Perdida – Carina Rissi

Nome: Perdida

Autor: Carina Rissi

Editora: Baraúna

Páginas: 472

Preço: R$ 39, 90 (Isso, no site da editora. Sei que dá para achar por preços mais baratos por aí, além de que, no momento está em promoção e sai por R$ 36,00. Sem contar que o livro tem mais de 400 páginas, é um preço válido!)

Origem: Nacional

 

*suspira*

Admito que enrolei e muito para escrever essa resenha. Como falar de um livro que me encantou, me fez chorar, me desmontou e me deixou suspirando por duas semanas? Porque claro, eu não queria ler nada para não perder o gostinho que ‘’Perdida’’ deixou na minha boca (seria isso uma ressaca literária?).

Sofia é uma garota com que todas nós podemos nos identificar, o típico personagem de Chick Lit. Ela é atrapalhada, odeia seu chefe e seu emprego, vive sem tempo, adora um bom livro de romance, é independente e adora as modernidades e tecnologias que a vida de hoje em dia pode nos oferecer. Após um pequeno desastre envolvendo uma balada, um celular e uma privada, ela compra um aparelho novo que a transporta para o século XIX. Desesperada para voltar para casa, ela é acolhida por       Ian Clarke e por sua família, que a ajuda a encontrar pistas para voltar para casa. O que ela não esperava (mas a gente já sabia desde o começo que ia acontecer) era que o coração dela tinha outros planos…

 *suspira, de novo*.

Varias vezes já dei de cara no muro por ter criado expectativas demais em relação a um livro. Sabe quando você lê aquela resenha boa em um blog, quando você vê a Folha recomendando e o autor dando entrevistas em 1000 sites e quando você lê o livro, ele não é lá tudo o que você estava esperando? Então, não foi assim com ‘’Perdida’’ mas podia ter sido.

Li inúmeras resenhas sobre ele e vi varias entrevistas que a Carina deu além de ter me apaixonado pela capa. Na Bienal, o comprei por R$20,00 e no outro dia, já estava mergulhando para o século XIX.

 ‘’Perdida’’ é doce, suave e divertido. Dei boas risadas lendo, mas também me emocionei e MUITO!  Tudo o que ela mais queria era voltar para o Século XXI, com seus banheiros, seus carros e seus computadores, mas uma reviravolta acontece e ela tem que decidir entre viver o amor da sua vida ou voltar para o lugar de onde ela veio.

A história lembrou muito os primeiros romances históricos da Meg Cabot, com aqueles mocinhos cavalheiros que te fazem suspirar e desejar que você tivesse nascido 200 anos atrás. Mas ao mesmo tempo em que lembra o estilo, se distancia. Carina Rissi tem um jeito próprio, particular de escrever, que não pode e não merece (porque é melhor que muitos outros livros do tipo ‘’romance histórico’’ que já li) ser comparado com ninguém. Ela escreve romances, mas não se fixa muito em clichês, o que te deixa ainda mais envolvido com a historia.

Fiquei tão ligada com Ian e Sofia que li a historia com post-its do lado, pra marcar as quotes mais bonitas. Mas só consegui fazer isso com o começo do livro! Queria tanto saber o que ia acontecer e como Sofia ia se resolver, que não consegui marcar a outra metade do livro! Quem sabe não começo a ler de novo, para marcar os quotes? E é aqui, que os 30 livros que eu tenho para ler mandam beijos!

 A capa é mais bonita vista pela internet, esse foi o único ‘’defeito’’ que eu achei nele. Impressa, ela fica meio borrada, mas acho que isso pode ser algo pontual, só da minha edição.

Aqui vão alguns dos pouco quotes que consegui marcar no meio do meu envolvimento com a historia. Acho que eles definem bem como a narrativa se desenvolve e mostram bem o jeito como a Carina escreve!

‘’Eu não sabia explicar por que gostava tanto daquele livro, mas era incrível me perder em séculos passados, costumes tão diferentes, roupas tão lindas, paisagens bucólicas e tranquilas, o amor sendo posto a prova pela ideia retrograda de que pobres e ricos não se misturavam, o cavalheirismo, a delicadeza do primeiro amor… Glicose da boa! ‘’

P. 16/17

‘’Está na hora de começar a crer que existem mais coisas no universo além das que seus olhos podem ver e finalmente começar a viver sua vida!’’

p.53

‘’Viver em função de uma só pessoa, como se sua vida apenas tivesse sentido se ela tivesse por perto? Acordar e olhar para a mesma pessoa todo santo dia! Sexo com uma única pessoa pelo resto da vida! Ter que cuidar da casa, do marido, dos filhos, do cachorro, trabalhar… Não era um tipo de sentença de escravidão, pelo menos?’’

P. 24

 ‘’Eu não podia estar…interessada nele, por razoes obvias que não precisavam de explicações. Dois séculos nos separavam! Dois séculos!’’

P.176

*suspira, pela terceira vez*

            Não é fofinho? Espero que tenham gostado e que minha resenha tenha deixado vocês empolgados para ler, tanto quanto eu fiquei empolgada quando li a primeira resenha sobre esse livro!

            Ah, e quem comentar aqui, vai concorrer a marcadores de ‘’Perdida’’! E se tiver muitos comentários, quem sabe eu não fique generosa?

Minha edição de ”Perdida”

Beijoos, A Garota do Casaco Roxo