O Sol também é uma Estrela – Nicola Yoon

Capa de O Sol Também é uma Estrela, da Nicola YoonNome: O Sol também é uma Estrela

Autora: Nicola Yoon

Páginas: 276

Editora: Arqueiro

Eu ganhei “O Sol também é uma Estrela” de presente de aniversário, mas só agora, depois de finalmente superar minha ressaca literária, consegui ler ele.

O livro tem 276 páginas ao todo. Dessas, 270 são de uma história que se passa em um único dia na vida de dois adolescentes, Natasha e Daniel.

Natasha é jamaicana e imigrante ilegal nos EUA. Ao final daquele dia, ela será deportada de volta ao seu país de origem. Desesperada e querendo ficar no país que ela identifica como seu, ela vai tentar de tudo para poder conseguir um visto de estadia.

“Para a maioria dos imigrantes, mudar para um país novo é um ato de fé. Mesmo que você tenha ouvido histórias sobre segurança, oportunidade e prosperidade, ainda assim é um grande salto se afastar de sua língua, de seu povo e de seu país. De suas raízes. E se as histórias não fossem verdadeiras? E se você não conseguisse se adaptar? E se não fosse desejado no país novo?” p. 20

Científica, cética e a pessoa de exatas mais de exatas que eu já vi em um livro, Natasha não acredita em amor à primeira vista. Ela acredita em dados e em fatos científicos. Mas, só naquele dia, ela vai se permitir ter esperança de conseguir ficar naquele país.

Daniel é filho de coreanos ultra-exigentes. Naquele mesmo dia, ele vai fazer uma entrevista com um ex-aluno da Universidade de Yale, para tentar entrar na faculdade dos sonhos – de seus pais.

Ele quer ser poeta, mas seu pai quer que ele estude Medicina e seja médico. Daniel é de humanas, romântico e apaixonado. No dia da entrevista que vai definir os rumos de sua vida, ele vai se encontrar com Natasha ao “acaso” e vai fazer de tudo para provar para ela que amor à primeira vista existe sim.

“Há uma expressão japonesa da qual eu gosto: koi no yokan. Não significa exatamente amor à primeira vista. É mais parecido com amor à segunda vista. É a sensação que a gente tem quando conhece uma pessoa por quem vai se apaixonar. Talvez você não a ame imediatamente, mas é inevitável que acabe amando.” p. 66

Normalmente eu não curto muitos livros de “insta-love”. Sabe quando o mocinho e a mocinha se apaixonam quase que de imediato? Quando a gente tem aquela impressão de que o romance acontece de uma hora para outra e que não foi propriamente construído? Então, isso é “insta-love”.

Logo no começo da leitura de “O Sol também é uma Estrela”, eu fiquei com medo dele ser um livro assim, já que se passa em um único dia.

Mas o romance entre os dois é muito amorzinho. Junto com Natasha você passa, aos poucos, a acreditar também em amor à primeira vista. Apesar do romance ter duração de apenas um dia, os dois são imbatíveis e enfrentam logo de cara preconceitos e julgamentos dos outros.

“Como é que este pode ser o mesmo dia? Como é que todas essas pessoas podem continuar com a vida sem saber nada do que acontece na minha? Às vezes o mundo da gente balança com tanta força que é difícil imaginar que quem está ao redor não perceba também.” p.  196

Os capítulos são narrados por Natasha e Daniel alternadamente, mas há um terceiro narrador: O Universo.

O Universo interrompe a história do casal em vários momentos, para explicar o que acontece com os outros personagens do livro. São pessoas com quem eles têm contato, ainda que brevemente, ou são seus pais. A idéia é explicar como as coisas estão interligadas e como as nossas ações têm o poder de afetar os outros a nossa volta.

Alguns capítulos narrados pelo Universo são bem engraçados e contam a história do surgimento do olho ou do porquê coreanos são donos de quase todas as lojas de produtos para cabelos afro de Nova York. Outros são tristes e permitem que a gente enxergue e consiga ver o outro lado dos sentimentos de Natasha e Daniel.

Ao explicar como os pais dos adolescentes se sentem e porque se comportam da maneira que se comportam, o livro joga por terra aquela ideia maniqueísta de bem x mal.

