6 livros para ler em um dia

livros pequenos

Se você é como eu, provavelmente estabeleceu uma meta de leitura ambiciosa no Goodreads. Escolhi ler 60 livros esse ano e amo que a plataforma te mostra o quanto da sua meta já foi cumprida (35%), mas detesto que também mostre se você está atrasada nas leituras – o que significa que você pode não cumprir seu objetivo, se continuar nesse ritmo.

No momento, estou lendo 2 livros diferentes e estou para trás em um título. Jessica Woodbury, do Book Riot, fala exatamente sobre essa nossa obsessão com o Goodreads e as metas de leituras. Basicamente, ela escreve: “Como uma pessoa que realmente não pratica esportes, mas que lê como se minha vida dependesse disso, talvez minha obsessão seja melhor explicada através de metáforas esportivas. O Reading Challenge é meus Jogos Olímpicos. Não ter livros atrasados significa que estou no ritmo certo, estar atrasada significa que minha medalha pode estar fora do meu alcance, é ganhar ou morrer; fazer ou quebrar; é hora de ir com tudo.”

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Eu não estou realmente em uma ressaca literária, mas estou lendo livros que requerem mais minha atenção e que realmente não quero correr para terminar, só para voltar ao ritmo imposto pelo Goodreads. É em momentos como esse que eu recorro aos meus “one-night stands”, hehehe. Eu vou atrás de livros que podem ser lidos em um só dia, além de dar mais caldinho para minha meta de leitura.

Por isso, elaborei uma lista com livros fininhos com menos de 200 páginas e que podem ser lidos rapidamente.

1) O Carteiro e o Poeta, de  Antônio Skármeta – 127 páginas

carteiro e poeta livroDe todos os livros dessa lista, “O Carteiro e o Poeta” é o único que eu já resenhei aqui no blog. Poético e simples, o livro tem um final um pouco denso e segue sendo uma das leituras que mais me marcou na vida.

Sou uma leitora relativamente rápida, isso e o fato de conhecer o enredo por ter visto o filme homônimo de Michael Radford, “Il Postino”, fez com que eu lesse ele bem rápido mesmo. O vocabulário do livro é um pouco avançado – mesmo em português, não são palavras que usamos habitualmente- pode ser que algumas pessoas demorem um pouco mais para terminá-lo.

  1. O Compadre de Ogum, de Jorge Amado – 103 páginas

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Quem sou eu para falar de Jorge Amado, não é mesmo? Mas, decidi incluir “O Compadre de Ogum” nessa lista porque foi uma das melhores, quiçá, minha melhor leitura de 2016.

Escrito em 1964, o livro conta a história de Massu, que é muito popular e amado por todos. Certo dia, a prostituta Benedita aparece muito doente na porta da casa de Massu, com um bebê no colo, o filho do casal.

Com quase 1 aninho de idade, o bebê gorducho e sorridente é entregue à vó de Massu, Veveva e, para o escandâlo da velhinha, a criança ainda não foi batizada na Igreja Católica.

Massu é muito querido por todos seus amigos e, por causa disso, todos querem ser o padrinho do moleque. E é então que o drama começa: Massu não consegue escolher uma única pessoa para ser seu compadre.

“A primeira reação de Massu foi de vaidade satisfeita, todos desejando a honra de chamá-lo de compadre, como se ele fosse político ou comerciante da Cidade Baixa. Por seu gosto convidaria a todos, o menino teria inúmeros padrinhos, os sete presentes e muitos outros, os amigos todos, os do cais, os dos saveiros, os dos mercados, das feiras, das Sete Portas e de Água dos Meninos, das casas de santo e das rodas de capoeira.”

p. 21

Da forma mais brasileira possível, Massu recebe uma visita de Ogum, seu pai de cabeça, que anuncia que ele, o orixá “em pessoa”, será o padrinho da criança.

Para saber como eles vão resolver essa confusão, que mistura religiões e crenças de uma forma deliciosa, só lendo o livro mesmo. Os personagens são todos maravilhosos e realistas, os detalhes muito especiais da organização do batizado do menino também são apresentados e você vai se pegar rindo alto. Super amaria se fizessem um seriado ou uma novela baseados nesse livro (filme eu sei que tem e dá para ver aqui, online)

Envolvente, engraçado e com cheiro de sol e de mar, esse livro tem a pura picardia do malandro. Toda vez que eu penso nele, acabo com um sorriso no rosto, ao lembrar das aventuras misturadas e das vidas contadas, sem preconceitos ou julgamentos.

