3 livros que li recentemente

Estou voltando ao meu ritmo normal de leitura de pouco em pouco. Setembro foi um mês tão corrido e atribulado que, mesmo se quisesse, eu provavelmente não teria conseguido ler muito. Por causa disso, preciso confessar: estou sem ideias para posts novos no blog.

Tem alguma dica ou sugestão? Tem alguma coisa que você gostaria de ver por aqui? Me deixa um comentário, quem sabe isso não ajuda a minha deusa interna da inspiração! haha

Alguns dos (poucos) livros que li esse ano não foram resenhados aqui no blog. Para que eles não passem em branco, optei por escrever um post com mini resenhas deles. Vamos ler?

leituras recentes

  • Killers of the flower moon: The Osage murders and the birth of the FBI, de David Grann

Cover of Killers of the Flower Moon the Osage Murders and the Birth of the FBI

Eu peguei “Killers of the flower moon” para ler porque achei que seria parecido com “O Demônio na Cidade Branca”, de Erik Larson. Os dois traçam um momento histórico, para então abordar assassinatos que aconteceram durante aquela época.

No livro de David Grann acompanhamos o boom do petróleo nos EUA, que tornou uma tribo indígena, os “Osage”, extremamente ricos. O governo federal impedia que o petróleo fosse explorado nas terras dos indígenas sem o pagamento de royalties e isso trouxe muito dinheiro ao estado de Oklahoma e aos índios.

Apesar da riqueza, os Osage ainda eram extremamente discriminados e sofriam constantes limitações. Naquela época, alguns deles tinham que pedir autorização a um “tutor branco” toda vez que mexiam no dinheiro obtido pelos royalties.  

Mesmo com as aparentes divisões entre os Osage e os brancos, tudo vai bem. Até que uma série de ataques contra os índios começam a acontecer. Explosões, tiros, bombas e mortes “acidentais” começam a afetar a tribo e o governo não sabe mais o que fazer para conseguir prender o culpado – até que Edgar J. Hoover entra em cena com o embrião do que viria a ser o FBI – Federal Bureau of Investigation.

Hoover e seus agentes começam uma investigação à moda antiga e o resultado é um livro extremamente curioso.

David Grann faz um excelente trabalho em trazer à vida esse período da história dos Estados Unidos que é tão pouco explorado pelos livros e filmes. O livro é dividido em duas partes e a primeira aborda a tribo indígena e a vida em Oklahoma naquela época. A segunda fala mais sobre a investigação dos assassinatos e o surgimento do FBI.

Surpreendentemente, gostei mais da parte que traça a história dos índios do que a parte da investigação em si. Como estive em Tulsa, quando fui Jovem Embaixadora, foi fascinante ler sobre a história de um lugar que eu conheci.

No geral, o livro é bem interessante e é mais um dos ótimos livros de não-ficção que li esse ano.

  • Casino Royale, de Ian Fleming

capa do livro casino royale de ian fleming

“Casino Royale”, publicado em 1953, é a primeira aventura de James Bond. No livro, somos apresentado ao mais reconhecido espião do mundo, criado por Ian Fleming (há uma série documental disponível no Netflix, que conta um pouco da vida desse escritor). Ao todo, Fleming escreveu 14 livros com esse personagem e “Casino Royale” é o inicial.

Bond é enviado ao sul da França com o objetivo de jogar cartas contra Le Chiffre, o tesoureiro de um sindicato controlado pelo serviço de contra-espionagem da Rússia (SMERSH). A responsabilidade de Bond é jogar baccarat contra Le Chiffre e apostar até levá-lo à falência.

Ligeiramente mais vulnerável que os James Bonds dos filmes, o Bond do livro ainda é charmoso e poderoso com as mulheres, mas sofre bastante. Sofre tanto que eu fiquei achando que ele ia morrer durante um bom pedaço da história.

O livro foi uma experiência interessante demais, até para ver como é que eles escreviam livros de ação back in the day. Ainda assim, sigo firme vendo os filmes.

