Autor: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Páginas: 378
Preço: R$ 25, 40
Jennifer Stirling é uma madame londrina dos anos 60. Esposa de um industrial bem sucedido, dono de uma empresa de mineração que trabalha com asbesto (amianto), sua vida é perfeita e ela tem tudo o que todas as mulheres de sua época gostariam ter.
Pelo menos é isso que ela acha, já que acordou em um hospital sem nenhuma memória de sua vida e precisa se prender ao que os outros a informam para ter uma noção de sua realidade.
Quando ela tem alta do hospital e segue para sua residência vê que a vida perfeita que todos a descreveram é real e seus amigos e marido a tratam com carinho e atenção. Mesmo assim, Jennifer sente que algo não está certo e que falta lhe algo.
Revirando sua casa em busca de um objeto que a faça lembrar- se de seu passado ela encontra uma série de cartas de amor endereçadas a ela e assinadas apenas com um ‘’B.’’ e que mostram que a madame de vida perfeita tinha um caso extraconjugal e que estava disposta a largar tudo por esse amor impossível.
4 décadas depois somos apresentados a Ellie Haworth, uma jornalista que tem um caso com um autor de best–sellers, casado e com dois filhos (que me lembrou demais o Dan Brown, apesar dele não ter filhos), por causa de seu affair, Ellie não tem conseguido se concentrar em seu trabalho e nada do que escreve parece bom.
Por isso, decidida a impressionar sua editora-chefe, Ellie inicia sua busca por uma matéria bombástica. Pensando, inicialmente, em fazer comparações entre os sentimentos da década de 60 com os sentimentos dos dias atuais, ela segue até o depósito de sua empresa e lá se depara com duas cartas de amor que, 40 anos depois, ainda conseguem deixá-la de pernas bambas.
São cartas que falam de um amor profundo, enlouquecedor e, principalmente, proibido. Decidida a encontrar os responsáveis por elas, Ellie inicia uma busca seguindo as únicas pistas que tem: ‘’B.’’ e ‘’Jenny’’, mesmo sem saber que a procura dos donos de um romance que ela, assim como todas nós gostaria de ter, pode levá-la à solução de todos seus problemas amorosos.
‘’Talvez isso lhe pareça fantasioso. Talvez você estivesse pensando no teatro, ou na crise econômica, ou em comprar cortinas novas. Mas de repente me dei conta, no meio daquela pequena cena de loucura, que ter alguém que nos entenda, que nos deseje, que nos veja como uma versão melhorada de nós mesmos é o presente mais incrível. Mesmo que não estejamos juntos, saber que, para você, eu sou esse homem é uma fonte de vida para mim.
p. 313’’
‘’A Última Carta de Amor’’ é o tipo de livro que você lê prendendo a respiração e torcendo pelos personagens. Daquelas historias que na última frase já sente um gosto de ‘’quero mais’’. É impossível não se envolver, se apaixonar, se emocionar, torcer, e suspirar pelo amor de ‘’B.’’ e Jenny e por tudo o que ele significou para os dois.
Com reviravoltas alucinantes que só a vida real pode nos oferecer; nunca um livro me deixou tão triste por algo não ter dado certo ao mesmo tempo em que ficava feliz por esse mesmo acontecimento ter dado errado.
Acredito que qualquer pessoa que goste de histórias de amor, sejam elas maduras ou juvenis, possíveis ou impossíveis, ideais ou bagunçadas, de quebrar ou de consertar corações, de perdas ou de encontros; vai amar ‘’A Última Carta de Amor’’.
É o tipo de historia que você acaba de ler com um sorriso no rosto por ter aproveitado – a vicariamente.
Beijoos, A Garota do Casaco Roxo