  1. O Sal da Vida, de Françoise Héritier – 100 páginas

O Sal da Vida

“O Sal da Vida” não deve ser observado como um livro de romance, embora conte uma história. Basicamente, Françoise Héritier lista uma série de experiências, sensações, sentimentos, gostos e desejos, uns seguidos dos outros, de forma a ilustrar aquilo que dá graça à vida, aquilo que nos faz sermos humanos.

“[…] olhar, de cima, um gato que nem desconfia que está sendo observado, rir disfarçadamente, esperar o entardecer, regar as plantas e conversar com elas, apreciar o toque de um couro macio ou de um pêssego ou de um cabelo sedoso, estudar detalhadamente o plano e fundo da Mona Lisa ou as rendas de Van Dyck, ter um sobressalto de prazer ao som de uma voz, partir para uma aventura, ficar na penumbra sem fazer nada, provar com relutância gafanhotos grelhados, desfrutar o prazer das conversas sem fim com velhos amigos […]

p.21

É lindo e super diferente daquilo que estou acostumada a ler. Embora ele possa ser lido rapidamente, é um bom livro para quem está em busca de uma experiência de leitura diferente dos romances padrãozinhos.

Ele também propõe que nós mesmos observemos aquilo que é o sal da nossa vida, ao deixar as últimas páginas livres para serem preenchidas. Confesso que, logo após terminar a leitura, vi a vida com um pouco mais de cor.

  1. Talvez uma história de amor, de Martin Page – 157 páginas

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“Talvez uma História de Amor” é um dos poucos livros que eu não faço ideia de onde veio e de como foi parar na minha estante. Faz sentido se você considerar que o principal tópico do livro é uma possível amnésia.

Virgile é um publicitário de relativo sucesso e bastante anti-social. Seu relacionamentos nunca dão certo e ele sempre acaba levando um pé na bunda das namoradas. Mas, um dia, ele recebe uma ligação, que caí em sua secretária eletrônica. Uma mulher chamada Clara dá o veredito “está tudo acabado entre nós!”. Nada de novo aí. Mas… O problema é que Virgile não se lembra de ter namorado nenhuma mulher com esse nome.

Intrigado, ele tenta descobrir quem é essa Clara e, principalmente, tenta re (ou não, né?) conquistar o coração dela.

Esse livro se passa em Paris e a cidade chega a ser uma protagonista secundária, aparecendo no livro mais até do que Clara. O humor é bem daqueles secos e sarcásticos dos franceses, eu gosto, mas entendo que as doses de auto-depreciação do Virgile possam irritar um pouquinho.

“Ao chegar à estação de Montparnasse, com dezoito anos de idade, Virgile decidira que Paris seria o objeto do seu amor, pois era preciso, de alguma forma, dirigir seu amor para alguma coisa. Paris nunca o abandonaria. Paris estava ali sempre que precisava. Paris não exigia sair de férias para alguma ilha paradisíaca, com praias nojentas cheias de óleo e cremes e sol. Paris não estava nem aí se ele ficava sem lavar a louça uma semana, se não fazia barba ou se se vestia mal. Paris o amava.”

p. 67

O que mais me chocou, até agora, foi descobrir que “Talvez uma História de Amor” vai virar filme aqui no Brasil!!!!! Não é uma loucura? Será essa a comédia romântica que eu tanto ando querendo ver? O filme é estrelado por Matheus Solano (!), Thaila Ayala e Dani Calabresa (!!) e dirigido por Rodrigo Bernardo. A previsão de estréia é 07.dez.2017, segundo o Amo Cinema.

  1. O Menino do Pijama Listrado, de John Boyne – 186 páginas

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Todo mundo conhece bem a história de “O Menino do Pijama Listrado”, que foi adaptado para os cinemas em 2008, pelo diretor Mark Herman. Filme esse que, depois do soco no estômago que foi o livro, nunca consegui criar coragem para ler.

Se você não viveu debaixo de uma pedra nos últimos anos, sabe que o livro conta um pouco da história do Holocausto e dos horrores do Nazismo, do ponto de vista de uma criança, protegida por sua inocência.

