acompanha o médico legista Charles Norris e o toxicologista Alexander Getler, em suas tentativas de utilizar técnicas científicas da química para resolver crimes. Eles são uma espécie de “pais” de programas de TV como CSI e inspiraram – com certeza- o personagem Gil Grissom.

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O livro é de não-ficção e muito bem escrito. Você acaba se envolvendo na história e nem percebe que está lendo fatos e não vendo um filme noir bem interessante. As descrições da Nova York do começo do século passado, que nada lembra a Nova York de hoje, são incríveis e acho que qualquer pessoa que goste da cidade vai ter uma visão melhor da evolução da metrópole se ler esse livro – mesmo que ele fale majoritariamente de química.

Nós acompanhamos Norris e Getler em sua investigação de uma família que ficou careca repentinamente, de trabalhadores de fábrica que tinham ossos tão fracos que o mero ato de andar causava quebras e um restaurante que servia tortas envenenadas. O livro também conta as dificuldades do trabalho dos dois e como eles tinham que lutar contra orçamentos apertados e a falta de profissionais qualificados.

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Dividido em capítulos, o livro utiliza Norris e Getler e crimes reais – resolvidos ou não resolvidos- para explicar como funcionam o clorofórmio, o arsênico, o Mércurio, o monóxido de carbono, o rádio (que era usado como um remédio antigamente) e outros compostos.

O livro também tem trechos doidos sobre como a “Era da Proibição” (onde o presidente dos EUA decretou que era proibido vender e produzir bebidas alcoólicas) causou uma série de cegueiras e mortes por envenenamento de pessoas que queriam produzir ilegalmente seu estoque secreto de mé e que acabaram realizando procedimentos de forma incorreta. Sério, foi algo bem estúpido e, na época, as pessoas bebiam qualquer coisa só para ficar alegrinhas.

A única coisa chata é que ele não está disponível em português.

Tenho um amigo que diz que a gente nunca deve dormir sem aprender duas ou três coisas mais e acho que essa é uma filosofia importante. Eu espero que esses livros te ajudem a aprender duas ou três coisas extras sobre química, história, ciências forenses, astronomia, física e até culinária.

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Beeijos, A Garota do Casaco Roxo

Remembrance – Meg Cabot

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Nome: Remembrance
Autora: Meg Cabot
Páginas: 388
Editora: Harper Collins
Idioma: Inglês intermediário

“Remembrance” foi lançado pouco tempo depois que terminei de ler “Proposal” (você pode ler a resenha da prequel aqui) e, por isso, eu estava muito animada para ler o livro e voltar de vez ao mundo de “A Mediadora”.

No geral, eu gostei da leitura, mas foi tudo muito “fuén”. Eu tinha grandes expectativas, assim como tinha com o follow up de “O Diário da Princesa”, Royal Wedding. Só que dessa vez, elas não foram cumpridas.

Em “Remembrance”, Suze está quase se formando em uma Community College de sua cidade (eu esperava muito mais dela nesse ponto, mas é um pouco de preconceito da minha parte), ela faz estágio na Mission High School, onde fez o ensino médio e mora em um dormitório com outras garotas (o que é bem contraditório porque community colleges são “faculdades para a comunidade”, é bem diferente de universidades grandes, que precisam de dormitórios porque recebem alunos de todos os lugares). Ela está noiva de Jesse (olha o save the date ai embaixo, gente! Matador, no?) e mal vê o ex-fantasma porque ele está terminando sua residência para completar a faculdade de medicina. Mesmo depois de tanto tempo juntos, eles ainda não fizeram amor e isso está deixando Suze um bocado frustrada, já que Jesse quer esperar o casamento, como um fantasma de 150 anos de idade faria.

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Para deixar a situação ainda mais complicada, Paul Slater, aquele capeta que quase separou Suze e Jesse nos livros anteriores, está de volta. Mais arrogante e rico do que nunca, Paul está fazendo Suze ficar balanceada com a ideia de casar com Jesse – para o meu desespero.