  • Jane Eyre, de Charlotte Bronte

capa de jane eyre de charlotte bronte

Ler “Jane Eyre” também foi uma experiência interessante. Foi o primeiro livro que li na vida, em que, sem nunca ter colocado meus dedos na história, eu sabia o enredo todo.

Eu sabia da história não porque vi o filme ou coisa do tipo, mas porque “Jane Eyre” é tão mencionado em alguns livros que li sobre escrita, que eu não tive escolha mesmo.

Mas, mesmo assim, essa foi uma experiência libertadora. Libertadora porque removeu toda aquela ansiedade em saber o que ia acontecer com os personagens. Como eu já sabia todo o enredo, eu pude só me concentrar na escrita e na construção de cenas da escritora.

Levei quase 3 meses para terminar o livro (eu li ele em inglês, então é perdoável, né?) e terminei a narrativa sentindo que Jane Eyre merecia mais. Eu também não desenvolvi nenhum crush pelo Mr. Rochester, pelo contrário, achei ele um abusado.

E você? Já leu algum desses livros? O que achou deles?

Beeijos, A Garota do Casaco Roxo

O Carteiro e o Poeta – Antonio Skarmeta

capa antiga do livro o carteiro e o poeta

Nome: O Carteiro e o Poeta

Autor: Antonio Skarmeta

Editora: Record

Páginas: 128

Preço: R$ 30, 00 (mas a BestBolso, um dos selos do Grupo Editorial Record, tem o mesmo livro por R$ 15, 00. Se você vai comprar este livro em um sebo, saiba que ele já foi chamado de ‘’Ardente Paciência’’ e de ‘’O Carteiro de Neruda’’.).

Contei aqui um tempo atrás sobre como tinha amado o filme ‘’ O Carteiro e o Poeta’’, me apaixonei pela linguagem doce e pela figura de Neruda, mesmo sem nunca ter lido muita coisa dele. Por isso, fui até a biblioteca decidida a ler poesia e entender melhor o filme, acabei saindo de lá com o livro que deu origem a toda história.

‘’O Carteiro e o Poeta’’ conta a história de Mario Jimenéz, um garoto de 17 anos que é forçado pelo pai, um pescador da Isla Negra, no Chile, a encontrar um emprego. Já que ele tinha uma bicicleta, o correio postal da cidade o contrata e o deixa responsável por entregar a correspondência ao morador mais celebre do lugar, o poeta Pablo Neruda.

E assim, Mario e Neruda começam uma amizade verdadeira com o poeta ensinando o carteiro a arte da poesia. Até que um dia, Mario se apaixona Beatriz, filha da viúva dona do bar da cidade, que não acha que um carteiro seja um bom pretendente. E assim,  poeta e o carteiro se unem para tentar conquistar a garota e fazer com que a mãe dela o aceite como pretendente.

Quando o casamento está arranjado, Neruda parte para Paris para se tornar embaixador e de lá, envia a Mario um gravador Sony, deixando o responsável por gravar os sons de Isla Negra e ajudar a aliviar as saudades.

– O que eu tenho para dizer é muito sério para falar sentada.
– Do que se trata, minha senhora?
– Já faz alguns meses que esse Mario Jiménez rodeia minha estalagem. Este senhor anda de gracinhas com minha filha de apenas dezessete anos.
– Que foi que disse a ela?
A viúva cuspiu entre os dentes:
– Metáforas.

P. 60″

É difícil não se apaixonar pela história, as descrições são feitas com metáforas, deixando o texto poético e construindo um cenário de tirar o fôlego. Chega a ser decepcionante levantar o rosto do livro e perceber que você não está sentada em uma pedra a beira mar ao lado de Neruda e Mario.

“O poeta engoliu a saliva.
– E aí?
– Pois é, dom Pablo, com as metáforas ele mantém minha filha mais quente que uma marmita!
– É inverno, Dona Rosa.
– A minha pobre Beatriz está se consumindo toda por esse carteiro. Um homem cujo único capital são os fungos entre os dedos dos pés cansados. Mas se os pés fervem de micróbios, sua boca tem o frescor de uma alface e se enreda como uma alga. E o mais grave, dom Pablo, é que as metáforas para seduzir minha menininha ele copiou descaradamente de seus livros.

