Destinado – Carina Rissi

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Nome: Destinado

Autora: Carina Rissi

Editora: Verus

Páginas: 462

Eu adoro a Carina Rissi. Tipo, mesmo. Eu leria a lista de compras dela e acho que parte desse carinho vem por acompanhar a trajetória dela desde que ela publicou “Perdida” em uma editora super pequena. Eu acabei entrevistando ela para o blog (uma das minhas primeiras entrevistas, gente!) e foi lá que eu descobri que Perdida teria sim uma continuação.

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Foi então que veio “Encontrada” e eu, apesar de ter aproveitado a leitura, confesso que achei a história toda meio desnecessária. “Perdida” era um livro redondinho e bem acabado, não havia a necessidade de se inventar novos enredos e novas coisas só para dar continuidade aos personagens, um conto já resolvia as coisas todas. Mas eu li e minhas opiniões completas podem ser encontradas aqui.

Foi então que eu ouvi um burburinho sobre “Destinado”  e fiquei um pouco decepcionada, até que… Eu li o livro e, aquilo que eu achei que iria acontecer em “Encontrada”, aconteceu em “Destinado” e eu amei demais! haha

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Em “Destinado”, Sofia e Ian estão de volta, bem como Marina, a filha dos dois (não é o spoiler, não faça com que eu me sinta culpada) e Elisa, a irmã de Ian. A história é contada pelo ponto de vista de Ian e essa mudança de perspectiva traz um pouco de ar fresco para a narrativa. Tudo vai bem na casa da família, até que um dia, um misterioso telefone celular aparece na casa dos Clarke.

O telefone vibra, emite luzes e é encontrado por Ian que, temendo que o aparelho telefônico tenha aparecido para levar sua esposa de volta pro futuro, o esconde. Mas, o objeto não é encontrado por Sofia e sim por Elisa, que é transportada diretamente para o século XXI.

Desesperada com o desaparecimento da querida cunhada, Sofia decide voltar ao futuro em busca de garota. Um telefone aparece para ela também e, quando ela aperta os botões e a luz aparece para levá-la ao nosso tempo, Ian a segura e ele também é transportado para o século XXI.

Aqui, os dois têm que se esforçar para encontrar Elisa o mais rápido possível e voltar para seu tempo e sua filhinha. Com a ajuda de Nina, a melhor amiga de Sofia, e Rafa, seu namorado (super quero um livro contando a história dos dois), Sofia e Ian vão ter que se adaptar à realidade de nosso século para conseguir, de novo, o felizes para sempre que tinham “perdido” por pouco.

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Nenhum motivo real para se ter esse gif por aqui, mas né? Um gif de Lizzie e Darcy não mata  ninguém… u.u

A história é legal e envolvente, a narração por Ian é muito interessante porque podemos visualizar nosso tempo através do olhar de uma pessoa do século passado, o que é super diferente. A única coisa que me desagrada um pouco é o quão super protetor ele é, entendo que o livro aborda um pouco da educação e do cavalheirismo, mas, no século XXI, talvez seria interessante se ele fosse um pouco menos tudo isso, sabe? A Sofia é um personagem super kick-ass e forte, ela se garantché!

Algumas cenas são hilárias e fofas e é uma gracinha de ver. A escrita da Carina é maravilhosa e eu fiquei verdadeiramente preocupada com Elisa, segurando a respiração durante toda a narrativa.

O sumiço de Elisa neste século é só um dos enredos do livro, que tem várias outras situações e confusões acontecendo ao mesmo tempo. Eu até que gostei disso (menos de uma certa parte em que memórias e lembranças começam a sumir…), porque senti que Carina soube explorar bem todas as possibilidades, dando um toque realista à história – já bem dizia minha mãe “desgraça pouca é bobagem!”.

Como disse na resenha de “Encontrada”, se você não é lá muito fã de “Perdida”, mas quer mais um pouco de Sofian, pule direto para “Destinado”, que você não vai se decepcionar.

Agora mal posso esperar para ler “Prometida”, que é a história da Elisa, olha que capa linda!