Desta vez, a Mediadora tem que ajudar uma garota que estuda na Missão e que está sendo permanentemente assombrada pelo fantasma de uma criança, que quer proteger menina de tudo. Em uma das cenas mais dramáticas do livro, Suze quase se afoga na piscina por causa do fantasma, mas é salva por *suspiro* Jesse.

Os pais de Suze venderam a casa em que eles moravam e que Jesse costumava assombrar. Paul Slater é o novo dono e está ameaçando demolir o lugar. Baseando-se em uma antiga lenda de mediadores, ele acredita que demolir a casa pode liberar algum tipo de lado ruim, até demoníaco de Jesse e, por isso, Paul começa a chantagear Suze.

Ufa! Parece que contei história demais, né? Se esses parágrafos foram só uma breve ideia dos principais acontecimentos do livro, que podem convencer você a lê-lo, imagina o resto da história? E é aqui que eu acho que a Meg pecou um pouquinho: tem história demais,

Quer dizer, é a Mediadora e eu a adoro, mas me senti muito atordoada durante a leitura. Cada página era um splash de acontecimentos. Umas das colegas de Suze é cleptomaníaca e recebemos sugestões de que algo vai envolver ela de vez na narrativa, porém “Nada Acontece Feijoada”. Além disso, temos o retorno dos meio-irmãos de Suze, um deles é gay e outro abriu uma loja para vender maconha medicinal e está ganhando muito dinheiro com isso. Quem serão? Você vai ter que ler para descobrir. Ceecee e os outros amigos de Suze até aparecem na narrativa, mas de maneira ofuscada por todos os acontecimentos. O Padre Dominic também foi ofuscado, mas com ele até foi compreensível. A cidade de Carmel continua aparecendo como um personagem forte da narrativa e eu quero muito visitar esse lugar, apesar de já terem me dito que é um lugar de “velhinhos ricos”. Oh, well, talvez eu encontre um marido por lá.

Tudo isso fez com que a história fosse um pouco decepcionante para mim. Reduzindo os acontecimentos do livro pela metade ou até transformando ele em dois livros diferentes (se bem que, pela forma como ele terminou, acho que posso dizer “hm… Sinto cheiro de série vindo por aí!”) teria sido melhor.

Não percebi muito amadurecimento em Suze, como percebi na Mia e Jesse vai continuar fazendo você suspirar!

A leitura vale a pena para os mais saudosos, mas algumas coisas precisam ser relevadas. Lembro de ter lido uma entrevista com a Meg, em que ela declarava que muita coisa teve que ser reescrita e deixada de lado em “Remembrance”, se não o livro teria 53663727 páginas – o que eu teria preferido.

Em relação aos “Retornos de Meg Cabot”, tenho que dizer que gostei mais de Royal Wedding, mas eu sempre gostei mais da Mia (estou lendo “Terre D’Ombre”, a versão em francês do primeiro livro e acho que deveria ter comprado o primeiro livro do Diário da Princesa mesmo…). De qualquer forma, recomendo para todo mundo que leria até a lista de compras de Meg Cabot.

O inglês está num nível bom para iniciantes, mas lembre-se que este é um livro longo. Para aqueles que “escolheram esperar”, como Jesse, “Remembrance” será publicado no Brasil em julho, pela Galera Record, com o título “Lembranças”.

A capa brazuca é infinitamente melhor que a dos EUA, mas eu não sei se posso publicar ela aqui! 😦

                                                                                         Beeijos, A Garota do Casaco Roxo

Twentie´s Girl – Sophie Kinsella

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Nome: Twentie´s Girl

Autora: Sophie Kinsella

Editora: The Dial Press

Páginas: 435

Idioma: Inglês intermediário/avançado (“Twenties Girl” foi publicado aqui no Brasil com o título “Menina de Vinte”)

Sempre ouvi falarem bem da Sophie Kinsella, mas por algum motivo desconhecido sempre tive birra dela. Cheguei a ler alguns livros da série “Becky Bloom”, mas sempre me irritava com a personagem principal e acho que parei de ler a série no terceiro livro. Um dia desses, mergulhada no tédio das tardes de domingo, decidi dar uma nova chance para a autora e, olha, que bom que eu fiz isso!

