Entrevista com Natália Marques

         Natália Marques tem apenas 17 anos e é autora de ‘’A Infiltrada’’, livro que conta a história de uma integrante da máfia italiana Padova que tem que se infiltrar em uma das maiores agencias de segurança do mundo, a NSA. Para quem ficou curioso para saber mais sobre, segue o link para minha resenha: http://migre.me/aRITk

         Fiz algumas perguntinhas a ela, que infelizmente, não me contou o que vai acontecer no próximo capitulo! #chateada Espero que gostem!

CR – Casaco Roxo

NM – Natalia Marques

CR) De onde saiu a ideia de escrever AI?

NM: AI começou a se “infiltrar” na minha cabeça quando fui a um casamento militar. É simplesmente maravilhoso o noivo fardado, a guarda de honra, o corredor de espadas e toda aquela imponência. Acho que é impossível ir até um e não desejar um igualzinho!

CR) Quando você teve aquele insight, e o bichinho da historia te mordeu, te deixando com aquele ‘’preciso escrever essa historia’’?

NM: Eu estava terminando outra história e não aguentei esperar para começar AI. Quando eu finalmente terminei, AI já estava com seus sete, oito capítulos e um mês depois estava começando a postá-la na comunidade do Orkut.

CR) Quando teve a inspiração? Foi um estalo, ou veio de muito pensamento e reflexão, aquele ‘’cozimento de ideias’’?

NM: Quando fui a esse casamento, eu já escrevia histórias na internet há algum tempo. E nessa modalidade, há muito de você não pensar na história em si, mas no que o personagem principal vai ser e a partir daí você desenvolve. Então, eu decidi: Ele vai ser militar! 

Surpreendentemente, eu só fui refletir sobre a origem de AI em uma entrevista a uma revista da minha cidade alguns meses atrás. Agora, continuo não sabendo dizer exatamente quando a história de AI em si, com a Claire, a máfia e toda a trama surgiu. Lembro, por exemplo, quando escolhi a NSA como principal cenário e o momento em que pensei que a Claire seria treinada para o campeonato de boxe pelo general, mas só.

CR) Sabemos que antes de se tornar livro, AI era uma fanfiction de Crepusculo, por isso, foi escrita com personagens com os nomes do livro de Stephanie Meyer, como foi reescrever a historia mudando os nomes e escolher novos nomes para esses personagens?

NM:Eu nunca passei por aquela fase “vai ser muito estranho ter outros nomes” porque, para mim, a história tomou um rumo tão diferente da saga que às vezes eu nem mais fazia mais a conexão. Colocar nomes originais foi como uma constatação das personagens que já eram originais para mim. A escolha das personagens secundárias foi tranquila, com exceção do nome falso da Claire, Hailey Dawson, e o nome do general, Alan Beckert. Mas sem dúvidas o mais difícil foi encontrar o sobrenome perfeito do general, já que precisava ser bonito, forte e combinar com o nome Alan, que sempre desejei. 

CR) Fale um pouquinho sobre seu processo de escrita! Você tem algum ritual?

NM: Não tenho um ritual específico e nem nunca parei para refletir sobre isso. Checo minhas atualizações nas redes sociais, abro o arquivo do livro e fico navegando pelos capítulos e trechos – isso quando não tenho muita inspiração. Quando já tenho aquele objetivo, aquele “feeling”, seleciono as músicas “chave” e mando ver! 

CR) Qual a maior dificuldade sua na hora de escrever?

NM: Eu sou um tanto quanto perfeccionista e gosto sempre de deixar uma linguagem fluída e uma descrição das emoções e ações o mais real possível, no sentido de quem ler poder imaginar parte do que imaginei e embarcar na história. Quando necessário, busco comparações que possam me ajudar e às vezes, elas ficam horríveis, mas algumas sinto aquele “nossa, foi perfeito!”. Por sempre querer a mesma qualidade, sou um pouco intolerante com capítulos mais “chatinhos” e sempre procuro trazer fatores novos para passar a mesma mensagem da melhor maneira possível. Isso se torna uma grande dificuldade na hora de escrever e motivo pelo qual costumo demorar a encerrar um capítulo.

CR) Que dicas você dá para quem tá começando a escrever?

NM: Eu pareço minha mãe nessas horas, mas não consigo pensar em dica melhor: ler! Ler é a maior inspiração que existe!