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Beeijos, A Garota do Casaco Roxo

 

Encontrada – Carina Rissi

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Nome: Encontrada
Autora: Carina Rissi
Editora: Verus

Páginas: 476

Logo no começo do blog,  quando eu ainda tinha tempo para elaborar textos e realmente me dedicar a ele, eu tive a chance de entrevistar a Carina Rissi.  Curiosa e bem empolgada com “Perdida”, perguntei a ela de teriamos um outro livro com Sofia e Ian. Para minha surpresa ela disse “sim!”.

Passado certo tempo, realmente tivemos a continuação de Perdida, com o nome de “Encontrada” e de volta ao século XIX.  Mas, se “Remembrance” pecou por ter enredo demais, com “Encontrada” aconteceu o contrário.

No livro,  Sofia e Ian estão em plena preparação para o casamento do século – o deles próprios.  Sofia está animada e toda enrolada nos hábitos e costumes do pessoal do século passado, mas percebe que Ian está distante,  como se escondesse algo de sua amada. Para piorar surge uma tia distante, que quer impedir o casamento dos dois de qualquer forma.

E é isso.

A história é boa e a Carina escreve maravilhosamente bem. Você consegue criar imagens mentais lendo ela e realmente sente aquilo que os personagens sentem.

A idéia de “Encontrada” é boa, mas o livro é gigantesco e a impressão que temos é que não tem um clímax, nada que justifique um livro inteiro sobre o assunto. Por vezes eu lia uma cena e pensava “aha! Lá vem ele, o drama!!!”, só para ler mais algumas páginas e fuén, tudo ser resolvido em um breve diálogo. Não é que o livro foi corrido; apressado, só tinha enredo de menos mesmo. 

Por mais que eu quissesse saber como rolou o casamento de Ian e Sofia (a melhor cena do livro), eu acho que teria preferido que a história viesse em um conto ou algo do tipo.

O que eu realmente achei que ia acontecer em “Encontrada” aconteceu em “Destinado”. Eu nem ia ler o terceiro livro da série (até para não incentivar as editoras de publicarem continuações de histórias que já estão bem fechadas)  mas que bom que eu fiz isso! Vou escrever sobre ele em breve,  mas já adianto que amei demais a continuação!

Sofia e Ian são um dos meus casais favoritos e acho que “Encontrada” valeu só por saber um pouquinho mais da vida deles no passado!

Se você quer ler mais um poquinho de Sofia e Ian, leia “Encontrada” sem medo e sem muitas expectativas.  Mas, se quiser uma história que una os melhores pontos de Carina Rissi (amo todos os livros dela, mas em chick-lit ela é minha favorita), pule direto para “Destinado”.

                                                                                Beeijos, A Garota do Casaco Roxo.

8 Livros com Cartas de Amor

Cartas de amor mudaram o rumo da humanidade, viraram ao contrário a vida das pessoas que as receberam ou enviaram e fazem-nos suspirar até hoje. Seja em uma narrativa de não- ficção, ou em um romance Chick-lit de fazer chorar até desidratar, é uma delicia lê-las, mesmo que elas não sejam endereçadas a você.

Para ler a resenha de cada um dos livros, é só clicar no nome deles!

P.S: Eu te Amo – Cecelia Ahern

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‘’P.S: Eu te Amo’’ é provavelmente o livro com cartas de amor mais conhecido de todo mundo, são tão lindas e doces e suaves e saber em que condições elas foram escritas racha seu coração em pedacinhos e te deixa desolada, mas ao mesmo tempo feliz e estimulada.

No livro, acompanhamos a vida de Holly e Gerry, um daqueles casais que não conseguimos imaginar separado, que chegam a dar inveja. Tudo vai bem até que Gerry morre e deixa Holly devastada. E então, ela começa a receber cartas de amor de seu marido, uma para cada mês de sua nova vida sem ele.

Eu não consegui resenhar esse livro aqui, mas garanto que é um dos meus favoritos e que, se algum dia alguém me pedir uma lista de livros obrigatórios para ler, ‘’P.S: Eu te Amo’’ estaria no topo dela.