“Há uma espécie de júbilo puro na certeza da crença. A certeza de que sua vida tem um propósito e um significado. De que, ainda que sua vida terrena possa ser difícil, existe um lugar melhor no futuro e que Deus tem um plano para você chegar lá.” p.45

Outra coisa que eu achei legal e interessante é como a Nicola Yoon amarrou a trama. Se Natasha e Daniel não tivessem se conhecido em um momento X, eles teriam se encontrado mais para frente em um momento 2X e assim por diante. O que à princípio se assemelha ao acaso, na verdade prova que acaso não existe mesmo. Deve ter dado um trabalhão fazer o outline desse livro, mas o resultado é surpreendente.

“O Sol também é uma Estrela” é um YA fofo e leve, que poderia ser bem batido e clichê, mas que acaba sendo inovador e diferente de tudo que já li antes. No geral, foi uma leitura fofa e que me deixou com sentimentos quentinhos no coração, assim como “Fangirl”.

A capa é linda e eu fiquei feliz que a versão brasileira é semelhante à americana. O pessoal da Editora Arqueiro fez um vídeo bem legal mostrando os bastidores de como eles montaram a capa, usando string-art.

Beeijos, A Garota do Casaco Roxo

Livros que li antes do blog

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Esses dias estava navegando pelo ‘’Garota que Lê’’ e vi a lista de livros que a Carol  tinha lido antes de começar o blog. Achei isso tão legal que decidi fazer a minha própria versão!

Minha lista não tem tantos itens quanto a dela, porque a maioria dos livros que eu lia naquela época eram séries ou modinhas ou qualquer coisa que tivesse na biblioteca ou que me emprestassem.

Acho que o mais engraçado foi revirar o meu Skoob para ver se ele me ajudava a lembrar de todos os títulos. E o mais estranho é ver como nossos gostos de leitura mudam, né? Ou, no meu caso, permanecem os mesmo, malucos e sem nenhuma ordem. Perceber que isso vem desde cedo (desde antes da minha miopia, gente!) foi supimpa.

Celular – Stephen King

Nem que me paguem eu assisto a filmes de terror. Com os livros eu achava que era assim também, mas como tive que ler ‘’Drácula’’ ano passado, isso furou. A busca no Skoob me fez perceber que a minha recusa a livros de terror não era à toa. Lembro claramente de alguns trechos de ‘’Celular’’ do Stephen King, não me recordo exatamente do enredo, de como a historia se desenrolava e o final ainda está meio embaçado, talvez, porque naquela época eu não tinha a percepção que tenho hoje. Ou talvez, eu tenha morrido de medo e não tenha registrado muita coisa. Só sei que fiquei um tempão olhando com medo pro meu celular (que, por 3 meses de diferença, não é o mesmo que o daquele ano).

Onde você estava no dia 1º de outubro? O protagonista desta história, Clay Riddell, estava em Boston, quando o inferno surgiu diante de seus olhos. Bastou um toque de celular para que tudo se transformasse em carnificina. Stephen King – que já nos assustou com gatos, cachorros, palhaços, vampiros, lobisomens, alienígenas e fantasmas, entre outros personagens malévolos – elegeu os zumbis como responsáveis pelo caos desta vez.
Depois de anos de tentativas frustradas, o artista gráfico Clay Riddell finalmente consegue vender um de seus livros de histórias em quadrinhos. Para comemorar, decide tomar um sorvete. Mas, antes de poder saboreá-lo, as pessoas ao seu redor, que por acaso falavam ao celular naquele momento, enlouquecem.
Fora de si, começam a atacar e matar quem passa pela frente. Carros e caminhões colidem e avançam pelas calçadas em alta velocidade, destruindo tudo. Aviões batem nos prédios. Ouvem-se tiros e explosões vindos de todas as partes.
Neste cenário de horror, Clay usa seu pesado portfolio para defender um homem prestes a ser abatido, Tom McCourt, e eles se tornam amigos. Juntos, eles resgatam Alice Maxwell, uma menina de 15 anos que sobreviveu a um ataque da própria mãe.
Os três sortudos — entre outros poucos que estavam sem celular naquele dia — tentam se proteger ao mesmo tempo em que buscam desesperadamente o filho de Clay. Assim, em ritmo alucinante, se desenrola esta história. O desafio é sobreviver num mundo virado às avessas. Será possível?