CR) Você posta partes da segunda temporada no Orkut, pretende postar a segunda temporada inteira ou vai parar? Se for parar, quando?

NM: Seguirei até um determinado capítulo e depois só com o livro publicado.
CR) O que você pretende fazer no futuro em relação a sua escrita? Pretende escrever mais AI, ou quer tentar novos caminhos?

NM: Apesar de amar AI, eu mal vejo a hora de terminar de escrever a segunda temporada e ficar uns bons meses de “férias”. Já são três anos escrevendo, dois apenas a segunda temporada. Tenho muitas outras ideias e seria interessante poder desenvolvê-las. Quanto a AI, acho que não resistirei e esporadicamente farei uma fanfic no Nyah!

CR) O que você sempre quis que te perguntassem em uma entrevista, mas nunca te perguntaram? Por favor, coloque a resposta também!

NM: Qual é o número de sua conta bancária para fazermos alguns depósitos? Depois conversamos sobre a resposta, Amanda!

CR) O que você gostaria que tivesse escrito na sua lapide? ‘’Autora mais filha de um pai do planeta?
NM:Algo como Bocage! (risos) Na atual conjuntura da minha vida, acho que seria algo como “Morri, mas pelo menos passei no vestibular!”

CR) O que você acha da empolgação das fãs de AI?

NM: Eu acho surpreendente. Na Bienal em SP em agosto, que inclusive encontrei a Amanda, eu me surpreendi com o número de pessoas que compareceu e o carinho que demonstraram. Muitos tremiam ao falar comigo e eu pensava “poxa, eu sou normal, não precisa ser assim”. Foi muito gratificante esse momento, assim como são todos os comentários e incentivos que recebo pelas redes sociais. Realmente, são todas merecedoras do título de leitoras filhas de um pai!

CR) Que outras historias você escreveu alem de AI?

NM: Escrevi quatro histórias. A primeira, a primogênita, era bem seguindo a linha de Twilight. O vampiro se apaixona pela moça que acabara de se mudar para a cidade depois do assassinato de sua mãe. A protagonista jurara vingar a morte da mãe tirando o bem mais precioso do assassino assim como ele tinha feito com ela. No fim, o assassino era o mocinho, e o bem mais precioso era justamente ela! Babado total.

A outra foi a história de um modelo e advogado que se apaixonada pela empregada doméstica. A terceira, mas que não cheguei a finalizar, foi sobre um extraterrestre que se “infiltra” na Terra em uma missão, procurando pelo antigo responsável pela vigilância na Terra que tinha desaparecido. Na lua, a base de suas operações, ele ficava a observar uma garota, e era apaixonado por ela. Na Terra, ele a encontra e vivem uma história de amor.

A última, antes de AI, foi sobre uma garota ateia e totalmente “anti-Jesus” que se apaixona por um padre e vira “De repente… Religiosa”. A história mais hilária que escrevi na vida!

CR) Você estuda para passar em universidades publicas, namora, escreve e faz um zilhao de coisas ao mesmo tempo. COMO VOCE CONSEGUE?

NM: Esse ano realmente está complicadíssimo para mim. É realmente tarefa hercúlea conciliar tudo e, infelizmente, escrever acaba ficando para escanteio na maior parte das vezes. 
CR) Pode adiantar um pouquinho do que vai acontecer? PORFAVORZIIIIIIIIIIIIIIIIINHO????

NM: Emoções filhas de um pai! Só falo que a NSA é meu lugar preferido e seria uma pena não termos alguns bons capítulos passados lá!

Nome: Natália Marques
Data de Nascimento: 06/12/1994
Livros favoritos: O retrato de Dorian Gray, – Oscar Wilde, Conte-me seus sonhos – Sidney Sheldon, a coleção Harry Potter e a coleção Vagalume!
Filmes Favoritos: Delírios de consumo de Becky Bloom.
Séries Favoritas: Glee
Música Favorita: Making Love out of nothing at all – Air supply
Maior sonho: Ser alguém que faça diferença no mundo.
Maior decepção: Perceber que, hoje em dia, se importar com as outras pessoas é “estranho.”.
Viagem dos sonhos: Cortar a Rússia pela Transiberiana!
Comida Favorita: Couve-flor gratinado.

         Gostaria de agradecer a Natália Marques por disponibilizar um pouquinho de seu tempo para responder minhas perguntas!

Beijoos, A Garota do Casaco Roxo