‘’Querida Holly,

 Eu não tenho muito tempo, não digo literalmente é que você foi comprar sorvete e vai voltar logo! Mas tenho a impressão de que é a última carta porque só resta uma coisa pra dizer, não é para se lembrar sempre de mim ou comprar um abajur, você pode se cuidar sem a minha ajuda, é para dizer como você mexeu comigo, como você me ajudou me amando, você fez de mim um homen, Holly, e por isso eu sou eternamente grato, literalmente. Se pode me prometer alguma coisa, prometa que sempre que se sentir triste ou insegura ou perder completamente a fé vai tentar olhar para si mesma com meus olhos. Obrigado pela honra de ter você como esposa, eu não tenho o que lamentar, tive muita sorte. Você foi a minha vida Holly, mas eu sou apenas um capítulo da sua, haverá mais eu prometo portanto aqui vai o meu grande conselho: não tenha medo de se apaixonar de novo, fique atenta àquele sinal de que não haverá mais nada igual.
P.S. Eu sempre vou te amar.”

Procura-se Um Marido – Carina Rissi

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Se eu não me engano, (eu pesquisei, mas não consegui encontrar) a Carina Rissi disse uma vez que todos os seus livros tinham uma carta por causa da autora de ‘’Orgulho e Preconceito’’, Jane Austen, cujos livros também tem cartas.

Além de cartas de amor e cartas de vô para neta, ‘’Procura-se um Marido’’’também tem anúncios em jornal de pessoa procurando um amor. É fofo demais! Só não coloco tudo aqui porque tenho medo de soltar spoilers!

‘’Alicia, estou espantado que já tenha desistido. Quanto tempo se passou? Três horas?

Um pouco mais, vovô.

Sei que talvez você esteja com raiva, mas acredite: só estou pensando no seu bem. Quero que vá para casa agora, respire fundo e volte amanha. Há uma lutadora em você. Nesses últimos anos, ela sempre apareceu nas horas mais inadequadas, mas não posso acreditar que tenha desistido agora. Volte amanha e me deixe orgulhoso.

Vô Narciso’’

Perdida – Carina Rissi

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Não falei que essa autora adorava cartas de amor? No caso do romance histórico ‘’Perdida’’, ela aparece bem no finalzinho e tem ALTOS SPOILERS! Por isso, achei melhor deixar vocês chupando o dedo e imaginando o quão linda essa carta é!

A Culpa é das Estrelas – John Green

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ACEDE tem cartas maravilhosas, mas que não são necessariamente de amor. Algumas são só mensagens de texto e vão fazer você se emocionar e até mesmo lê-las com uma voz diferente. É lindo e dói tanto quanto ‘’P.S: Eu te Amo’’. Acho que, se bobear, dói bem mais que o livro da Cecelia.

 Mal posso esperar para ver como eles vão traduzir essas mensagens no filme!

‘’Oi, então tá, eu não sei se você vai entender isso, mas não posso beijar você nem nada. Não que você tenha necessariamente tido vontade de fazer isso, mas não posso.

Quando tento olhar para você desse jeito, tudo o que vejo são as coisas pelas quais eu vou fazer você passar. Isso talvez não faça sentido para você.

De qualquer forma, sinto muito.’’

Louca por Você – Fernanda Bélem

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Renata reencontrou Vitor, um de seus amores antigos e sentiu por ele tudo o que achou que já havia superado. O único problema é que Vitor tem uma namorada grude e vai fazer um intercambio com a baranga nos EUA durante 3 meses e o único jeito deles conversarem é através de emails e foram esses textos o que eu mais gostei no livro e que o fizeram entrar nessa lista.

Outra coisa que é legal é que o livro é todo contado em primeira pessoa e quando o Vitor escreve alguma coisa para a Renata, temos um vislumbre do que passa pela cabeça um tanto confusa (é impossível não se irritar com ele) do garoto!

‘’Oi linda,

Não posso escrever muito porque está difícil o acesso à internet… principalmente sozinho…

Queria te avisar que cheguei super bem. Pensei muito em você durante a viagem. Quero saber como você está. Fiquei preocupado de te ver tão triste. Agora estou aqui, escondido, só para te dizer que já estou morrendo de saudades.

Não se preocupe com nada. Não vou deixar de pensar em você enquanto eu estiver por aqui, vai passar bem rápido.