Sempre que alguém precisava de alguma coisa, Pavel trazia o que quer que fosse imediatamente, mas quanto mais Bruno o observava, mais certo ficava de que uma catástrofe estava prestes a acontecer. Ele parecia menor a cada semana que passava, se é que isso era possível, e a cor que deveria estar corando suas faces havia se esgotado quase por completo. Os olhos pareciam pesados de lágrimas, e Bruno pensou que uma piscada mais demorada poderia desencadear uma verdadeira torrente delas.”

p. 126

Bruno, filho do comandante de um dos campos de concentração nazista, se torna amigo de Shmuel, uma das crianças judias presas no campo. Através da cerca elétrica que protege os limites do campo de concentração, os dois conversam e a história parte dessa premissa.

Curtinho e simples, na realidade, é um livro infanto-juvenil. Dá para ler “O Menino do Pijama Listrado” em uma sentada só. Ainda mais se você quiser saber o final desesperadamente.

O que poucas pessoas sabem é que John Boyne, o autor, escreveu a história inteirinha em dois dias e meio, sem quase dormir. Ele conta tudo em uma entrevista nesse site,[…] eu só continuei escrevendo até chegar no final. A história veio até mim, eu não sei de onde ela saiu. Enquanto eu escrevia, eu só pensava ´continue e não pense muito nisso´. Com meus outros livros, eu tive que planejar todos eles. Eu penso por meses antes de escrever qualquer coisa. Mas, com esse, na terça-feira a noite eu tive a idéia. Na quarta de manhã eu comecei a escrever e, na sexta-feira, na hora do almoço, eu já tinha o primeiro rascunho.”

Para ser justa, na mesma entrevista Boyne diz que depois desse primeiro rascunho, ele reescreveu o livro umas outras 8 vezes, até chegar no livro final.  A entrevista é ótima, também, para quem quer ser um escritor e precisa de um encorajamento. Se Boyne penou no começo de sua carreira e tinha que ter um emprego para poder se sustentar, imagina nós, pobres aspirantes?

 

  1. O Outro, de Bernhard Schlink – 95 páginas

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Confesso que só comprei esse livro, porque na capa diz que ele deu origem a um filme estrelado por Liam Neeson e Antônio Banderas. Como eu gosto de ambos os atores, decidi dar uma chance.

Basicamente, ele conta a história de Bengt, que perdeu a esposa para um câncer. Depois de uma vida inteira de casados e de se aposentar, Bengt não tem muito o que fazer e se concentra nas tarefas de casa para o tempo passar mais rápido (que tédio, né, gente?).

Certo dia, Bengt recebe uma carta de um remetente desconhecido, mas que foi endereçada à sua esposa. Com a mulher morta e longe de poder ler o conteúdo da carta, Bengt a abre e o que encontra o deixa de cabelos em pé. De um tal de Rolf, a carta revela um antigo affair de sua companheira.

Decidido a descobrir todas as mentiras que sua esposa manteve, ele começa a trocar correspondências como o “Outro”, como se fosse a falecida.

Sinceramente, eu esperava mais desse livro. Imaginando Liam Neeson no papel de Bengt e Antonio Banderas no papel de Rolf, eu esperava que rolasse alguma luta corporal ou até uns assassinatos básicos. Mas, os grandes acontecimentos deste livro acontecem quase todos no âmbito psicológico. As 95 páginas podem ser lidas em menos de um dia com facilidade. O trailer do filme pode ser visto aqui:

Gostou e quer mais dicas de livros para “ler em uma sentada”? A Larissa Siriani tem um vídeo no canal dela só falando sobre isso!

Beeijos, A Garota do Casaco Roxo

A História do Brasil nas Ruas de Paris – Maurício Torres Assunção

Daniel Pereira

Nome: A História do Brasil nas Ruas de Paris

Autor: Maurício Torres Assunção

Editora: Casa da Palavra

Páginas: 479

Se você me desse uma passagem aérea para qualquer lugar do mundo, eu provavelmente escolheria Paris. Não sei o que acontece comigo e com essa cidade, mas sou totalmente apaixonada por ela desde novinha. Já li guias de viagem, assisti documentários e tenho uma prateleira inteira da minha estante dedicada a livros que se passam na Cidade Luz. Quando vi uma nota sobre esse livro no facebook do Consulado da França, sabia que precisava dele.

O título já explica um pouco sobre o que iremos encontrar no conteúdo. Maurício Torres Assunção escolhe brasileiros que marcaram época, seja por suas inovações como Santos Dumont, seja por seu cargo, como D. Pedro II, e traça um retrato de suas vidas enquanto eles moravam em Paris.