O livro é bem engraçado e começa de forma inusitada, no funeral da tia-avó que a personagem principal, Lara Lington, desconhecia a existência. Em respeito à tia Sadie, todos os membros da família estão presentes: Lara e seus pais honestos e modestos e os tios e primos do outro lado da família, que enriqueceram através de franquias de lojas de cafés. Tudo vai bem e a cerimônia parece bem cansativa até que Lara começa a ouvir os lamentos de uma jovem, vestida em roupas dos anos 20 e reclamando que não consegue “encontrar seu colar”. Lara é a única pessoa que consegue ver a jovem, que, na verdade, é a versão mais nova e em espírito de tia Sadie.

Até que Lara não encontre o colar de Sadie, ela não vai poder descansar em paz e nem vai deixar com que a garota viva sua vida. Dando conselhos sobre dança, amor, rapazes, trabalho e moda, a tia Sadie muda completamente a vida de Lara, enquanto elas lutam para encontrar um colar de pedras e de libélula que tia Sadie ganhou dos pais ainda nos anos 20 e que ficou sob sua guarda por mais de 75 anos. 

Uma precisa da outra já que Lara não está muito bem: ela terminou com seu namorado, largou o emprego para começar uma empresa de caça talentos com sua amiga, que foi embora deixando ela de calças curtas, sem falar na sua auto-estima, que anda bem baixa. Nada vai bem para a sobrinha… Tanto que Lara faz com que tia Sadie espione a vida do seu ex-namorado e Sadie faz tudo para ajudá-la, até mesmo gritar no ouvido das pessoas para que elas pensem que os gritos de Sadie são sua consciência falando e tomem as atitudes que a tia quer.

Um dos momentos mais engraçados do livro acontece quando Sadie convence Lara a convidar um cara que ela achou bonito para jantar. Então Sadie veste Lara com roupas dos anos 20 e convence o cara a ir dançar o twist com ela. É como se o encontro fosse de Sadie, mas com ela representada por Lara. Os tios e o outro lado da família também estão envolvidos na narrativa de forma surpreendente, o livro é cheio de reviravoltas, do jeito que eu gosto!

As duas vão criando uma amizade e redescobrindo aquilo que elas têm em comum como família. Lara também descobre muito sobre o passado da tia, que vai te deixar de queixo caído. Tudo isso porque ela pensava que a tia tinha uma vida pacata em um asilo de velhinhos. Que nada!

Algumas cenas são muito engraçadas e o livro vai te prender de um jeito que você vai se apaixonar por todos os personagens e vai ficar bem triste (triste de um jeito bom, gente! Você vai rir tanto que quando chorar no final, nem vai perceber!) quando tudo terminar.

Recomendo para todo mundo que goste de um romance leve e doce e que não foque tanto em relacionamentos amorosos, mas na família, como um todo. Se prepare para rir, para viajar no tempo e dançar o twist, e para chorar um pouquinho. O livro tem um nível de inglês um pouco mais avançado, já que é escrito em inglês britânico, mas acredito que o pessoal ainda no nível intermediário não terá grandes problemas.

                                                                                                    Beeijos, A Garota do Casaco Roxo

Girl With a Pearl Earring – Tracy Chevalier

girl_with_a_pearl_earringNome: Girl With a Pearl Earring

Autora:Tracy Chevalier

Editora: Plume/Penguin

Idioma: Inglês (Se você não lê em inglês, ‘’Moça com Brinco de Pérola’’ foi lançado aqui no Brasil pela editora Bertrand Brasil. Infelizmente, na maioria dos sites ele não está disponível.).

Páginas: 233

Preço: R$ 42, 30

Holanda, 1665.  A família de Griet enfrenta sérias dificuldades financeiras desde que o pai, que trabalhava como pintor de azulejos, perde a visão em um acidente de trabalho. Para ajudar no sustento de sua mãe, sua irmã e de seu irmão, que estuda o mesmo oficio do pai em uma fábrica longe de casa, Griet começa a trabalhar como empregada doméstica na casa dos Vermeer.