P. 60

As diferenças entre o livro e o filme são gritantes, mesmo assim, alguns diálogos estão representados fielmente. O principal ponto foi que, no filme, removeram toda a parte política que torna o livro ainda mais encantador e, principalmente, real. Acho engraçado como sabemos pouquíssimas coisas sobre os países da América Latina, pelo menos em termos de história recente, e esse foi justamente um dos motivos de eu ter amado esse livro.

Ao pegar o relacionamento de Mario e Neruda, Antonio Skarmeta me deu uma verdadeira aula sobre a ditadura Chilena e, mesmo ignorando alguns acontecimentos importantíssimos para aquele país, me vi envolvida e mais e mais curiosa com o assunto (me deu até vontade de conhecer o Chile, coisa que eu nunca pensei em fazer. Até então). Foi mais como ouvir minha avó contando histórias do que ela passou, só que, no caso, na ditadura uruguaia.

“- Não senhor! Uma coisa é eu ter dado de presente a você um par de meus livros, e outra bem distinta é que eu tenha autorizado você a plagiá-los. Além do mais, você deu a ela o poema que eu escrevi para Matilde.
– A poesia não é de quem escreve, mas de quem usa!
– Alegra-me muito essa frase tão democrática, mas não levemos a democracia ao extremo de submeter a uma votação dentro da família para saber quem é o pai.

P. 65″

Recomendo o livro para todo mundo. Não consigo pensar em algum ponto negativo que faça com que alguém não goste do livro (a não ser que você não tenha sentimentos ou não entenda metáforas). Mesmo não conhecendo Neruda ou o Chile profundamente você vai se apaixonar, se emocionar (só não chorei no final porque estava em praça publica), sorrir, se deliciar e ficar refletindo ao final da leitura.

Para saber mais sobre a morte de Neruda, leia essa entrevista da *cofcofcof*Veja*cofcofcof* com o autor do livro.

Beijoos, A Garota do Casaco Roxo

 PS: Pesquisando um pouco sobre Antonio Skarmeta, descobri que um de seus livros não publicados deu origem ao filme ‘’No’’ que eu comentei aqui.

PPS – 17.ago.2017: Eu gostei tanto de “O Carteiro e o Poeta”, que eu peguei empretado na biblioteca, que acabei comprando uma edição só para mim. Naquela época, o livro estava fora das prensas e esgotado nas livrarias, então tive que recorrer ao Estante Virtual e a um Sebo daqui de São Paulo.

Talvez pela ocasião da estréia do novo filme do Selton Mello, “O Filme da Minha Vida”, que foi totalmente baseando em um outro livro do Antonio Skármeta, o “Um Pai de Cinema”, a Editora Record decidiu republicar “O Carteiro e o Poeta” com uma capa nova.

capa da nova edição de o carteiro e o poeta de antonio skármeta

O livro é em capa dura, se eu não me engano e a nova capa é linda! Eu sei que já tenho a minha edição, mas acho que (na verdade, tenho certeza) assim que puder, eu comprarei a nova edição.

Um Gato de Rua Chamado Bob – James Bowen

Um Gato de rua chamado Bob.inddNome: Um Gato de Rua Chamado Bob – A História da Amizade de um Homem e seu Gato

Autor: James Bowen

Editora: Novo Conceito

Páginas: 240

Preço: R$ 19, 90

Quem me segue no twitter viu que eu estava pedindo indicações de livros leves e divertidos. Tinha acabado de ler ‘’Rota 66’’ do Caco Barcellos para a faculdade e precisava de alguma coisa mais leve para me distrair.

Quando ‘’Um Gato de Rua Chamado Bob’’ chegou em casa, deixei de lado o livro que havia escolhido (There’s No Place Like Here da Cecelia Ahern, que logo aparece aqui no blog) e parti para a leitura.