O livro é fascinante, porque te ajuda a montar um retrato de um determinado momento da história do Brasil (por mais que eu ame história, ainda preciso aprender um bocado sobre a família imperial) ao mesmo tempo em que te guia pela vida desses personagens na Cidade-Luz.

O autor faz uso de técnicas do jornalismo literário e realmente te transporta para a cidade e para o passado. Dá para imaginar D. Pedro II sendo ovacionado nas ruas, dá para ver Santos Dumont andando de balão pela Champs Elysée, consigo imaginar os brasileiros da época sendo influenciados por Auguste Comte (Ordem e Progresso, mermão!), escuto claramente as bachianas brasileiras enquanto estou sentada em uma braserie e consigo ouvir uma conversa entre Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, sobre o recente desabamento de uma ciclovia no Rio de Janeiro, enquanto ambos comem um lanche na beira do Sena.

Mesmos sendo um livro de não-ficção, li muito rápido (eu adoro não-ficção, mas normalmente não os leio com tanta rapidez) e me encantei tanto, que se tivéssemos mais personagens e mais vidas retratadas no livro, eu ia querer mais e mais e mais, até não sobrar nenhum brasileiro em Paris. Gostaria de ter um negativo desse livro. Quem sabe um “A História da França nas Ruas de São Paulo”? Será que dá samba?

Parte de mim ficou um bocado frustrada durante a leitura, devo admitir. Sempre quis visitar a cidade e já tenho uma lista de coisas para fazer quando estiver lá (adicionei mais um tanto de locais depois da leitura do livro e cheguei à conclusão de que, se eu quiser ver tudo, vou ter que morar lá), então ver um retrato pintado tão ricamente e sentir que ainda estou longe de poder ver e experimentar tudo isso ao vivo me deixou um pouco chateada (pelo menos eu posso fingir que estou esperando ficar fluente no francês para poder ir até lá, non?).

O mapa da capa continua dentro do livro e é tão lindo, mas tão lindo que se eu pudesse ter a imagem, eu provavelmente montaria um quadro com ela.

Recomendo para todo mundo com aquele sentimento de wanderlust, mas que sabe para onde quer ir, sem ficar vagando. Amantes de arte, literatura, arquitetura, turismo e viagem, música e até os imperialistas e monarquistas vão adorar este retrato fiel à nossa história. Deu até uma pontinha de orgulho de ser brasileira!

                                                                                   Beeijos, A Garota do Casaco Roxo

10 Livros que Deveriam Virar Filme

Ok. Sei que está achando que estou louca por montar uma lista nesse estilo, já que todos sabem que é uma verdade universalmente verdadeira que nenhum livro pode ser adaptado para o cinema e permanecer bom.

Mas, para sustentar a minha teoria de que é sim interessante transformar narrativas literárias em roteiros cinematográficos, lanço dois filmes infanto-juvenis, que podem ser considerados ‘’decentes’’ e só.

‘’Percy Jackson e o Ladrão de Raios’’ e ‘’O Diário da Princesa’’ 1 e 2, foram vistos pela Garota do Casaco Roxo que vos escreve antes que ela pudesse ter acesso aos livros que deram origem aos filmes.

E preciso dizer que gostei MUITO de ambos. Com ‘’O Diário da Princesa’’ minha empolgação foi tanta, que eu afirmo que foi esse filme que me jogou de cabeça nos livros (tanto nos da Santa – Tia Meg Cabot, quanto em todos. Todos mesmo. Até naqueles que eu ainda não li).

‘’Percy Jackson e o Ladrão de Raios’’ me ajudou a perceber outros livros além do que eu estava acostumada a ler e, provavelmente, sem ele, eu não teria descoberto a narrativa gostosa do Rick Ryordan.

Por isso, defendo que livros bons devem sim ser transformados em filme, não como obras que se sustentam sozinhas, mas como um complemento a literatura e uma forma de ajudar a divulgá-la.

10. Livro de Joaquim/ Livro de LeahLaura Malin

Tempo_perdido_O_livro_de_Leah_BAIXAJá escrevi sobre eles aqui no blog, fazem parte da lista dos meus romances favoritos. A história de dois imortais que passam anos a procura um do outro, em lugares históricos e vivendo a maioria dos eventos que marcaram a humanidade é fascinante e de deixar qualquer um de queixo caído. A narrativa da Laura também é muito visual e dá para imaginar direitinho cada cena no lugar que acontece. Acho que seria um pouco difícil mostrar todos os acontecimentos pelos quais Joaquim e Leah passaram, mas só de imaginar, já dá para suspirar.