Luxo – Anna Godberssen

Lembro até hoje do dia em que uma amiga da escola me descreveu ‘’Luxo’’ como ‘’um Gossip Girl do século XX’’. Claro que eu fiquei louca para ler e claro que ela me emprestou. As capas são absurdamente lindas e a historia, cheia de intrigas, segredos, amores impossíveis e olhares reprovadores da sociedade me encantou. ‘’Luxo’’ tem 4 livros ao todo, mas se eu não me engano, só 3 foram publicados no Brasil e se a memória não me falha, eu devo ter lido só até o segundo.

Uma pena eu não ter continuado, porque eu lembro que realmente gostava da historia. Quem sabe isso não me dá vontade de voltar a esses livros?

Todo o fascínio da Nova York da virada do século XIX para o XX, quando Manhattan começava a se transformar no coração do mundo, a Quinta Avenida abrigava as mansões de algumas poucas e abastadas famílias e os jovens da alta sociedade se exibiam em fabulosos vestidos e elegantes fraques em animados bailes madrugada adentro, está em Luxo, primeiro volume da série The Luxe, da norte-americana Anna Godbersen, que chega às livrarias brasileiras pela Rocco Jovens Leitores. Espécie de “Gossip Girls de época”, a série ganhou o aval de Cecily Von Ziegesar, autora da série sobre as patricinhas de Nova York. “Quando comecei a ler Luxo, não consegui parar mais”, diz. E as leitoras brasileiras hão de concordar, afinal, o livro prende a atenção da primeira à última linha, com uma trama cheia de glamour, intrigas e romance, embalada por uma deliciosa reconstituição histórica.

Luxo conta a história das irmãs Elizabeth e Diana Holland, filhas da alta sociedade nova-iorquina, levando uma vida de luxo e sonhos, mas cercada de intriga, inveja, escândalos, paixões proibidas, interesses e desilusões; um mundo de aparências onde não cumprir as regras sociais pode levar ao ostracismo e seguir o coração pode custar ainda mais caro. Pelo menos, é isso que Elizabeth Holland pensa quando decide se casar com o charmoso Henry Schoonmaker, o solteiro mais cobiçado de Nova York, num típico arranjo familiar. Diana, no entanto, não está tão interessada em obedecer às hipócritas regras da vida social quanto sua irmã mais velha. Assim como a traiçoeira Penelope Hayes, que não pretende deixar barato o casamento do rapaz mais interessante da cidade.

Cruzando os caminhos desses quatro adolescentes que vivem com os hormônios em ebulição, frequentam os melhores salões de Manhattan e têm suas vidas retratadas diariamente nas colunas sociais, estão Will, o jovem cocheiro da família Holland, e Lina Broud, uma criada disposta a tudo para mudar de vida e que guarda um segredo sobre Elizabeth capaz de chocar até mesmo as moças mais liberais da cidade.

Com uma narrativa envolvente e uma prosa tão elegante e irônica quanto cada ato de seus personagens, Anna Godbersen conduz o leitor até um final surpreendente. E em meio a esta trama repleta de romance, dissimulação e pitadas de mistério, reconstrói costumes e cenários com maestria, traçando um rico painel da juventude nova-iorquina da virada do século passado. Um luxo!

O Enigma do Quatro – Ian Caldwell e Dustin Thomanson

Lembro que li esse livro porque estava naquela vibe de ler Dan Brown e a sinopse me chamou muita atenção. A história tinha um plano de fundo de realidade e isso sempre me atraiu, quando começaram os enigmas e as charadas, me vi de queixo caído e lendo pagina atrás de pagina desesperada para saber o que acontecia. E então começaram a acontecer coisas sem sentido e o livro acabou sendo uma decepção total. Hoje, já com outro olhar, talvez eu possa dizer que os autores acabaram se perdendo na historia e um livro promissor se estragou. Uma pena. Mesmo.