‘’Londres sempre teve uma grande população de gatos de rua, os quais vagam por aí vivendo de restos de comida e do conforto de estranhos. Quinhentos ou seiscentos anos atrás, lugares como a Rua Gresham, no bairro financeiro, Clerkenwell Grenn e Alameda Drury costumavam ser conhecidos como ‘’ruas de gato’’ e eram tomados por eles. Aqueles vira-latas eram os destroços e os refugos da cidade, andando a esmo e lutando pela sobrevivência a cada dia. Muitos deles eram como aquele laranjinha: criaturas espancadas e quebradas.

Talvez ele tivesse visto em mim uma alma semelhante.

p.19’’

Em 240 páginas acompanhamos a historia de um viciado em recuperação, James Bowen, e sua luta pela sobrevivência e para ficar limpo. Com a ajuda do governo ele consegue um apartamento pequeno e começa a tocar nas ruas de Londres para conseguir dinheiro.

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Mais no inicio do livro percebemos que o autor escreve com um tom de revolta. Ele se sente invisível na sociedade e ignorado pelas pessoas que passam e que acreditam que ele seja só mais um pedinte. Se aqui no Brasil isso acontece muito, imagina na Inglaterra, um país onde as pessoas são conhecidas pela frieza?

‘’Os gatos são notoriamente exigentes a respeito de quem eles gostam. Se um gato não gosta do dono, ele sai e encontra outro. Gatos fazem isso o tempo todo. Eles vão embora e passam a viver com outra família. Ver-me com um gato suavizou-me aos olhos das pessoas. Ele me humanizou. Especialmente depois de eu ter sido tão desumanizado. De certa forma, ele estava devolvendo a minha identidade. Eu tinha sido uma não pessoa; e estava me tornando uma pessoa novamente.

p.84’’

A vida de James começa a mudar quando ele encontra um gatinho dentro de seu prédio. Ele decide adotá-lo e chamá-lo de Bob, o gato passa a ser um motivo extra para ele lutar contra o vicio, sobreviver e tentar ser feliz.

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Quando Bob decide seguir James até seu trabalho e ficar com ele nas ruas, a vida do ex-viciado começa a mudar. As pessoas começaram a parar para falar com ele sobre o gato e, até mesmo, para ouvir sua musica. Ele começou a ganhar mais dinheiro e a se apegar cada vez mais ao gato, que chegou a ficar famoso na internet.

Não é exagero quando James diz que Bob mudou sua vida.

‘’Era um imenso prazer ter tão boa companhia, tão grande companheiro. Mas, de alguma forma, senti como se houvesse recebido uma oportunidade para voltar aos trilhos.

p.83’’

Os dois se tornam imbatíveis e criam uma amizade profunda. É o desenrolar dessa relação e a recuperação de James que acompanhamos na historia de ‘’Um Gato de Rua Chamado Bob’’.

A história é encantadora, não tem como não criar simpatia pelo musico, seu gatinho e sua luta contra as drogas. Algumas vezes a narrativa se tornava um pouco pesada com as partes em que ele retratava o vicio, mas nada que durasse muito.

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É um livro de não-ficção e apesar de não ter muito estudo, James Bowen conseguiu levar a trama muito bem. Engana-se quem pensa que esse livro é mais um ‘’Marley e Eu’’, a narrativa me deixou assustada algumas vezes, mas nada que chegasse a ponto de me desesperar e fazer chorar copiosamente.  Para nossa alegria o livro não acaba com a morte de Bob, então se você é como eu (não muito fã de livros que fazem chorar) garanto que ‘’Um Gato de Rua Chamado Bob’’ vai te agradar.

Recomendo para todos aqueles que gostam de gatos e que sabem que bichinhos podem sim ser nossos melhores amigos.

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Dei uma pesquisada e o Daily Mail noticiou em Novembro do ano passado que as chances de ‘’Um Gato de Rua Chamado Bob’’ virarem filme são grandes. O livro foi produzido pela produtora britânica de ‘’Marley e Eu’’ e eles planejam também uma versão da historia para crianças e uma continuação.