Lavando a roupa de quase 10 pessoas e tendo que conviver com o olhar esnobe de sua patroa, Catharina, Griet se sente cada vez mais cansada e aborrecida. Maria Thins, mãe da dona da casa – e a pessoa que verdadeiramente cuida do lar, já que Catharina não gosta muito de fazer as tarefas domésticas e está grávida de seu 9º filho-, é a única que a compreende e, quando percebe o cuidado com a limpeza da menina, lhe dá a tarefa de limpar o estúdio do célebre pintor Johannes Vermeer, sabendo que ela terá que deixar tudo exatamente no mesmo lugar.

Vermeer, por sua vez, começa a se interessar cada vez mais pela menina e começa a instruí-la para tornar-se sua ajudante, deixando Catharina muito, muito irritada. Até que um dia, depois de uma promessa a um mercador de artes, Vermeer começa a pintar Griet e a imortalizá-la como um dos quadros com olhar mais marcante já visto.

‘’The baker’s daughter stands in a bright corner by a window’’, I began patiently. ‘’She is facing us, but is looking out the window down to her right. She is wearing a yellow and black fitted bodice of silk and velvet, a dark blue skirt, and a white cap that hangs down in two points below her chin.’’

‘’As you wear yours?’’ My father asked. He had never asked this before. Though I had described the cap the same way each time.

‘’Yes, like mine. When you look at the cap long enough,’’ I added hurriedly, ‘’you see that he has not really painted it white, but blue, and violet, and yellow.

‘’But it’s a white cap, you said.’’

‘’Yes, that’s what is so strange. It’s painted many colors, but when you look at it, you think it’s white’’

p. 104’’

‘’Girl With a Pearl Earring’’ foi uma leitura diferente e, de certa forma, enigmática. Apesar de estar em inglês, li ele em praticamente dois dias e me senti envolvida pela atmosfera fria, mas calorosa ao mesmo tempo da narrativa. As descrições são realmente incríveis e você até estranha olhar pela janela e não ver os canais holandeses e as ruas de paralelepípedo.

Percebemos durante a leitura que Griet é um personagem com muita profundidade, ela não é só aquela que aceita tudo o que os seus chefes mandam e, até mesmo, as cantadas do filho do açougueiro, ela tem suas crenças pessoais e ultrapassa a maioria ao simplesmente aceitar ajudar Vermeer. As coisas ficam ainda mais confusas quando ela aceita posar para o pintor. Ele a fascina, a interessa e faz com que ela se sinta especial – e esse sentimento, pelo que parece, já que vemos tudo pelo ponto de vista dela, é recíproco-. Mas ela sabe que se ficar junto com ele, estará arruinada para sempre.

É impossível não querer um final feliz, ou que Griet não faça nenhuma besteira. É impossível gostar da Catharina e quanto mais sabe-se sobre ela (Griet é uma empregada discreta então só descobrimos a resposta para alguns comportamentos durante a narrativa) mais a desprezamos e Maria Thins é outro personagem enigmático, daqueles que você odeia as atitudes, mas acaba compreendendo o porquê delas.

Quanto ao nível de inglês, recomendo o intermediário. Ele é fácil de acompanhar (tanto que eu o li rapidamente, um recorde), mas ao mesmo tempo possui passagens e expressões que podem tornar a leitura chata para quem ainda não tem certa fluência.

‘’Girl With a Pearl Earring’’ virou filme em 2003 com Scarlet Johanssen e Colin Firth. Eu, infelizmente, ainda não tive a oportunidade de vê-lo, mas espero que tenham mantido certa fidelidade a história. O final e como tudo se desenrolou só tornam o livro ainda mais especial. Se estiver procurando por um conto de fadas cheio de borboletas e flores, este não é um livro para você.

Acho que por misturar a realidade e a ficção e por ter uma narrativa diferente das que eu normalmente leio (Ele me lembrou ‘’Chocolat’’, de certa forma), ‘’Girl With a Pearl Earring’’ entra na minha lista de leituras favoritas do ano. Recomendo.

Trailer do filme:

Beeijos, A Garota do Casaco Roxo