O Hypnerotomachia Poliphili é um dos livros mais preciosos e menos compreendidos dos primórdios da imprensa ocidental. Dele sobraram menos cópias do que da Bíblia de Gutenberg.

Os estudiosos continuam a discutir a identidade e o intento do misterioso autor do hypnerotomachia, Francesco Colonna. Somente em dezembro de 1999, quinhentos anos depois da impressão do texto original, e meses depois dos eventos descritos em O Enigma do Quatro, apareceu a primeira tradução completa em inglês do Hypnerotomachia.

As Pirâmides de Napoleão – William Dietrich

Outro livro cuja historia está bem vaga na minha cabeça, mas no caso, eu sei por quê. Ele lembra demais aquele filme com a Rachel Weisz e o Brendan Fraser, ‘’A Múmia’’. ‘’As Pirâmides de Napoleão’’ tem todo aquele mito egípcio por trás, alem de muito romance e da personalidade peculiar de Napoleão, que, na época, pareceu bem fiel para mim e hoje já não sei mais se é tão fiel assim. Fiquei com vontade de reler.

Um antigo medalhão cai nas mãos de um aventureiro norte-americano. Desperta a ganância de uma ramificação herege da Maçonaria. E cruza o caminho do então general Napoleão Bonaparte e seu desejo de conquistar o misterioso Egito e desvendar o segredo das enigmáticas pirâmides.

Porém, nada é o que parece neste romance histórico épico e imperdível. Com muita habilidade, precisão histórica e talento nato para o mistério, o autor William Dietrich leva o leitor para um passeio pelo Egito Antigo e a expedição francesa que depôs o governo dos mamelucos, além de dar início aos maiores estudos da egiptologia no mundo.

A obra reconstrói toda a campanha de Bonaparte, contada pelos olhos do bon vivant Ethan

Gage, um antigo discípulo de Benjamin Franklin e exímio atirador. Herói por acidente, o personagem vai fundo no estudo dos deuses e costumes egípcios para encontrar o verdadeiro significado do medalhão que foi roubado por Cagliostro, mas pode ter pertencido à própria Cleópatra…

Kiki Strike e a Cidade das Sombras – Kristen Miller

Kiki Strike foi um dos livros juvenis que eu mais gostei de ler. A historia de toda uma cidade embaixo de uma cidade (hoje eu sei que essa não foi a primeira vez que esse tema foi abordado nos textos) me empolgou e eu lembro que esse foi um daqueles livros que você só para de ler quando acaba. O mais legal é que existem diversas lendas sobre os subterrâneos de Manhattan, quem não lembra do barco que encontraram enquanto escavavam o local do 11 de setembro? Só tornou a aventura mais realista!

A vida da jovem Ananka Fishbein nunca mais será a mesma. O que parecia um simples exercício de reconhecimento do território ao redor de seu apartamento em Nova York transforma-se em uma aventura de vida ou morte. Descendo muitos metros abaixo da superfície que conhecemos, Ananka chega a uma misteriosa sala. O lugar dá arrepios e parece que ela descobriu algo grandioso e até então secreto. Mas a garota não poderia imaginar que, sem querer, achara o caminho para a esquecida Cidade das Sombras, um lugar incrível e também perigoso, que repousa sob a agitada vida de Manhattan – isso mesmo, uma cidade inteira construída embaixo das ruas e avenidas da Big Apple!

Mas isso não é tudo. As coisas ficam ainda mais enigmáticas depois que Ananka conhece a misteriosa Kiki Strike, uma menina pálida que só se veste de preto, dirige uma Vespa, mesmo sendo menor de idade, e parece se alimentar apenas de café-au-lait. Kiki, uma jovem espiã, já sabia da existência da Cidade das Sombras – uma espécie de labirinto secreto, que serviu de esconderijo e rota de fuga para mafiosos e ladrões no século XIX.