Beijoos, A Garota do Casaco Roxo

P.S: Se você gostou de ‘’Um Gato de Rua Chamado Bob’’ e quer algo no mesmo estilo, sugiro que leiam ‘’Dewey – Um Gato entre Livros’’ que conta a historia de uma biblioteca cujo morador mais ilustre não era um livro raro, mas sim um gato. O livro é bem interessante e não tem como não se apaixonar por ele, só que diferente da historia de James Bowen esse aqui é triste, bem triste.

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A Culpa é das Estrelas – John Green

A Culpa é das Estrelas

 

Nome: A Culpa é das Estrelas

Autor: John Green

Editora: Intrínseca

Páginas: 288

Preço: R$ 23, 90

Você provavelmente já leu um zilhão de resenhas deste livro. Eu mesma já li e achei que este era mais um ‘’livro modinha’’ que daqui a um tempo iria virar filme e entrar no esquecimento.

Foi com esse pensamento que comecei a ler ‘’A Culpa é das Estrelas’’, achando que iria ser mais um livro na minha lista de lidos. Até tinha uma ideia de como seria o final (admito que é meio previsível e que foi impossível ficar longe de spoilers) e sabia que tinha algum ‘’O.k’’ no meio da história.

‘’Na boa, vou logo dizendo: ele era um gato. Se um cara que não é gato encara você sem parar, isso é, na melhor das hipóteses, esquisito, e na pior, algum tipo de assédio. Mas e é um cara gato… Na boa…

p. 16’’

Mesmo iniciando a leitura com uma certa desconfiança, John Green conseguiu fazer com que eu me apaixonasse e me surpreendesse.

‘’A Culpa é das Estrelas’’ conta a história de Hazel Grace, uma paciente terminal que tem a minha idade (!!!) e que recebe oxigênio constantemente através de uma cânula. Em uma das reuniões de um grupo de apoio para doentes ela conhece Augustus, um menino que já superou o câncer e que está lá acompanhando Isaac, seu melhor amigo que por causa de um câncer no cérebro está prestes a ficar cego.

‘’Sem dor, como poderíamos reconhecer o prazer? (Essa é uma discussão antiga no campo das Reflexões sobre o Sofrimento, e a ignorância e a ausência de sofisticação da frase poderiam ser analisadas por vários séculos, mas é suficiente dizer que a existência do brócolis não afeta de forma alguma o gosto do chocolate.)

p. 38’’

Até aí deu para perceber que Hazel, Gus e Isaac serão bons amigos. É a maneira como John Green conduz a história e leva ambos a superação de seus traumas e a concretização de seus sonhos que te encanta, fascina, emociona e faz você gastar todos seus post-its azuis (para combinar com a capa, claro) marcando os quotes.

‘’Se ela estivesse melhor ou o senhor mais doente, então as estrelas não estariam tão terrivelmente cruzadas, mas é da natureza das estrelas se cruzar, e nunca Shakespeare esteve tão equivocado como quando fez Cássio declarar: ‘’A culpa, meu caro Bruto, não é de nossas estrelas/ Mas de nós mesmos.’’ Fácil falar quando se é um nobre romano (ou Shakespeare!), mas não há qualquer escassez de culpa em meio ás nossas estrelas.

p. 106’’

Meu objetivo com essa resenha não é ‘’falar’’ que o livro é bom, isso você já deve ter percebido pelas resenhas positivas, pelas 5 estrelas no skoob e pelo tanto de menina dando chilique por causa do John Green. Meu objetivo é dizer para você, que está com medo de ler ‘’A Culpa é das Estrelas’’ pela popularidade e pelo tanto que falam bem dele que LEIA, VOCE NÃO VAI SE ARREPENDER.

‘’Mas esta não é uma história de câncer, porque livros assim são um horror.

p. 50’’

Tem algo nesse livro que eu nunca vi em nenhum outro. A leveza das palavras, a importância de gestos que parecem pequenos, o altruísmo e a emoção fazem você chorar que nem um bebe e ficar ‘POR QUEEEE?’’ por umas duas horas depois de acabar o livro.

