Manuscritos do Mar Morto – Adam Blake

Manuscritos-do-Mar-Morto-FrenteNome: Manuscritos do Mar Morto

Autor: Adam Blake

Editora: Novo Conceito

Páginas: 447

Preço: R$ 27, 90

A queda de um avião torna uma cidadezinha pacata no Arizona em um ponto de atenção mundial e deixa o xerife Gayle cheio de trabalho. Na Inglaterra, a sargento-detetive Kennedy, junto com seu colega Harper, investiga o assassinato de um acadêmico aparentemente sem inimigos. Em algum lugar do Oriente Médio, o mercenário Tillman tortura um fornecedor de drogas e armamento ilegal em busca de informações sobre um cara chamado Michael Brand. Gayle, Harper, Kennedy, Tillman e Brand não sabem, mas seus destinos estão mais interligados do que parece.

Quatro linhas de história que levarão os personagens a correr um perigo de vida imenso e tudo isso causado pelo evangelho deixado por um dos discípulos há dois mil e treze anos e um povo que o segue à risca, mesmo com todas as mudanças econômicas, sociais, psicológicas e tecnológicas desde aquela época.

”’Três historiadores mortos na mesma conferência. Nas palavras de Oscar Wilde, isso parecia estar consideravelmente acima da média apropriada que as estatisticas estabeleceram para nos guiar. Ainda poderia não significar nada, provavelmente não era nada. Mesmo agora, uma coincidência ultrajante parecia ser mais possível do que um assassino implacavelmente eficiente, perseguindo e abatendo pessoas que tinham opiniões fortes sobre o tal Códice do Rum e seitas cristãs já extintas.

p. 81” 

‘’Manuscritos do Mar Morto’’ é um livro de conspiração cujo enredo é bem amarrado e a narrativa de cada personagem conectada com a história dos outros, todo mundo e todo acontecimento neste livro está interligado de alguma forma, quase como uma reação em cadeia, tanto que se eu contar mais algum detalhe da história, ela perde a graça e, se você for esperto, consegue descobrir o final inteiro (o processo de leitura é mais ou menos assim: até a metade do texto, você não entende direito como as histórias se encaixam e o porquê de cada coisa, depois da metade, a linha principal que liga tudo fica tão obvia e clara que você meio que saca o final inteiro-até aquilo que poderia ser considerado um fato ‘’uau’’).

Com uma verdadeira aula de história e de religião e o autor leva os leitores pela busca da verdade ao mesmo tempo em que nos conduz pelos dilemas pessoais (e olha que não são poucos) de cada um dos personagens. Senti falta de um esclarecimento maior sobre o verdadeiro fim deles, já que tudo meio que fica no ar – pelo menos no quesito ‘’pessoal’’- e, pesquisando no Goodreads, descobri que o livro tem uma sequência chamada ‘’The Demon Code’’.

Outra coisa que eu pesquisei foi o verdadeiro nome do autor. A terceira capa diz que ‘’Adam Blake é o pseudônimo de um autor de sucesso na Grã-Bretanha’’ e isso me deixou curiosa. Para ser sincera, achei o estilo dele tão parecido ao Dan Brown (só que o Dan Brown é infinitamente melhor que o Adam Blake, que é até bom, mas acho que a tentativa de compará-lo ao mestre deste tipo de literatura, joga as expectativas do leitor lá em cima e quando elas não são correspondidas, é meio que inevitável não achar o livro mediano), que pensei que poderia ser algum livro velho dele que ficou engavetado e ele decidiu publicar depois do sucesso de seus últimos romances.

Segundo o autor, em entrevista ao blog The Real Chris Sparkle: ”Por que Dan Brown usaria um pseudônimo para escrever livros que são muito, muito, do gênero que o deixou famoso? Se eu fosse Dan Brown, contrataria uns caras para carregar um banner escrito ‘’EU SOU O DAN BROWN!!!” atrás de mim sempre que eu saísse de casa. Mas não, não sou. Sou só um cara, conhecido por escrever em um gênero bem diferente, que é a justificativa para a existência do nome, na verdade. É mais fácil saber quem Adam Blake é quando essa outra coisa se torna magicamente invisível. ’’

‘’Essa outra coisa’’ que o autor menciona na verdade é sua carreira como escritor de quadrinhos para a DC e a Marvel. O nome real de Adam Blake é Mike Carey e eu, honestamente, acho que o livro ficou bem mais interessante e com alguns detalhes mais justificados e evidentes depois que descobri que ele era um escritor de quadrinhos.