Capa - Antidoto_alta09. A Pílula do Amor/ AntídotoDrica Pinotti

Seguindo a onda dos últimos chick-lits que saem das paginas e vão para a telinha, ‘’A Pílula do Amor’’ junto com sua continuação ‘’Antídoto’’ daria uma bela comédia romântica, daquelas para ver numa tarde de inverno comendo pipoca e chocolate quente. Com a hipocondríaca Amanda de personagem principal e tendo Nova Iorque como cenário, não tem como não desejar um filme desse livro.

08. A Garota Americana/ Quase Pronta – Meg Cabot

A Garota AmericanaSamantha Madison tem 16 anos e uma vida comum. Até que ela salva o presidente dos EUA de ser assassinado e se torna uma heroína da nação. Não é preciso dizer que sua vida vira de ponta cabeça. Mas as coisas complicam mesmo quando o garoto que faz seu coração acelerar não é exatamente quem ela pensava. Só com a sinopse já dá para imaginar esse livro virando filme, além de ser um dos YAs mais cute-cute que eu já li, ia parar um pouco com essa onde de distopias que invadem a sala dos cinemas.

07. Anna e o Beijo Frances – Stephanie Perkins

Esse aqui tem, basicamente, a mesma motivação acima. Um YA fofo e sem zumbis/vampiros/monstros/mundospararelos/governosparalelos/afins. Ana e o Beijo FrancesConta a historia de Anna, uma menina que é mandada para a França para passar um ano estudando lá. Ela vai ter que se adaptar as novidades e tentar conquistar o seu primeiro beijo francês e o garoto dos seus sonhos. Uh lá lá. Só o fato de ser ambientado na França já daria a esse livro um motivo para ser transformado em filme, mas os diálogos bem construídos e os personagens cativantes o transformariam em um sucesso de bilheteria.

06. Procura-se Um MaridoCarina Rissi

procurase um maridoAlice é uma daquelas patricinhas que conseguem tudo com um simples estalar de dedos. Tem uma rotina de festas e baladas que deixam Lindsay Lohan, Amanda Bynes e Paris Hilton no chinelo. Isso até que seu avô morre e a deixa sozinha no mundo. Em seu testamento, o velhinho diz que para conseguir sua herança de volta, Alice tem que se casar. A história, muuuito resumida (mas dá para ver a resenha clicando no titulo do livro), é basicamente essa. Outra comédia romântica daquelas que te fazem rir e te deixam suspirando por horas depois de ler. O filme seria totalmente hilário.

05. Três Céus – Enderson Rafael

tresceus‘’Três Céus’’ conta a rotina de três pessoas envolvidas no mundo da aviação. Um é comandante e outros dois são pilotos. Suas vidas, que no inicio não parecem relacionadas se cruzam num desfecho emocionante, que chega até a tirar o fôlego. ‘’Três Céus’’ ficaria muito legal no cinema, ia ser um daqueles filmes de ação que você prende a respiração ate o final e depois se lembra da historia sempre que entrar em um avião.

04. Postais do Coração Ella Griffin

capa_postais do coracao.inddA rotina de um escritório de publicidade, um homem lutando para escrever seu livro, uma mulher e dois filhos trocados por esse livro, um passado não resolvido, vários romances, algumas desilusões… Acho que ‘’Postais do Coração’’ tem tanta historia em um só livro, que daria direitinho para virar série. Só não tenho certeza de que iriam conseguir manter os pontos de vista diferentes de cada personagem.

03. Antes que eu Vá – Lauren Oliver.

Before-I-FallSamantha Kingston é uma das garotas mais populares da escola. Todo mundo a ama e ela mal pode esperar para ir ao baile da escola. Até que ela morre. O destino, na tentativa de fazer Samantha perceber no que errou e tudo o que fez de errado em sua vida, faz com que ela refaça, durante 7 dias, seu ultimo dia de vida. Não sei se no cinema conseguiriam dar a aura de mistério e suspense que o livro tem, acho até que ficaria um pouco repetitivo, com cenas voltando e acontecendo de novo e de novo. Mas acho que se fossem fiéis ao livro, iria ser lindo.