Com a promessa de riquezas, adrenalina e acesso a qualquer lugar de Manhattan por meio das catacumbas, Ananka e outras quatro meninas são recrutadas por Kiki Strike para explorar a cidade secreta. Um time com talentos diversos – de habilidades com explosivos e disfarces a experiência em roubos e invasão de sistemas -, que rapidamente se vê envolvido em uma aventura de tirar o fôlego, repleta de perigos e revelações fantásticas. Em Kiki Strike e a cidade das sombras, romance de estréia de Kirsten Miller, coragem, vingança e muita ação se misturam em uma incrível história sobre um lado sombrio de Nova York que apenas começamos a conhecer.

Dewey – Um Gato Entre Livros – Vicky Miron e Brett Witter

‘’Dewey – Um Gato Entre Livros’’ conta  a historia real de uma biblioteca numa cidadezinha americana que adotou um gato. Com um quê de ‘’Marley e Eu’’ o romance de não ficção conta toda a vida do gato e as relações de amizade e companheirismo que ele acabou desenvolvendo com os frequentadores do lugar. É super fofo. Quem gostou de ‘’Um Gato de Rua Chamado Bob’’ também vai amar o Dewey!

A rotina da pacata cidade de Spencer, Iowa, Estados Unidos, se transforma após Dewey, um gato, ser encontrado na Biblioteca Pública. A diretora da Biblioteca, que achou o gatinho na caixa de devolução, resolve contar a história e lança o livro, Dewey, um gato entre livros. O livro escrito por Vicki Myron, com colaboração de Bret Witter é a história real de um gato que fez da biblioteca – e da cidade de Spencer- sua casa e de seus habitantes, os melhores amigos.

Espero que tenham gostado da minha lista de leituras pré-blog!

Beijoos, A Garota do Casaco Roxo

9 Livros que vão fazer você querer viajar

Viajar é uma delícia. Conhecer culturas, pessoas e comidas novas te dá uma nova visão do mundo e, muitas vezes, você nem tem que sair do país para isso. Que atire a primeira pedra quem não gosta de conhecer um lugar novo!

Só que nem sempre é po$$ível se dar ao luxo de fazer isso. Por isso, selecionei alguns livros que vão te transportar para lugares novos sem precisar gastar dinheiro! (quer dizer, só o dinheiro do livro, né?). Histórias em que a cidade é personagem e não cenário!

Ana e o Beijo Frances1)   Anna e o Beijo Francês – Stephanie Perkins

Já falei várias vezes desse livro aqui, é um dos meus queridinhos e se passa na Cidade Luz, Paris! As descrições da autora são tão perfeitas (olha que ela, assim como nós, só conheceu a cidade depois que o livro já estava escrito e publicado) que você sente que está andando pela cidade enquanto come um baguette! Anna e o Beijo Frances é quase uma experiência sinestésica, juro que quase senti os cheiros da cidade!

2)   Inside Girl – A Coisa Mais Doce – J. Minter

Infelizmente, da série Inside Girl eu só li o segundo. É um livro fofinho e doce, ótimo para passar o tempo. O enredo se desenrola em Nova York e as descrições também são bem feitas, para ser sincera, acho que o real motivo de eu ter gostado da história foi justamente o fato de ela ter a cidade como personagem e não como cenário!

3)Desculpa Se Te Chamo de Amor – Frederico Moccia

Ah, Itália! Desculpa se te chamo de amor é um dos meus favoritos do ano. Além de uma história de amor maravilhosa e doce, se passa em Roma. As descrições da cidade são muito bem escritas e com vários nomes de ruas e termos em italiano, se tiver tempo disponível acho válido jogar os nomes no Google só para poder visualizar melhor os lugares do romance de Alex e Nikki. Enriquece bastante a leitura.

*Tentei colocar a capa dele aqui, mas ela sempre estragava a diagramação do post – que já não era das melhores. Deixei sem!

4)   Todo dias na Toscana – Frances Meyes

Como o nome já diz, esse é outro livro que se passa na Itália. Frances Meyes escreveu também ‘’Sob o Sol da Toscana’’ que já virou filme e que eu estou doida para ler! É um romance de não ficção que conta a rotina de sua família em Bramasole, sua casa em Cortona, na Itália. Com receitas da região e cenas típicas (ma che?!), voce se sente lá também! O problema é que, diversas vezes, assim que eu acabava de ler as receitas ficava morrendo de fome!