Vale a pena cada segundo lendo e eu garanto que você não vai se arrepender nem dar de cara no muro. Faço as palavras de Hazel, as minhas palavras:

‘’Para ser sincera, eu leria até a sua lista de compras do supermercado.

p. 70’’

Então feche esta guia e corra para a livraria mais próxima!

Beijoos, A Garota do Casaco Roxo

PS: Eu li, reli, treli, reescrevi, li de novo, mandei para meus amigos lerem, escrevi mais um pouco e ainda assim, acho que essa resenha não chega nem aos pés dessa história, só quero QUE VOCES LEIAM ESSE LIVRO, O.K? ‘’O.K!’’

Para Sempre – Kim e Krickitt Carpenter

Quando eu não gosto de um livro, sento e fico pensando por um tempão qual foi o verdadeiro motivo de eu não ter gostado do livro, nem sempre consigo uma resposta, mas a que veio com esse livro foi satisfatória para mim.

Algumas pessoas dizem que não gostaram dele porque ‘’esperavam outra coisa’’ ou ‘’criaram expectativas demais’’, não foi o meu caso. Comecei a ler ‘’Para Sempre’’ na sexta feira de Carnaval (vida social pra que, né?!), não tinha nem ouvido falar nele e só fiquei com vontade de ler, depois que ouvi que minha amiga estava doida para ler porque tinha ouvido falar do filme, aí peguei e li, e não gostei!

O livro conta a história de amor de Kim e Krickitt (alias, eu sei que é um apelido, mas pelamor, né?! Eu engasgava toda hora que ia ler o nome, parecia que a leitura travava!), eles se conhecem e são um casal feliz até que BAM, sofrem um acidente de carro e Krickitt (engasgou?) perde toda a memória relativa ao seu marido. Agora, cabe a ele, fazer com que ela o ame de novo e reconstruir o relacionamento dele!

Não é como ‘’Marley & Eu’’ (para aqueles que não sabem ‘’Para Sempre’’ também foi baseado em uma historia real, por isso minha comparação) aonde você sente tudo o que o personagem esta sentindo! E, para mim, livro bom é aquele que o personagem esta lutando no meio da selva, fugindo de uma onça e você se sente realmente como se estivesse lá, chega a ficar ofegante, a suar! Mas esse aqui não me fez sentir nada alem de indiferença (e isso porque é uma historia REAL), o enredo foi desperdiçado e o autor não fez bom uso da PUTA história que tinha em mãos.

Quer dizer, Kim não parece um marido lutando para ter sua esposa de volta, sinto que ele só está lá porque é sua obrigação e não porque ele a ama incondicionalmente. Além disso, ele repete o fato de cuidar da esposa “ser sua obrigação” O LIVRO INTEIRO. Só consegui sentir indiferença pela situação do casal (sou um ser terrrrrrível!). Outra coisa que me incomodou foi o livro ter um capítulo inteiro só dedicado as entrevistas que o casal deu ‘’depois de tudo’’ ! AH, PELO AMOR DE DEUS, CE TÁ ME TIRANDO, NÉ?! EU LÁ QUERO SABER SE A OPRAH É LEGAL E QUE VOCE ANDOU DE LIMOSINE EM NYC?

A religião dos dois e a fé em Deus aparecem muitas vezes, o que me irritou outro bocado (sou religiosa, mas detesto gente que precisa falar disso o tempo todo todo o tempo). Mas eu leio Nicholas Sparks e até que estou acostumada, não iria reclamar por isso se não tivesse realmente me irritado! ‘’Oh, ela está no hospital, quase morrendo, mas aindaescreve no diário que ainda tem fé em Deus, blábláblá’’

Acho que escrever esse livro foi só uma forma encontrada pelo casal para ganharam algum dinheiro! Não gostei e não recomendo a leitura, não vai acrescentar nada na sua vida! Só não abandonei a leitura porque ele tem só 144 páginas e eu o li em 2 horas!

Mas ainda tenho fé no filme, parece mais promissor que o livro (em que for só pela vista de Channing Tatum) quem sabe? Para aqueles que ficaram curiosos, aqui vai trailer:

Beeijos, A Garota do Casaco Roxo