Atualizado em 28/04/2017: Podem me chamar de Aman-Diná, se quiserem, mas “Antes que eu Vá” realmente virou um filme!!!! Pelo trailer, já dá para ver que a aura e o suspense do livro foram bem capturados! Mal posso esperar para ver a versão completa dele!

A obra é estrelada pela Zoey Dutch, que foi a protagonista do fime “Academia de Vampiros: O Beijo das Sombras”, também baseado em um Young Adult queridinho do público! O filme estréia no Brasil no dia 18.mai.2017, mas já passou pelos cinemas dos EUA!

Aqui vai o trailer: 

02. Nove Minutos com Blanda – Fenanda França

9-minutos-com-blandaEu adoro histórias de romance para relaxar e talvez seja por isso que minha lista esteja cheia deles. No caso de Blanda, sua sogra e sua mãe começam a planejar seu casamento com seu namorado, que não quer nada com nada, muito menos casar. Enquanto isso, ela segue a procura da sua carreira ideal, já que Direito não é o que quer fazer para sobreviver. Mas as coisas ficam ainda piores quando Blanda não consegue parar de pensar em um cara que ela sequer sabe o nome. As cenas são tão hilárias e tão reais, que não tem como não chorar de rir enquanto lemos. Ia ser uma daquelas comédias românticas que são mais comédia que romance.

1.   Um Amor de Detetive – Sarah Mason

um amor de detetiveOutro chick-lit fofo, só que esse tem um pouco de ação no meio. Holly Colshannon é uma jornalista que tem a função de seguir cada passo do detetive chato James Sabine. Juntos, eles investigam uma serie de roubos a casas e acabam se envolvendo cada vez mais. ‘’Um Amor de Detetive’’foi um dos primeiros chick-lits que eu li, por isso acho estranho que ele ainda não tenha ido parar no cinema, mas deveria. Tem tudo para ser outro filme de fim de tarde, daqueles que você assiste suspirando e dá umas boas gargalhadas junto.

Essa lista teria muito mais itens se dependesse de mim, talvez eu faça uma parte dois qualquer dia. E para vocês, que livros deveriam ser transformados em filme?

Beijoos, A Garota do Casaco Roxo

9 Livros que vão fazer você querer viajar

Viajar é uma delícia. Conhecer culturas, pessoas e comidas novas te dá uma nova visão do mundo e, muitas vezes, você nem tem que sair do país para isso. Que atire a primeira pedra quem não gosta de conhecer um lugar novo!

Só que nem sempre é po$$ível se dar ao luxo de fazer isso. Por isso, selecionei alguns livros que vão te transportar para lugares novos sem precisar gastar dinheiro! (quer dizer, só o dinheiro do livro, né?). Histórias em que a cidade é personagem e não cenário!

Ana e o Beijo Frances1)   Anna e o Beijo Francês – Stephanie Perkins

Já falei várias vezes desse livro aqui, é um dos meus queridinhos e se passa na Cidade Luz, Paris! As descrições da autora são tão perfeitas (olha que ela, assim como nós, só conheceu a cidade depois que o livro já estava escrito e publicado) que você sente que está andando pela cidade enquanto come um baguette! Anna e o Beijo Frances é quase uma experiência sinestésica, juro que quase senti os cheiros da cidade!

2)   Inside Girl – A Coisa Mais Doce – J. Minter

Infelizmente, da série Inside Girl eu só li o segundo. É um livro fofinho e doce, ótimo para passar o tempo. O enredo se desenrola em Nova York e as descrições também são bem feitas, para ser sincera, acho que o real motivo de eu ter gostado da história foi justamente o fato de ela ter a cidade como personagem e não como cenário!

3)Desculpa Se Te Chamo de Amor – Frederico Moccia

Ah, Itália! Desculpa se te chamo de amor é um dos meus favoritos do ano. Além de uma história de amor maravilhosa e doce, se passa em Roma. As descrições da cidade são muito bem escritas e com vários nomes de ruas e termos em italiano, se tiver tempo disponível acho válido jogar os nomes no Google só para poder visualizar melhor os lugares do romance de Alex e Nikki. Enriquece bastante a leitura.

*Tentei colocar a capa dele aqui, mas ela sempre estragava a diagramação do post – que já não era das melhores. Deixei sem!