5)   Qualquer livro da trilogia (que já vai ganhar outro livro) de Robert Langdom – Dan Brown

Os livros do Dan Brown devem ser lidos na seguinte ordem: Anjos e Demonios, O Código da Vinci, O Símbolo Perdido e Inferno – que ainda não foi lançado nem no exterior. Todo mundo le O Codigo da Vinci primeiro por causa do filme, mas tem fatos que acontecem no livro que são um flashback do que aconteceu em AD, por isso, acho melhor ler primeiro. Os dois primeiros acontecem na Europa, nas igrejas e catedrais históricas, já o terceiro se passa em Washington D.C, capital dos EUA e tem descrições muito boas (reli O Símbolo Perdido depois que voltei de lá e revivi tudo, foi sádico!), recomendo também as edições ilustradas já que, algumas vezes, senti dificuldade em visualizar os detalhes dos quadros que Dan Brown citava. Sobre Inferno, não sei muita coisa e não tem previsão de lançamento aqui no Brasil, provavelmente só poderemos ler ele no começo do ano que vem!

6)   Sorte ou Azar – Meg Cabot

Outra que se passa em Nova Iorque. O estranho é que muita gente não é lá muito fa desse livro dela, mas eu gosto! É outro livro doce e fofo e como a personagem sai do campo e vai para a cidade, as descrições também são muito boas, vale a pena ler!

7)   Malas, Memórias e Marshmallows – Fernanda França

Quem gosta do lado B dos EUA, aquele que é pouco conhecido, mas que é a melhor parte do país inteiro, vai adorar o livro da Nanda. Cada capítulo se inicia com um pequeno parágrafo de introdução a cidade que vai se passar, te ajuda a se situar melhor na história! As descrições também são boas e o bom é que dá para ‘’viajar’’ para mais de um lugar com ele.

Outro que complicou na hora de diagramar! 😦

8)   Gabriela, Cravo e Canela – Jorge Amado

Quem me acompanha nas redes sociais sabe como me encantei com a mini – série no ano passado. Por causa do horário (tarde demais para uma vestibulanda) eu ia dormir e colocava o despertador para o horário da novela (eu ficava tão irritada quando os jogos de quarta feira tinham acréscimos!). Por causa disso eu decidi ler Gabriela e amei o livro! As descrições, as histórias e os cheiros são realmente bons, não sei se a novela me ajudou a visualizar o cenário, mas que eu gostei e fiquei morrendo de vontade de correr para uma praia (mesmo que fosse o Boqueirão) eu fiquei!

9)   Série A Mediadora – Meg Cabot

Não, não é uma série que você esperava encontrar nessa lista, eu sei! Mas a história que se passa em Carmel, na Califórnia é tão bem escrita que eu quase podia sentir a brisa do mar enquanto lia. Nessa aqui Meg realmente se superou!

Depois de uma lista dessas, não dá vontade de parcelar uma passagem de avião a perder de vista? Mas agora eu quero saber, para vocês, qual livro faz querer viajar e te transportam para outros lugares?

Beijoos, A Garota do Casaco Roxo

Antídoto – Drica Pinotti

Capa - Antidoto_altaNome: Antídoto

Autora: Drica Pinotti

Editora: Prumo

Páginas: 160

Preço:  R$ 22, 40

Amanda Loeb é uma hipocondríaca em recuperação. Depois de encontrar um amor que aguente suas crises e seus surtos ela se sente feliz e amedrontada e está fazendo o máximo que pode para se manter longe dos hospitais (o que não significa que ela não pode confundir uma simples espinha com um câncer em potencial).

‘’A maioria das pessoas dá dicas de viagem ou de uma nova forma de dieta em suas páginas, coisas que presumem ajudar os outros ou render comentários divertidos. Eu dou receitas de como tirar pedras do rim com um método caseiro e com o mínimo de dor.

p.11’’

As coisas iam bem até que seu namorado, Brian, decide abrir uma filial de seu restaurante, o Le Antique, em Paris e tem que ir para lá quase todo o final de semana para supervisionar as obras (e trocar beijos franceses com a arquiteta Anabelle, pelo menos, é isso o que a Amanda acha).