Beijo enorme!

Vitor’’

@mor – Daniel Glattauer

@mor

‘’@mor‘‘ é todo escrito em emails e foi uma das melhores leituras do primeiro semestre desse ano. São dois estranhos que acabam mandando um email errado e assim eles iniciam uma amizade, mesmo sabendo pouquíssimo um sobre o outro.

Não vou falar muito se as cartas são de amor mesmo ou de amor de amigo, mas o livro é tão fininho e tão delicioso de ler que você não vai se arrepender em lê-lo inteiro para descobrir!

‘’Na noite seguinte

Assunto: Não foi um bom dia

Querido Leo,

Você teve um bom dia hoje? Eu não tive um bom dia.

Boa tarde, Boa Noite.

Emmi

(A propósito: em que Emmi você esta pensando agora, se estiver pensando em Emmi? Espero que você ainda pense em Emmi!)

Três horas e meia depois

Fw:

Quando penso em Emmi, não penso em nenhuma daquelas três descritas por minha irmã, e sim na quarta, na minha. E mais: sim, é claro que eu ainda penso em Emmi. Por que você não teve um bom dia? O que ele teve de pior?

Boa noite, Bom dia,

Leo’’


A Ultima Carta de Amor – Jojo Moyes

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O titulo é meio que auto-explicativo, né? Além das cartas de amor entre os personagens, cada capitulo abre com o trecho de alguma carta ou texto que abalou de alguma forma um relacionamento, seja enviado pelo correio ou por mensagem de texto.

Foi um dos melhores livros do ano, vale a pena ler!

‘’A única forma de eu poder suportar isso é estar em um lugar em que eu não a veja nunca, em que eu não seja assombrado pela possibilidade de vê-la com ele. Preciso estar em um lugar onde a pura necessidade impeça que você ocupe cada minuto, cada hora dos meus pensamentos. Aqui isso é impossível.Vou aceitar o trabalho. Estarei na plataforma 4, Paddington, às 19hs, sexta feira à noite, e nada no mundo me faria mais feliz do que você encontrar coragem para ver comigo.

De homem para mulher, por carta’’

Postais do Coração – Ella Griffin

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As cartas de amor desse livro são tão fofas e doces que é impossível não ficar emocionada ao lê-las. Elas só aparecem lá pelo final do livro e eu acho que podem ter altos spoilers, então é melhor não falar muito. Mas são demais. Mesmo.

Se você gostou da lista e gosta de cartas de amor, aqui vai um artigo de um dos blogs da Superinteressante, com trechos de cartas de amor escritas por personagens históricos.

Beeijos, A Garota do Casaco Roxo

Entrevista com Carina Rissi


 
   Carina Rissi é autora de Perdida, livro pelo qual eu me encantei que já foi resenhado aqui pro blog e de Procura-se um Marido, lançamento deste mês pela editora Verus!

         Mandei algumas perguntinhas para ela, afinal de contas, quem não quer saber mais um pouquinho sobre aquele autor que admira? Essas são as respostas que ela me mandou!

AA- Amanda Ariela(minhas perguntas)

CR – Carina Rissi(as respostas dela)

AA)            Como surgiu a ideia de escrever um livro como ‘’Perdida’’? Você já o tinha inteiro em mente (a ideia de ser uma comedia romântica) ou foi modificando conforme a escrita fluía?

 CR: A ideia do livro surgiu numa noite em que fiquei sem energia elétrica na hora do jantar e não consegui me virar sem o micro-ondas (sou totalmente dependente dele). Levei uns dois anos para começar a escrever Perdida, e durante esse tempo, as cenas iam e vinham na minha cabeça, mas eu não tinha a história toda, era tudo muito solto e nada se conectava. Quando tomei coragem para escrever é que a história foi tomando forma e se parecendo com um chick lit. Eu não pensei em que gênero se enquadraria enquanto escrevia, foi natural. Acho que meu estilo acaba sendo reflexo do que eu gosto de ler.

 AA)    Qual foi a parte mais difícil de escrever a história? E a mais legal?