4)   Todo dias na Toscana – Frances Meyes

Como o nome já diz, esse é outro livro que se passa na Itália. Frances Meyes escreveu também ‘’Sob o Sol da Toscana’’ que já virou filme e que eu estou doida para ler! É um romance de não ficção que conta a rotina de sua família em Bramasole, sua casa em Cortona, na Itália. Com receitas da região e cenas típicas (ma che?!), voce se sente lá também! O problema é que, diversas vezes, assim que eu acabava de ler as receitas ficava morrendo de fome!

5)   Qualquer livro da trilogia (que já vai ganhar outro livro) de Robert Langdom – Dan Brown

Os livros do Dan Brown devem ser lidos na seguinte ordem: Anjos e Demonios, O Código da Vinci, O Símbolo Perdido e Inferno – que ainda não foi lançado nem no exterior. Todo mundo le O Codigo da Vinci primeiro por causa do filme, mas tem fatos que acontecem no livro que são um flashback do que aconteceu em AD, por isso, acho melhor ler primeiro. Os dois primeiros acontecem na Europa, nas igrejas e catedrais históricas, já o terceiro se passa em Washington D.C, capital dos EUA e tem descrições muito boas (reli O Símbolo Perdido depois que voltei de lá e revivi tudo, foi sádico!), recomendo também as edições ilustradas já que, algumas vezes, senti dificuldade em visualizar os detalhes dos quadros que Dan Brown citava. Sobre Inferno, não sei muita coisa e não tem previsão de lançamento aqui no Brasil, provavelmente só poderemos ler ele no começo do ano que vem!

6)   Sorte ou Azar – Meg Cabot

Outra que se passa em Nova Iorque. O estranho é que muita gente não é lá muito fa desse livro dela, mas eu gosto! É outro livro doce e fofo e como a personagem sai do campo e vai para a cidade, as descrições também são muito boas, vale a pena ler!

7)   Malas, Memórias e Marshmallows – Fernanda França

Quem gosta do lado B dos EUA, aquele que é pouco conhecido, mas que é a melhor parte do país inteiro, vai adorar o livro da Nanda. Cada capítulo se inicia com um pequeno parágrafo de introdução a cidade que vai se passar, te ajuda a se situar melhor na história! As descrições também são boas e o bom é que dá para ‘’viajar’’ para mais de um lugar com ele.

Outro que complicou na hora de diagramar! 😦

8)   Gabriela, Cravo e Canela – Jorge Amado

Quem me acompanha nas redes sociais sabe como me encantei com a mini – série no ano passado. Por causa do horário (tarde demais para uma vestibulanda) eu ia dormir e colocava o despertador para o horário da novela (eu ficava tão irritada quando os jogos de quarta feira tinham acréscimos!). Por causa disso eu decidi ler Gabriela e amei o livro! As descrições, as histórias e os cheiros são realmente bons, não sei se a novela me ajudou a visualizar o cenário, mas que eu gostei e fiquei morrendo de vontade de correr para uma praia (mesmo que fosse o Boqueirão) eu fiquei!

9)   Série A Mediadora – Meg Cabot

Não, não é uma série que você esperava encontrar nessa lista, eu sei! Mas a história que se passa em Carmel, na Califórnia é tão bem escrita que eu quase podia sentir a brisa do mar enquanto lia. Nessa aqui Meg realmente se superou!

Depois de uma lista dessas, não dá vontade de parcelar uma passagem de avião a perder de vista? Mas agora eu quero saber, para vocês, qual livro faz querer viajar e te transportam para outros lugares?

Beijoos, A Garota do Casaco Roxo

Antídoto – Drica Pinotti

Capa - Antidoto_altaNome: Antídoto

Autora: Drica Pinotti

Editora: Prumo

Páginas: 160

Preço:  R$ 22, 40

Amanda Loeb é uma hipocondríaca em recuperação. Depois de encontrar um amor que aguente suas crises e seus surtos ela se sente feliz e amedrontada e está fazendo o máximo que pode para se manter longe dos hospitais (o que não significa que ela não pode confundir uma simples espinha com um câncer em potencial).

‘’A maioria das pessoas dá dicas de viagem ou de uma nova forma de dieta em suas páginas, coisas que presumem ajudar os outros ou render comentários divertidos. Eu dou receitas de como tirar pedras do rim com um método caseiro e com o mínimo de dor.

p.11’’

As coisas iam bem até que seu namorado, Brian, decide abrir uma filial de seu restaurante, o Le Antique, em Paris e tem que ir para lá quase todo o final de semana para supervisionar as obras (e trocar beijos franceses com a arquiteta Anabelle, pelo menos, é isso o que a Amanda acha).