Recomendo esse livro para todos os que gostam de livros do Dan Brown e de livros ao estilo de ‘’Enigma do Quatro’’: Thrillers, cheios de ação e reviravoltas surpreendentes, recheados de história, seitas secretas, gente louca e sociopatas.

Beeijos, A Garota do Casaco Roxo

Semana Dan Brown – O Símbolo Perdido

Depois de ter sobrevivido a uma explosão no Vaticano e a uma caçada humana em Paris, Robert Langdon está de volta com seus profundos conhecimentos de simbologia e sua brilhante habilidade para solucionar problemas. Em O símbolo perdido, o célebre professor de Harvard é convidado às pressas por seu amigo e mentor Peter Solomon – eminente maçom e filantropo – a dar uma palestra no Capitólio dos Estados Unidos. Ao chegar lá, descobre que caiu numa armadilha. Não há palestra nenhuma, Solomon está desaparecido e, ao que tudo indica, correndo grande perigo. Mal’akh, o sequestrador, acredita que os fundadores de Washington, a maioria deles mestres maçons, esconderam na cidade um tesouro capaz de dar poderes sobre-humanos a quem o encontrasse. E está convencido de que Langdon é a única pessoa que pode localizá-lo.Vendo que essa é sua única chance de salvar Solomon, o simbologista se lança numa corrida alucinada pelos principais pontos da capital americana: o Capitólio, a Biblioteca do Congresso, a Catedral Nacional e o Centro de Apoio dos Museus Smithsonian.Neste labirinto de verdades ocultas, códigos maçônicos e símbolos escondidos, Langdon conta com a ajuda de Katherine, irmã de Peter e renomada cientista que investiga o poder que a mente humana tem de influenciar o mundo físico. O tempo está contra eles. E muitas outras pessoas parecem envolvidas nesta trama que ameaça a segurança nacional, entre elas Inoue Sato, autoridade máxima do Escritório de Segurança da CIA, e Warren Bellamy, responsável pela administração do Capitólio. Como Langdon já aprendeu em suas outras aventuras, quando se trata de segredos e poder, nunca se pode dizer ao certo de que lado cada um está.Nas mãos de Dan Brown, Washington se revela tão fascinante quanto o Vaticano ou Paris. Em O Símbolo Perdido, ele desperta o interesse dos leitores por temas tão variados como ciência noética, teoria das supercordas e grandes obras de arte, os desafiando a abrir a mente para novos conhecimentos.

Esse, provavelmente, é o livro mais polêmico de Dan Brown. Tão polêmico que foi o único livro estrelado por Robert Langon que não virou filme. Com as atuais circunstâncias políticas – honestamente, agora é que eu duvido que vire livro.

Ainda na linha de discutir religiões, dogmas e fé, o livro é relativamente parecido com “O Código da Vinci”, mas a impressão que eu fiquei é que ele “pegou leve” e não foi tão crítico quanto nos outros livros – em especial, o “Anjos e Demônios”.

            Uma das coisas que mais me impressionou foi a quantidade de rituais maçons e coisas relacionadas à maçonaria! Vi muitos documentários falando sobre a influência dos Maçons na história e no traçado de ruas de Washington, e com a leitura de ‘’O Símbolo Perdido’’ pude descobrir um pouco mais de detalhes sobre essa ‘’sociedade secreta’’

            A história é muito interessante, bem tramada e possui muito daquela coisa que eu falei sobre ‘’O Código Da Vinci’’ sobre deixar a primeira metade do livro para a construção do enredo, colocação de dúvidas e questionamentos e depois passar capítulo por capítulo respondendo tudo, até chegar ao encerramento do enredo.

O livro também é bem atual, apesar de ter sido publicado já há alguns anos e fala largamente sobre o preconceito sofrido pelos muçulmanos, após os ataques de 11 de setembro.

É um Dan Brown, clássico, que vai te deixar sentado na beira da cadeira e só vai permitir que você durma depois de terminar a história.

         Beijoos, A Garota do Casaco Roxo