CR: Caramba, é difícil escolher a mais legal. Eu realmente me diverti muito escrevendo esse livro. Bom, uma das minhas cenas preferidas é quando o Ian conhece a Bic da Sofia. Eu adoro a inocência dele, a forma como ele se apega aos pequenos detalhes. Agora, a mais difícil de escrever foi com certeza a cena em que Sofia visita a casa do Ian e se depara com os quadros dele. Foi tenso, pois eu sentia o desespero dela como se fosse meu.

AA) Alguns dias atrás você publicou um trechinho de algo que chamou de ‘’Perdida 2’’, você pretende mesmo escrever uma continuação, ou foi só uma palinha para matar saudades dos seus bebes literários?

 CR:Não foi, não. Estou trabalhando mesmo na sequência que ainda não tem título, nem data para ficar pronto, por enquanto ficou como Perdida 2 mesmo rsrs. Eu tinha que escrever ou a Sofia não ia me deixar em paz. Meus personagens são muitos reais pra mim, como amigos imaginários. Imagine então sua amiga imaginária, vestida com roupas do século 19 e All Star vermelho, com os cabelos eriçados, que fala sem parar, aparecendo de madrugada para atazanar você para que escreva mais sobre ela. É assim que a Sofia age comigo. 

AA)    Quais são seus outros projetos?

 CR: Além da sequência de Perdida que já está em andamento, estou mega-ansiosa para concluir o No Mundo da Luna, que vai contar a história de uma jornalista recém-formada e atrapalhada que o mais perto que chegou de uma revista foi a recepção e, mais tarde, numa situação bastante curiosa, acaba assumindo a coluna do horóscopo sem saber nado sobre astrologia e a vida dela fica de cabeça pra baixo.

Tenho praticamente pronto um projeto um pouco diferente – meio que um conto de fadas para meninas grandes rsrs – que, por enquanto eu chamo de Luz na Escuridão, e tem de tudo um pouco: uma princesa, um guerreiro irlandês ultra sexy, uma bruxa boa e outra má, uma maldição celta e um amor verdadeiro pra complicar um pouco as coisas.

Outro ainda sem título definido é Mil Acasos, a história da Mel, que tinha a vida que pediu a Deus até que ela morre (bom, ela não morre realmente, está bem viva, mas… é uma longa história rsrs).

 AA)     Vi que em breve teremos o lançamento de ‘’Procura-se um Marido’’ pela editora Verus, conte-nos um pouco sobre a diferença entre escrever ‘’Perdida’’ e ‘’Procura-se um Marido’’(se continuar assim vai virar a autora dos livros que só começam com ‘’P’’!)

 CR: Hahahaha Eu também já pensei nisso. A autora dos Ps e das capas dos tênis rsrs.

Estou muito feliz com o novo livro. Procura-se um Marido, que sai em 19 de outubro, é um trabalho que me deixa super orgulhosa. É um livro rápido, com aquela pitada de magia que eu adoro e romance na medida certa. Ficou do jeitinho que eu queria. Foi extremamente divertido e fácil escrevê-lo, talvez porque dessa vez eu soubesse o que estava fazendo. Eu me apaixonei perdidamente pela Alicia, por isso corri para terminar logo e saber o final da história dela. Espero que os leitores se apaixonem por ela também.

Já Perdida foi mais no susto, sabe? Eu não sabia o que estava fazendo, nem que estava escrevendo um livro. Acho que a pessoa que ficou mais surpresa quando soube que eu tinha escrito um livro foi eu mesma.

 AA)            ‘’Perdida’’ se passa em uma cidade desconhecida e há 200 anos! De onde surgiu a ideia de não localizar a historia geograficamente?

 CR: Eu não nomeei a cidade porque queria que cada leitor imaginasse aquilo que já conhece (o mesmo acontece com Procura-se um Marido e diversos outros projetos em que a localização é irrelevante para a trama). Eu gosto de dar essa liberdade para o leitor criar seu próprio mundo.

 AA)E como foi fazer a pesquisa histórica para escrever o livro? Foi fácil achar as informações que precisava?

 CR: Nossa, foi muito complicado. Eu queria contar a história do ponto de vista da Sofia (um ponto de vista feminino, que é sempre minimalista) e, caramba, foi uma novela conseguir juntar todas as informações que eu precisava. Mas pra ser sincera, pesquisar é uma das minhas partes favoritas.

