Stiff: The Curious Lives of Human Bodies – Mary Roach

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Nome: Stiff: The Curious Life of Human Bodies

Autora: Mary Roach

Editora: W.M Norton & Company

Páginas: 303

Idioma: inglês intermediário

Quando eu era mais nova e queria ser perita criminal, já nutria uma certa fascinação por toda essa coisa de investigação criminal e ciências forenses e tal. Com o tempo fui percebendo que tinha 0% de aptidão para exercer uma profissão como essa, mas a curiosidade e a fascinação continuaram.

Li “Stiff: The Curious Life of Human Bodies” em inglês mesmo e apesar de vários termos técnicos, não encontrei muita dificuldade na leitura. Recentemente, ele foi publicado no Brasil pela Companhia das Letras com o título “Curiosidade Mórbida”. Este é um livro de não-ficção, que aprofunda um pouco certos detalhes que vemos em CSI e naqueles livros de investigação de sempre.

Com doses de bom humor, Mary Roach investiga o que acontece com o nosso corpinho logo depois que morremos. Ela investiga e nos explica detalhadamente o processo de decomposição do corpo humano, entrevistando médicos legistas, biólogos, diretores de casas de funeral e coveiros. Também mostra os usos alternativos de corpos humanos, como, por exemplo, corpos que são doados à ciência e utilizados como bonecos de testes de veículos (sabe aqueles vídeos que abordam a importância do uso do cinto de segurança e mostram os bonequinhos de teste voando longe? É nesse estilo, só que com corpos de verdade) e também corpos doados a ciência, mas à faculdades de medicina que usam os corpos para ensinar os alunos certos procedimentos. Roach também visita uma fazenda de corpos no Tennessee, criada por um médico legista e patologista que expõe vários corpos a diferentes tipo de materiais (concreto, terra, ar, carros…), de forma a ver como eles se decompõem nesses ambientes e determinar certos detalhes com mais precisão para que eles possam fazer análises científicas mais precisas nas perícias. Além de abordar várias sutilezas que eu não tinha a ideia de que poderiam existir.

Mary Roach participa da narrativa ativamente, em um certo jornalismo literário e as tiradas dela são hilárias. O tema deste livro pode até ser esquisito e causar certos olhares desconfiados, mas é com certeza uma leitura divertida e interessante, que vai enriquecer e talvez até alterar a forma como encaramos a vida após a morte (e ele não é nojentinho demais. Quer dizer, ela descreve muito bem, mas nada que te deixe com vontade de vomitar ou, hey, de morrer).

Excelente leitura para quem quer tentar algo diferente da ficção de sempre e alguém que seja um curioso por natureza.

Beijoos, A Garota do Casaco Roxo