‘’Tenho certeza do amor do Brian por mim. Aliás, o amor que ele sente por mim é o tipo mais generoso. Aquele tipo de amor que aceita o outro exatamente como ele é. Pacote completo, com todos os defeitos, todas as chatices, as estranhezas e, no meu caso, a hipocondria. Eu também o amo tanto! Amo até perder o fôlego. Amo até flutuar.

p. 131’’

Como desgraça pouca é bobagem, ela descobre que seu chefe será substituído e sua mãe irá se casar com seu médico.

Se o mundo dela já estava de ponta cabeça, ele dá uma verdadeira cambalhota quando uma novidade inesperada cai de paraquedas na vida da Amanda. Agora ela terá que reunir coragem para enfrentar seus problemas e ser plenamente feliz.

‘’Nunca entendi isso, mas confesso que sou especialista em enxotar a minha felicidade sempre que ela bate em minha porta! Quando é que vou aprender que ser feliz é bom e não há nada de errado nisso?

p. 141’’

 ‘’Antídoto’’ é o típico chick – lit. Tem uma personagem cativante, um mocinho que vai fazer você se apaixonar e suspirar (quem é que não lembra do colar ‘’AB’’?) e uma história que te envolve de um jeito, que você só consegue largar depois que acaba de ler.

‘’Minhas mãos estão sempre geladas porque  eu tenho  a síndrome de  Raynaud! Faz todo sentido, não faz? Pois para mim faz, e isso basta.

p. 26’’

O livro foi escrito para fazer você rir e tem cenas hilárias demais. Apesar disso, em algumas crises, me peguei preocupada com a minha xará (para vocês verem como foi fácil me colocar no lugar da personagem! E olha que não foi por causa do nome!). Por mais que seja engraçado vê – la  ficando maluca com alguma possível doença, ao mesmo tempo fiquei com medo por ela.

‘’Eu admito que tenho uma certa tendência para o excesso ao avaliar situações. É aquele tal pessimismo hipocondríaco que não me deixa fazer avaliações razoáveis. Ainda bem que não sou analista de risco de nenhuma corretora de seguros, pois com certeza, minha carreira não iria muito longe ou todas as pessoas seriam consideradas, por mim, homens-bomba em potencial.

p. 15’’

 Acho que ‘’Antídoto’’ conseguiu mostrar para mim que a hipocondria é uma doença séria e que deve ser tratada. Se com a terapia e as sessões do ‘’Hipocondríacos Anônimos’’ a Amanda ainda ficava meio louquinha, imagina sem isso? Ou pior, imagina quem tem isso, mas não sabe o que é? (embora eu duvide que um hipocondríaco possa ter uma doença e não saber o qual é ou o que é).

‘’O que poderia acontecer de ruim? Eu estava prestes a fazer um teste de gravidez e me perguntando o que poderia acontecer de ruim? Eu só posso ter caído do berço e batido a cabeça gravemente quando era criança. Só pode ser isso. E a descabeçada da minha mãe nunca me contou para não me dar a certeza de que algum dia terei mesmo um aneurisma. Ai minha Santa Channel do Pretinho Básico, não me desampara! Eu nunca vi uma mulher grávida se vestir com estilo. Protege-me dessa vez, que eu prometo nunca mais usar aquele pijama vermelho e preto horroroso. Amém!

p. 104’’

Foi uma delícia ler ‘’Antídoto’’e apesar de estarmos em março ainda, já é, com certeza, um dos meus livros favoritos do ano! Recomendo ele para todo mundo que quer ler um romance apaixonante, fofo, cativante e, principalmente, hilário. Aquelas (e aqueles também, por que não?) que estão superando algum problema vão com certeza se identificar (e, quem sabe se inspirar?) com a minha xará e vão torcer para que ela alcance sua felicidade.

Apesar de ser uma continuação, ‘’Antídoto’’ pode ser facilmente lido por aqueles que ainda não leram o primeiro livro, o ‘’A Pílula do Amor’’. É claro que a história fica muito mais legal quando você lê os dois na ordem certa! 😉

Beijoos, A Garota do Casaco Roxo