‘’Tenho certeza do amor do Brian por mim. Aliás, o amor que ele sente por mim é o tipo mais generoso. Aquele tipo de amor que aceita o outro exatamente como ele é. Pacote completo, com todos os defeitos, todas as chatices, as estranhezas e, no meu caso, a hipocondria. Eu também o amo tanto! Amo até perder o fôlego. Amo até flutuar.

p. 131’’

Como desgraça pouca é bobagem, ela descobre que seu chefe será substituído e sua mãe irá se casar com seu médico.

Se o mundo dela já estava de ponta cabeça, ele dá uma verdadeira cambalhota quando uma novidade inesperada cai de paraquedas na vida da Amanda. Agora ela terá que reunir coragem para enfrentar seus problemas e ser plenamente feliz.

‘’Nunca entendi isso, mas confesso que sou especialista em enxotar a minha felicidade sempre que ela bate em minha porta! Quando é que vou aprender que ser feliz é bom e não há nada de errado nisso?

p. 141’’

 ‘’Antídoto’’ é o típico chick – lit. Tem uma personagem cativante, um mocinho que vai fazer você se apaixonar e suspirar (quem é que não lembra do colar ‘’AB’’?) e uma história que te envolve de um jeito, que você só consegue largar depois que acaba de ler.

‘’Minhas mãos estão sempre geladas porque  eu tenho  a síndrome de  Raynaud! Faz todo sentido, não faz? Pois para mim faz, e isso basta.

p. 26’’

O livro foi escrito para fazer você rir e tem cenas hilárias demais. Apesar disso, em algumas crises, me peguei preocupada com a minha xará (para vocês verem como foi fácil me colocar no lugar da personagem! E olha que não foi por causa do nome!). Por mais que seja engraçado vê – la  ficando maluca com alguma possível doença, ao mesmo tempo fiquei com medo por ela.

‘’Eu admito que tenho uma certa tendência para o excesso ao avaliar situações. É aquele tal pessimismo hipocondríaco que não me deixa fazer avaliações razoáveis. Ainda bem que não sou analista de risco de nenhuma corretora de seguros, pois com certeza, minha carreira não iria muito longe ou todas as pessoas seriam consideradas, por mim, homens-bomba em potencial.

p. 15’’

 Acho que ‘’Antídoto’’ conseguiu mostrar para mim que a hipocondria é uma doença séria e que deve ser tratada. Se com a terapia e as sessões do ‘’Hipocondríacos Anônimos’’ a Amanda ainda ficava meio louquinha, imagina sem isso? Ou pior, imagina quem tem isso, mas não sabe o que é? (embora eu duvide que um hipocondríaco possa ter uma doença e não saber o qual é ou o que é).

‘’O que poderia acontecer de ruim? Eu estava prestes a fazer um teste de gravidez e me perguntando o que poderia acontecer de ruim? Eu só posso ter caído do berço e batido a cabeça gravemente quando era criança. Só pode ser isso. E a descabeçada da minha mãe nunca me contou para não me dar a certeza de que algum dia terei mesmo um aneurisma. Ai minha Santa Channel do Pretinho Básico, não me desampara! Eu nunca vi uma mulher grávida se vestir com estilo. Protege-me dessa vez, que eu prometo nunca mais usar aquele pijama vermelho e preto horroroso. Amém!

p. 104’’

Foi uma delícia ler ‘’Antídoto’’e apesar de estarmos em março ainda, já é, com certeza, um dos meus livros favoritos do ano! Recomendo ele para todo mundo que quer ler um romance apaixonante, fofo, cativante e, principalmente, hilário. Aquelas (e aqueles também, por que não?) que estão superando algum problema vão com certeza se identificar (e, quem sabe se inspirar?) com a minha xará e vão torcer para que ela alcance sua felicidade.

Apesar de ser uma continuação, ‘’Antídoto’’ pode ser facilmente lido por aqueles que ainda não leram o primeiro livro, o ‘’A Pílula do Amor’’. É claro que a história fica muito mais legal quando você lê os dois na ordem certa! 😉

Beijoos, A Garota do Casaco Roxo