 AA) Que dicas você dá para os autores iniciantes e para quem ainda nem começou, mas já foi mordido por uma ideia?

 CR: Bom, eu não tenho tanta experiência assim, então vou dizer o que aprendi até agora. Muito BNC (bunda na cadeira) em primeiro lugar. Um bocado de disciplina para ler e reler, editar e reeditar, exaustivamente o trabalho. Não ter medo de como vai ficar seu texto porque citando Nora Roberts, uma das maiores escritoras da atualidade, “só não dá para editar uma página em branco”. Pegar leve nas críticas porque o pior crítico de um autor é ele mesmo.

Depois, muita paciência e determinação quando enviar o texto para as editoras. “Não” é a palavra que você mais vai ouvir, mas não esqueça que basta apenas um solitário “sim” para mudar tudo.

AA)  Fale um pouquinho do seu processo de escrita de modo geral. Você escreve de dia? De noite? Ouvindo música? No silencio total?

CR: Ah, eu escrevo sempre que consigo um tempinho, a qualquer hora do dia ou da noite. A tarde é meu período mais produtivo, mas amo escrever na paz da madrugada (sabe como é… o telefone não toca, ninguém acordado, só eu e meu computador). Uso muita música para escrever, acho uma ótima ferramenta para destravar as ideias e um condutor excelente para transmitir emoção ao texto.

 AA)    O que você sempre quis que te perguntassem em uma entrevista, mas nunca te perguntaram? E qual seria resposta dessa pergunta?

 CR: A pergunta seria: Quando você sentiu que era uma escritora de verdade pela primeira vez?

E a resposta: Foi na Bienal do Livro de SP, no mês passado. Eu estava morrendo de medo de que ninguém fosse aparecer. Mas apareceram centenas de pessoas e foi maravilhoso! Uma das melhores experiências que já vivi. Teve uma fila quilométrica, as pessoas me chamando de Carina Rissi (igual fazem com gente famosa, sabe? Em vez de me chamar de Carina ou Cá como estou acostumada), algumas meninas se emocionaram ao falar comigo e, enquanto eu via os olhinhos brilhando, me dei conta de que eu era sim uma autora. Que muitas daquelas pessoas já tinham lido Perdida e gostaram tanto a ponto de se submeteram a ficar numa fila de mais de duas horas só para falar comigo, tirar uma foto ou pegar um autógrafo. Nem sei se mereço tanto carinho, viu? Foi absurdamente maravilhoso e surreal, uma experiência incrível que eu jamais vou esquecer.

 AA)            Quais são os autores que te inspiram? E quais são seus livros favoritos?

 CR: Jane Austen é minha diva absoluta. Toda vez que leio algo dela quero escrever alguma coisa. Ela faz parecer tão fácil! rsrs

Marian Keyes, Meg Cabot, Sophie Kinsella, Marcello Rubens Paiva são autores que eu admiro e que têm grande influência em minha escrita. Meu livro favorito é Orgulho e Preconceito da Jane, seguido de pertinho por Tem Alguém aí?, da Marian Keyes.

AA)            O que você acha do apoio que os blogs dão a sua escrita? Mesmo com algumas resenhas negativas (que eu até agora não achei nenhuma) você acha válido esse tipo de divulgação e as críticas construtivas?

 CR: É importantíssimo! Foi graças à ajuda dos blogs que eu consegui me destacar, ser aceita e lida. Eu tenho uma dívida eterna de gratidão com esses blogs literários por tudo que fizeram e fazem por mim. Sem esses blogueiros e blogueiras maravilhosos eu não seria nada. =)

Gostaria de agradecer enormemente a Aline, do blog Vício de Menina, sem a ajuda dela, eu jamais teria conseguido fazer essa entrevista e deixar ela tão boa quanto ficou! Agradeço também a Carina Rissi, por ter dedicado sua atenção a essa Garota do Casaco Roxo que vos fala!

 Leia também minhas resenhas para os outros livros da Carina: Encantada, Destinado, No Mundo da Luna e Mentira Perfeita. 

Beijoos, A Garota do Casaco Roxo